Capítulo 21

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Kelly

Aaron arrumou sua camisa mais uma vez e eu dei uma risada. Ele me olhou bravo. Eu entendia ser nervosismo, mas era muito engraçado ver ele dessa forma.

Aaron estava sempre de bom humor e tinha uma leveza que era difícil de encontrar em uma pessoa.

Essa versão nervosa dele era fofa.

— Você está lindo. – falei e ele me olhou, então se inclinou e me deu um leve beijo. — É melhor entrarmos. Minha mãe está nos olhando pela janela. – ele me olhou preocupado e rapidamente abriu a porta do carro. Eu fiquei rindo, enquanto ele dava a volta no carro e abria a porta para mim.

— Estou feliz que você está se divertindo, linda. – ele disse emburrado. Eu balancei minha cabeça e entreguei a ele a torta holandesa que ele tinha comprado. Aaron tentou cozinhar uma torta, mas deu errado, então passamos numa padaria e a compramos no caminho. — Será que meus pais já chegaram? – ele perguntou, enquanto pegava minha mão. A porta da casa da minha mãe se abriu e Eli apareceu. — Por que ele está aqui?

— Acho que ele veio com seus pais. – eu respondi e Aaron suspirou. Eli tinha me ligado e perguntado se poderia ir ao almoço. Minha mãe convidou Aaron e os pais dele para virem almoçar. Eu tinha jantado com os pais dele uma vez antes, mas essa era a primeira vez que todos iriam estar reunidos. — Você não tem vida, Eli? Uma esposa ou uma filha para cuidar?

— Disse o cara que apareceu em cada jantar que Shea ia na minha casa. – Eli retrucou e me olhou, ele me deu um sorriso e me abraçou. — Bom ver você, Kelly. Sua mãe e Lucy estão contando um monte de histórias para meus tios.

— Segura isso, Eli. – Aaron falou, entregando a torta para Eli e me puxando para dentro. — Vamos, eu quero ouvir essas histórias. Você nunca me conta nada divertido.

— Eu nunca fui de aprontar. – avisei, quando entramos na sala da minha mãe. Avery e Nathan, os pais de Aaron, estavam no sofá ao lado da minha mãe. Lucy estava atrás do sofá, apontando para o álbum de fotos que minha mãe segurava. Daniel, o marido de Lucy, estava com Shea vigiando as crianças que estavam brincando. Tate, Kyle e Jane estavam no tapete, com uma dezena de brinquedos espalhados e aparentemente estavam tendo uma competição de luta com os bonecos.

O cheiro de comida permeava o ar.

Parei por um momento e me permiti sentir saudades da minha avó. Ela teria adorado o Aaron.

Eu era a única neta dela, então fui mimada além da conta.

— Mãe. – chamei e ela ergueu a cabeça. Avery e Nathan também me viram e se levantaram, vindo me cumprimentar. Eu os abracei. — É bom ver vocês. Como estão?

— Estamos bem, querida. Sua mãe estava nos contando um pouco da sua infância. Você era tão fofa quando era bebê. – Avery disse com um sorriso gentil. Eu gostava dos pais de Aaron. Avery era uma mulher gentil e bondosa, sempre disposta a ajudar o próximo. Nathan era cínico e mais firme, ele também era protetor com a esposa. Os dois faziam um casal bonito e eu podia ver de onde a personalidade do Aaron vinha. Ele tinha um pouco dos dois.

— Você deveria ir nos visitar com mais frequência. – Nathan falou.

— Oi, mãe! Oi, pai! Eu existo e estou bem aqui. – Aaron reclamou. Nathan o encarou de lado.

— Você conhece essa criança, Avery? – Nathan perguntou a esposa. Ela pegou minha mão carinhosamente.

— Nunca o vi na vida. Vamos levar nossa adorável nora para longe desse estranho. – Avery disse alegre e me puxou para o sofá, onde minha mãe e Lucy estavam.

Esperando você (The Heartbreakers #2.5) Onde histórias criam vida. Descubra agora