Capítulo 10

348 51 20
                                    

Aaron

Eu tinha acordado cheio de energia.

O sol estava brilhando, os pássaros cantando e eu tinha um largo sorriso no meu rosto.

Não havia nada nesse mundo que pudesse perturbar meu bom humor.

Eu tinha tido uma boa noite conversando com Kelly até a madrugada. Hoje, teríamos um encontro.

A agitação no meu peito não me assustava, só me deixava mais ansioso para vê-la. Eu queria ouvir ela outra vez, na outra noite, nós ficamos conversando até a madrugada. Ela me contou um pouco sobre sua infância e me ouviu falar sobre a minha. Nós tínhamos conversado por horas.

Eu queria repetir isso hoje.

Se eu tivesse sorte, poderia até ganhar um beijo.

— Essa felicidade toda é por causa do seu encontro? – Eli perguntou, quando eu abri a porta da minha sala. Ele estava sentado na minha cadeira, com Tate no colo dele me encarando. Ela estava segurando meu polvo anti estresse. — Ou você ainda está feliz por ter conversado com ela naquela noite?

— Essa é a minha sala. – falei, indo até ele e pegando Tate. — Oi, raio de sol.

— Tio Aaron tem namorada! – ela falou animadamente. Eu dei um beijo estalado na bochecha dela e olhei para Eli, que deu de ombros. — O papai que me contou!

— Fofoqueiro. – acusei e ele me olhou ofendido. — Não faça essa cara, você sabe que é um fofoqueiro.

— Eu não ouço suas reclamações quando eu estou contando uma fofoca para você.

— É porque eu só reclamo quando você faz fofoca de mim. – falei o óbvio e esperei ele dizer o que sempre dizia. Sem segredos com a Shea e blá blá blá. Tate me pediu para abaixa-la e eu a coloquei no chão.

— Ah, qual é? Você quer que eu tenha segredos com a minha esposa?

— É esperar demais que o cara que é meu melhor amigo a 15 anos não conte algo para alguém que ele conhece a menos de 5 anos?

— Ela continua sendo minha esposa.

— Fere meus sentimentos o jeito que você prefere ela, Eli. Não sei se podemos continuar nossa relação, não sou mais capaz de confiar em você! – dramatizei e ele jogou o meu polvo anti estresse em mim, rindo. Tate estendeu as mãos para o polvo. Ótimo, ela ia transformar minha bolinha anti estresse num dos soldados de brinquedo que ela usa pra invadir outros planetas nas suas brincadeiras. Eu entreguei a ela porque eu não sabia dizer não a esses olhinhos. — Você veio até aqui para quê?

— Não posso simplesmente querer ver meu melhor amigo que trabalha comigo? – ele disse cinicamente e eu revirei os olhos. Tate pegou o polvo e correu para fora da sala. Eu e Eli observamos ela sair. A agência era o parquinho dela desde que ela aprendeu a andar e todos os funcionários eram seus súditos, inclusive eu e Eli. Ainda bem que Shea era uma boa mãe que sabia impor limites e dizer não, porque eu, os funcionários da agência e Eli não sabíamos negar nada a ela.

— Não.

— Idiota. – ele reclamou e deu uma olhada para fora da sala, vendo onde Tate estava. Ela estava conversando com Hannah, uma das funcionárias que trabalhava comigo. — Sua mãe me ligou.

— O quê? Por quê? Ah, não! O que você disse a ela, Eli? – perguntei e ele me olhou completamente ofendido.

— Eu? Você foi o único a ir até lá anunciar que ia sair com alguém e quer me culpar?

— E eu vou culpar quem além de você? Eu mesmo? É contra a lei gerar provas contra si mesmo. – respondi o óbvio e ele me olhou, como se não acreditasse no que eu tinha acabado de falar.

Esperando você (The Heartbreakers #2.5) Onde histórias criam vida. Descubra agora