Capítulo 1

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Kelly Lawson

— Bom dia, Kelly. – Dominic Peters me cumprimentou com um sorriso galanteador. — Você está linda, como sempre. Indo para o tribunal?

— Bom dia, Dominic. – respondi educadamente e pressionei o botão do elevador. — Na verdade, eu só estou indo comprar um café.

— Posso te acompanhar? – ele perguntou quando as portas se abriram. Dominic entrou comigo e eu suspirei internamente. Por que diabos todos os homens desse maldito escritório tinham que dar em cima de mim? Era por que eu estava solteira há oito anos ou por que eles achavam que eu estava desesperada?

— Segure a porta! Por favor, segure a porta! – Lacey gritou, correndo para o elevador com os braços ocupados por uma pilha de pastas. Eu estendi a mão e segurei a porta do elevador, agradecendo por ela ter aparecido. Lacey era a estagiária do escritório e, nesse momento, minha salvadora. — Ah, caramba. Obrigada, Srta. Lawson.

— De nada, querida. Quer ajuda? Essas pastas parecem pesadas. – falei e peguei três da pilha de cinco que ela carregava. Lacey devia ter a mesma altura que eu, mas era mais esguia. Ah, o metabolismo da juventude era uma benção. Embora o meu sempre tenha deixado um pouco a desejar.

— Kelly. – Dominic chamou e eu o olhei. — Onde você vai tomar café? – eu sabia o que viria a seguir e eu não estava gostando. Olhei para Lacey.

— Na verdade, eu vou descer com a Lacey. – falei e dei um sorriso de desculpas a ele. Assim que as portas se abriram, eu saí com ela. Dominic me encarou, mas não disse nada. Assim que as portas se fecharam eu me virei para a jovem estagiária de cabelos escuros. — Essa foi por pouco. Onde você precisa levar essas pastas, Lacey?

— Lá pra cima. – ela contou e eu a encarei, confusa. — Eu vi que a senhora estava desconfortável. O sr. Peters também faz eu me sentir assim, então eu só reagi. Fiz mal?

— Não, Lacey. Muito obrigada. – agradeci, com um sorriso. Ela era um boa garota e seria uma grande advogada em poucos anos. — Você quer tomar um café comigo, depois que entregarmos as pastas?

— Seria divertido, Srta. Lawson.

— Ah, você pode me chamar de Kelly. – ela sorriu gentilmente e entramos no elevador. Eu tinha algumas amigas no escritório, todas da minha idade ou pouco mais velhas. Lacey devia ter pouco mais de vinte. Caramba, eu me lembrava de quando eu tinha vinte.

Então, o rosto dele aparecia e eu preferia esquecer.

Eu tive que quebrar a cara para entender o que minha mãe queria dizer quando me mandava escolher cuidadosamente as pessoas que eu convidava a entrar na minha vida. Agora, por causa do cuzão do meu ex, eu não gostava de pensar na melhor fase da minha juventude.

Me consolei com o fato de que John odiaria ser chamado de cuzão (que era a principal razão de eu chamá-lo assim).

Babaca estúpido.

Era incrível como só pensar nele azedava meu humor.

Embora, isso também possa ser culpa de Dominic Peters. Ele não tinha culpa de eu não gostar dele, afinal tenho certeza que ele não pediu para ser parecido com meu ex-marido. Mas ele era e isso era tudo o que me importava.

No final, não pude ir tomar um café com Lacey, já que o chefe a chamou para fazer algum trabalho urgente. E eu não estava mais com vontade de sair, então voltei para minha sala.

Eu era uma advogada de divórcios. A melhor do estado.

Sorri com a ironia disso.

Era surreal a quantidade de pessoas que se divorciavam todos os dias. E baseado na minha experiência e no meu trabalho, não havia nada que valesse a pena em um casamento. Se eu precisava de alguém para esquentar minha cama tudo o que eu precisava era cruzar o corredor que levava ao apartamento em frente ao meu e transar com Ivan.

Esperando você (The Heartbreakers #2.5) Onde histórias criam vida. Descubra agora