Capítulo 8

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Aaron

Idiotas.

Dois malditos idiotas covardes.

Shea e Eli eram idiotas também, mas pelo menos eram corajosos o suficiente para tentar.

Eu estava a um passo de socar algum sentido em Ivan. Mesmo eu tinha limites para aturar a besteira dele. Eu o amava como um irmão e doía ver ele sofrendo dessa forma. Rainbow era cabeça-dura, mas Ivan também. Era surpreendente para mim como os dois tinham se apaixonado tão rápido.

Um dia Rainbow estava me beijando, no dia seguinte ela estava suspirando pelo meu irmão.

Um dia da caça, outro do caçador... Um dia da Rainbow, outro dia também da Rainbow porque ela não era o tipo de pessoa que se permitia ser caçada. Nenhuma das Heartbreakers era.

— Aaron? – Kelly falou surpresa ao abrir a porta. Cada vez que eu a via, ela parecia mais bonita do que antes e eu achava que nunca me cansaria de olha-la. — O que você está fazendo aqui?

— Vim pedir uma xícara de açúcar. – respondi erguendo a xícara vazia. Ela piscou confusa e eu apreciei como ela era adorável.

— Uma xícara de açúcar?

— Sim.

— Por quê?

— Foi a única desculpa que eu consegui encontrar para vir bater na sua porta sem parecer um louco. – respondi sinceramente e ela sorriu para mim.

Alguns dias atrás eu tinha encontrado com ela. Foi uma completa coincidência, mas eu encarei isso como uma mensagem do destino. Talvez eu finalmente tivesse encontrado minha outra metade, como Eli encontrou. Kelly não viu isso da mesma forma, mas eu era encantador demais para ser rejeitado. Nós conversamos e eu consegui convencê-la a jantar comigo.

E eu estava contando as horas para esse jantar.

Depois que ela aceitou jantar comigo, nós voltamos para o restaurante e eu me sentei com Eli, para Tate terminar seu almoço, enquanto isso eu observei Kelly almoçar com sua amiga, Lucy. Descobri no almoço que eu gostava de vê-la comendo. Era melhor que um show privado de striptease na boate mais cara da cidade. Não que eu já tenha visto um show desses. Eli nunca iria a um lugar assim comigo e eu me recusava a ir sozinho.

— Você parece um louco. – ela disse e eu me preocupei. Será que eu estava exagerando? Existia uma diferença entre ser charmoso e ser insistente. Eu era charmoso, não um insistente incoveniente. — Quer entrar?

Talvez eu não estivesse exagerando, afinal.

— Eu não sou tão fácil assim, Kelly. – respondi e ela me deu outro sorriso. Eu era um cara naturalmente engraçado, mas Kelly me fazia ter vontade de andar com uma lista de piadas, apenas para vê-la sorrir. — Mas para não te constranger eu aceito o convite.

— Você é um sem vergonha.

— Eu sei que sou encantador. – respondi, passando por ela e entrando no apartamento. Era parecido com o de Ivan, mas os móveis dela pareciam bem mais confortáveis. E ela também tinha algumas plantas pelo lugar. Ivan nunca foi muito bom em jardinagem. — Tem uma coisa que eu queria perguntar, mas não quero te ofender.

— O que é? – ela perguntou, fechando a porta e se virando para me encarar.

— Onde foram parar as camisolas sexys? – perguntei olhando para o pijama de flanela dela. Eu não estava reclamando, Kelly ficava ótima nele também.

— Joguei fora.

— Todas?

— Sim.

— Por quê?

Esperando você (The Heartbreakers #2.5) Onde histórias criam vida. Descubra agora