Em Sintonia

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A interferência de uma arma selada era forte o suficiente para fazer Shinobu, uma das calamidades mais poderosas, sentir o seu corpo ficar mais fraco de tal modo que precisou se apoiar na bancada de um dos vendedores, sua angústia era totalmente ignorada por todas as pessoas que caminhavam e esbarravam na aventureira sem a mínima preocupação, cabisbaixa e se recompondo a calamidade ouviu alguém falar próximo a seu ouvido. - Precisa de ajuda? - Era um gato humanoide que caminhava sob duas patas, devia possuir algo em torno de 1,80 m e sua pelagem cinza só não chamava mais a atenção que o seu sorriso que parecia mais um gato risonho que fugiu diretamente dos contos de fadas. - Eu tenho aqui comigo várias coisas bem úteis para você. - Dizia, mostrava para Shinobu uma pilha de frascos com os mais variados tipos de medicamentos. - Esse te deixa imune a magia de luz, esse a magia negra, esse tira todos seus sentimentos, tenho todas essas variedades de remédios controlados que você puder imaginar, esse daqui te transforma em um animal, tem esse que você pode respirar em baixo da água, terra ou até mesmo no espaço, esse aqui cura qualquer doença, esse é só um frasco com HIV e esses outros aqui que não faço ideia do que sejam. Estaria interessada? - Perguntou o gato com um sorriso enorme no rosto, dizem que o sorriso é sua janela de entrada, mas naquela peculiar criatura parecia afastar todos os potenciais compradores, pois Shinobu era a única cliente em sua barraca.

Havia muitos vendedores naquelas ruas, independente da jovem ter ou não dado atenção a apenas mais um deles, o seu destino não mudaria quando decidiu se aproxima do misterioso vendedor de armas, sua aura era nitidamente forte, mas, simultaneamente, peculiar; Shinobu se aproximou do vendedor e proferiu. - Licença, será que poderia me dar um pouco do seu tempo? - O homem levantou sua cabeça olhando no fundo dos olhos da garota e confirmou com a cabeça retirando do seu bolso um amontoado de cartas. - Seus olhos dizem que você está destinada a fazer algo grande nesse mundo. - O homem colocou as cartas sobre a mesa, as embaralhou e alocou três uma do lado da outra perguntando a Shinobu.

- Você morreu e está na frente de Deus, ele pergunta a você como você quer que seja sua vida quando você reencarnar, com sua mentalidade hoje, se você pudesse reescrever sua história sem depender de absolutamente nada em relação a terceiros, qual seria o seu sonho?

Enquanto isso, em um beco escuro do outro lado da cidade, Kronos, freneticamente usava as paredes de uma das casas como impulso, moldado pelo seu senso de justiça ele disparou em direção aos perseguidores como um míssil gritando para todos eles ouvirem. - Parem de a perseguir! - Mas, ele foi completamente ignorado pelos mascarados que pareciam nem mesmo notar sua presença, esse era o quão fraco Kronos era visto, mas mesmo assim o rapaz não desistiu iniciando uma perseguição frenética entre os becos do local, haviam diversas latas de lixo espalhadas pelo local que se tornava ainda mais tenso com a névoa que rodeava toda extensão do beco que eventualmente teria um fim para todos os envolvidos; a garota que estava sendo perseguida entrou em um beco onde foi completamente cercada pelos homens de capuz, naquele momento graças a luz do luar, cansado e suado da perseguição frenética poderia ter válido a pena quando ele pôde finalmente ver a aparência da garota que estava sendo perseguida; uma linda jovem de cabelos brancos como a neve.

No convento Orfeu enfrentava uma aura poderosa e uma sensação que fazia seu corpo querer fugir dali o mais rápido possível graças a presença de uma única pessoas, ouvindo suas invocações que gritavam para ele recuar e seu próprio corpo ele decide recuar, por mais patético que fosse era melhor do que morrer. - Perdão, não quis incomodar. - Mas, antes de deixar o jardim, o rapaz soltou o que parecia ser uma piada para a desconhecida. - Ao menos alguém me respondeu. - Sorria. - Com licença. - A mulher, por outro lado, se manteve em silêncio e inexpressiva a sua piada.

Enquanto isso na dimensão escura que Orfeu havia criado estava Anne, ela parecia muito mais calma e familiarizada com o local chegando inclusive a dar tchauzinho para as outras invocações de Orfeu que estavam naquela dimensão, invocações essas que a olhavam com curiosidade quando ela proferiu. - Orfeu, já me sinto bem o suficiente para voltar ao mundo real... Se for possível, me leve até onde está, acho que o melhor que podemos fazer agora é permanecermos juntos. Ao nos reunir, precisamos nos encontra quanto antes com Kronos e contar o que descobrimos até então. - Sem demorar nem mesmo um segundo, Anne era levada ao mundo real pela vontade de Orfeu que já havia se afastado o suficiente do jardim para um local mais privado, isso se tornou evidente quando Anne não viu ninguém nos arredores de um grande corredor que se ligava ao jardim.

A dupla estava frente a frente quando Orfeu responde o que Anne havia lhe dito em seu subconsciente. - Tá... Se tem uma droga que esse lugar não é, é seguro, Anne. - Dito isso, ele fitava os olhos nos da Suporte, prosseguindo meu proferir. - Quanto a nos mantermos juntos, talvez não seja exatamente o mais recomendável. Ter o máximo de informações possível é de exímia importância para a missão, e você precisa se preparar muito para o torneio. - Após isso, Orfeu explicou a situação da guardiã no jardim do palácio e sobre como ele havia se interessado por ela, cogitando inclusive treinar com ele, mas ao se aproximar de Anne e colocar sua destra sobre o ombro da mesma prestes a se despedir, um frio percorre a sua espinha.

Um fato que tanto Orfeu como Anne pareciam terem esquecido era o assassinato da Madre Teresa, como a morte de tal figura não causaria um caos enorme? Onde estavam as freiras e as notícias de sua morte? Tudo estava muito calmo e a causa disso sentiram Orfeu e Anne de uma forma nada agradável.

Uma bela garota de pele pálida, seus eram azuis como duas Safiras e seu cabelo branco era curto do qual ela usava uma franja que escondia parte dos seus olhos; aquela pessoa carregava um tipo de caixa que parecia muito importante para aquelas pessoas. - Entregue o espécime, sua traidora! - A mulher se prepara para lutar fazendo surgir dois círculos mágicos em suas mãos ao estilo doutor estranho. - Só após morta. - Uma luta parecia estar prestes a começar quando nesse momento um dos mascarados finalmente notou a presença de Kronos no ambiente. - Olha só, temos um telespectador aqui. - Ele carregava consigo uma Katana e sem falar muito carregou um ataque de energia na lâmina da espada lançando em direção a Kronos como uma rajada em forma de meia-lua que cortaria tudo em seu caminho; o golpe era rápido e nesse momento ele percebeu que aqueles oponentes estavam em níveis diferentes do seu a questão é, Kronos iria desistir ou continuar lutando por aquela desconhecida? Que no momento enfrenta quatro mascarados sozinha, ele precisava se apressar ou ela poderia acabar morta, enquanto isso, no convento.

- Anne, Orfeu, vocês estão sendo presos pelo assassinato da Madre Teresa conforme a lei da placa dos princípios tem o direito de ficarem calados.

Anne e Orfeu foram completamente cercados por freiras, elas eram poderosas o suficiente para nenhum dos dois terem sentido suas presenças, todas estavam armadas e em questão de segundos, Orfeu já havia sido imobilizado por algemas e Anne também. Ninguém poderia prever a atitude dos aventureiros, mas caso não reagissem poderiam perceber algo peculiar, dentre todas as freiras havia uma que era tratada como a líder de todas elas e aquela era Maria, que o outrora havia se encontrado com Orfeu nos corredores, mas agora ela dava-lhe uma sentença, sem contar que... As freiras desde o começo eram combatentes? Como eles não haviam percebido isso? Mas algo era muito estranho, Maria (apenas caso não reajam) estava... Rindo, um grande sorriso se estendia em seu rosto e o motivo disso era completamente desconhecido a dupla. Uma aura assombrosa ronda Maria?

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