Capítulo 13

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Daquela vez, quando despertou, Jungkook viu Jimin adormecido a seu lado. Suspirou, enterrando o rosto nos cabelos loiros, e enlaçou-o com um braço, puxando-o para si, até que os seus corpos se encaixassem.

Sentiu que poderia ficar naquela cama, com Jimin aninhado em seu abraço, por um tempo infinito. Sabia que mais cedo ou mais tarde os dois teriam de voltar à rotina e cuidar de seus afazeres, mas não queria pensar naquilo agora. Tudo o que queria era continuar no aconchego daquela cama, com o ômega que o levara ao paraíso.

O resto do mundo parecia sem importância, comparado ao que ele experimentara ali. Nunca imaginara que passaria a primeira semana do ano dois mil com Jimin. Se as coisas houvessem sido diferentes, naquele momento ele estaria na Albânia, numa barraca molhada de chuva, tentando impedir que os pés congelassem e que o computador queimasse.

Seus pensamentos fixaram-se nos acontecimentos da noite, e uma nova onda de desejo aqueceu-lhe o sangue. Nunca poderia ter imaginado que veria Jimin nu em seus braços. Com delicadeza, beijou-o na nuca.

Jimin gemeu baixinho, sem acordar. Ele continuou a beijá-lo, deslizando os lábios por um ombro arredondado, pelas costas, até a cintura. Por fim, o ômega suspirou e virou-se para ele com um sorriso sonolento.

Jungkook sempre o vira como um ômega meigo e ingênuo. Mas, depois do que acontecera naquela noite, descobrira que ele possuía uma natureza apaixonada, que nunca deixara transparecer. O alfa jamais tivera uma experiência tão intensa, perfeita e completa.

— Por que fez tanto empenho para me acordar? — Jimin murmurou, esfregando os olhos.

— Eu estava me sentindo muito sozinho — respondeu, beijando-o no pescoço.

Jungkook nunca precisara de alguém do modo como precisava dele. O sabor da boca de Jimin, o jeito como ele enterrava os dedos em seus cabelos, o maravilhoso contato do corpo nu contra o seu tinham o poder de arrebatá-lo para um mundo paradisíaco.

Ele recordou o momento em que o penetrara pela primeira vez. Nunca tivera uma reação tão intensa, nunca sentira uma força tão gigantesca, estranhamente misturada com uma perturbadora vulnerabilidade. Seu autocontrole desvanecera-se num segundo, e ele se perdera no prazer de unir o corpo ao dele.

Aquilo, sim, era fazer amor. O que os dois haviam compartilhado tinha muito mais a ver com união emocional do que com mera ligação física. A cada investida, ele se deliciava, pensando que era Jimin que ele estava possuindo. Aquele Jimin, que o levara ao pico mais alto da paixão, era um homem que ele não conhecia, do qual nunca se cansaria, nem que vivessem juntos por toda a vida.

Ele olhou para cima para observar o rosto lindo. Jimin fechara os olhos e inclinara a cabeça para trás, arfando suavemente. Com um sorriso satisfeito, Jungkook moveu-se mais para baixo, centímetro por centímetro, tentadoramente. 

Parou por um momento, esperando que ele se rendesse ao próprio desejo, que indicasse, de alguma forma, que precisava tanto dele também.

— Diga-me o que quer que eu faça — pediu, beijando-o no lado da coxa.

— Quero que você me beije — respondeu, com a voz entrecortada.

Jungkook deslizou a língua pela parte de dentro da coxa macia, subindo-a lentamente.

— Aqui? Quer que eu o beije aqui?

— Mais para cima — ele murmurou, os lábios exibindo um sorriso sensual. O alfa mordiscou-lhe a pele, logo abaixo do quadril.

— Aqui?

Com um gemido de frustração, Jimin enterrou os dedos nos cabelos dele, forçando-o a erguer a cabeça.

Apenas amigos | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora