NUNCA antes agradeci tanto por um sábado como agradeço por esse. Foi a semana mais cansativa de todas e hoje tiraria um dia para mim, isso se Sabina não tivesse invadido meu quarto.
— O que foi agora? — Pergunto.
— Você não está sabendo da festa lá na boate super chique, onde só vai gente chique?
— Não e meus pais não deixariam eu sair de casa. Sinceramente, não sei porquê eu tenho 23 anos se ainda sou tratada como se tivesse 13.
— Sinto muito por você — Ela finge estar triste — Mas seus pais não precisam saber. Você sai quando eles tiverem dormindo e volta antes de acordarem. Não vai acontecer nada com a gente, meu primo irá conosco.
— Estou dentro — Respondo animada — Preciso mesmo sair, sem ser essas galas super entediantes de meu pai. — Ela ri.
[...]
Assim que a noite caiu, Sabina e eu começamos nos preparando, optei por um vestido curto, de alça e brilhante, muito ousado por sinal, e faço um rabo-de-cavalo em meus cabelos. Faço uma maquiagem nude e calço meus saltos.
Agora sentada em minha cama, esperando que meus pais dormissem. Quando finalmente ouço a porta de seu quarto fechar, Sabina e eu saímos correndo e descemos rapidamente às escadas. Ao sair vimos o carro de seu primo e logo entramos.
— Vocês são doidas — Diz ele dando partida à viagem.
— Faz parte da vida — Respondo mais animada do que nunca.
Ao chegar e descer do carro, a música alta já se ouvia até mesmo à um quarteirão da boate. Seguro a mão de Sabina e caminhamos os três até ao segurança parado na porta.
— Nomes? — Ele pergunta.
— Lamar, Sn e Sabina — Responde o primo de Sabina.
Ele procura nossos nomes na lista e finalmente libera a passagem para entrarmos. As luzes noturnas invadem minha visão, a música era ensurdecedora e as pessoas dançavam ao ritmo dela.
— Você quer alguma bebida? — Sabina pergunta alto em meu ouvido. Assinto — Vamos ao bar, é logo ali.
— E Lamar? — Pergunto. +
— Já está bem acompanhado — Ela aponta para onde estava seu primo conversando com duas mulheres — Homens... mas vamos para o bar.
Sem aviso, Sabina me puxa até ao bar e logo pede duas bebidas ao barman e passados alguns minutos ele volta com os nossos pedidos. Pego o copo e viro tudo de uma vez, sentindo o líquido queimar em minha garganta.
— Mais, por favor — Peço ao barman e ele assente.
— Calma amiga, a noite é uma criança — Diz Sabina gargalhando e já bebendo seu segundo copo.
[...]
As horas passavam e eu e Sabina bebíamos como nunca, sem se importar com o dia de amanhã ou se seríamos flagradas aqui. Dançava com um homem aleatório, suas mãos seguravam minha cintura e roçando sua ereção em minha bunda.
— Quer ir para fora, assim estaremos mais à vontade para conversar — Diz ele em meu ouvido.
— O que me garante que você não é um sequestrador? — Pergunto rindo já com o efeito da bebida.
— Confia em mim, princesa. Não te farei mal — Diz ele e logo penso em Josh, ele gostava de me chamar assim.
Acabo cedendo e me deixo levar pelo mesmo até fora da boate, me sentia estar sendo observada, mas só se via pessoas dançando sem preocupações. Assim que saímos da boate, o homem me levava até uma rua escura e sem saída.
Começo travando meus passos e já desconfiada do mesmo, ele sorria malicioso para mim e logo percebi o que ele realmente queria.
— Achou mesmo que eu iria conversar com você? Sn Raymond — Diz ele.
— Como você sabe meu nome? — Pergunto confusa.
— A pergunta é, quem não sabe? Você é a filha do grande empresário, rico e famoso, Jacob Raymond. Seu rosto está em todo o lado, você é uma das mulheres mais cobiçada entre os homens, por isso seu pai é tão protetor. O que me impressiona é como ele deixou você sair?!
— Se você encostar um dedo em mim, eu chamo a polícia — Grito e ele sorri.
— Não, princesa. Apenas será eu e você — Ele empurra meu corpo contra a parede — Fodendo gostoso.
— Não me parece — Diz uma voz bastante familiar para mim. Viro para o lado e vejo Joshua encarando o homem com fúria — Solta ela.
— Joshua — Chamo por ele e cambaleando até seu lado.
— O que você vai fazer? — O homem provoca — Vai me processar?
— Não! Eu vou acabar com sua vida de merda — Josh tira uma arma e direciona para o homem, que agora tremia de medo.
— Josh, não — Toco em sua mão que pegava a arma — Por favor. Não estrague sua vida por um idiota como ele.
Josh abaixava sua arma lentamente mas ainda olhando para o homem, que sai correndo sem nem olhar para trás. Olhei novamente para Josh e agora sorrindo para ele.
— Por quê você bebeu, Sn? Melhor ainda, por quê saiu de casa? Seu pai sabe que está aqui?
— Não e ele não precisa saber — Aproximo ao mesmo e distribuindo beijos pelo seu pescoço — Quero você, Josh.
— Não nesse estado, vem comigo, vou levar você para casa — Ele me puxa até seu carro.
— Podemos ir para a sua, não me importaria nada — Gargalho.
Assim que entramos em seu carro, Josh dá partida até minha casa. Vejo suas mãos apertar forte o volante, percebi que ele ainda estava irritado.
— Josh — Chamo por ele.
— O que foi, princesa? — Ele olha para mim de relance.
— Quando foi que você chegou?
— Hoje mesmo, eu estava indo direito para casa, foi quando vi você saindo da boate com aquele desgraçado. O que eu quero saber é como você saiu sem seu pai saber? Você imagina como aquilo foi perigoso? E se eu não chegasse à tempo?
— Desculpa — Respondo olhando para baixo e com vergonha.
— Princesa, você é filha de um grande empresário, milhares de pessoas te conhecem e você não sabe quais delas querem te fazer mal. Seu pai a protege tanto com medo de que algo aconteça com você. Ele sofre ataques quase todos os dias, pessoas querendo fazer mal à sua família. Se você um dia pensou que seu pai é chato, não é Sn, ele quer te proteger... E eu também.
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✓┊ 𝘀𝗲𝘅 𝗴𝗮𝗺𝗲 ¡ 𝖩𝗈𝗌𝗁 𝖡𝖾𝖺𝗎𝖼𝗁𝖺𝗆𝗉
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