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— Eu estou com medo, Josh. Todo mundo já sabe agora, meu pai não para de ligar para mim e eu não consigo nem atender. — Falo andando de um lado para o outro.
— Eu posso falar com seu pai.
— Não, eu que devo falar com ele, embora não tenha coragem para o fazer. Mas agora está tudo revelado e não há mais como mentir. Eu só não esperava que fosse assim, todo mundo sabendo, como eles vão olhar para nós?! Até mesmo sua amizade com meu pai está em jogo, ele confiava em você.
— Eu vou acabar com aquelas duas vagabundas — Diz Joshua irritado.
— Esse não é o ponto, Josh. Nós precisamos voltar.
[...]
Cada vez que nós aproximávamos de minha casa, eu sentia meu coração parar de bater. As unhas de meus dedos terminavam de tanto roer. Joshua estava mais calmo em relação à mim, mas eu sei que ele ainda estava irritado.
Quando o mesmo para em frente à minha casa, vejo o carro de meu pai também estacionado fora, aparentava que o mesmo acabava de chegar. Desço do carro e pego minha bagagem. Caminho em passos curtos até a porta e seguida de Josh que até agora não tinha dito nada.
Quando abro a porta, meu pai salta do sofá e já querendo atacar Joshua, mas foi impedido pela minha mãe.
— Beauchamp, você é um desgraçado filho da puta — Meu pai diz irritado — Eu confiei em você. Afinal você só andava comigo porque estava de olho na minha filha?
— Jacob, eu valorizo bastante nossa amizade. Não são 6 dias de amizade. Se eu e sua filha ficamos, é porque houve interesse das duas partes e ela não é mais uma criança. — Diz Joshua.
— Pai... — Tento falar, mas ele ergue sua mão e me cortando.
— Cala a boca, Sn. — Ele volta a encarar Josh — Sn tem 23 anos e você tem 32. E ainda teve a coragem de fazer tudo escondido. Sabe o que eu vou fazer? Vou denunciar você.
— Pai, chega — Grito — O senhor tem de parar de me tratar como se eu ainda fosse uma criança. Não decide com quem eu devo ou não ficar. Se é com Joshua que eu estou é porque é com ele que eu quero ficar e se o senhor denunciar ele, pode ter a certeza que aqui eu não fico mais.
Ficamos todos em silêncio, o ambiente estava pesado, meu pai ainda encarava Joshua com fúria e minha mãe ainda o travando. Vou ao lado de Josh e pego em sua mão.
— Eu quero ficar com Josh e não há ninguém que mude isso. Desculpe se desiludi você, mas o senhor fez o mesmo por não aceitar minhas escolhas — Viro para Joshua — Me leva para sua casa, por favor, não quero passar a noite aqui.
— Tudo bem, vamos — Diz ele e beijando minha testa.
— Sn, espera — Ouço meu pai dizer, mas eu saio sem nem olhar para trás.
Voltamos a entrar no carro e por fim as lágrimas começam a molhar minha bochecha. Assim que Josh entra, o mesmo envolve seus braços em meu corpo em um abraço, queria poder ficar com ele assim para sempre.
— Josh? — Chamo e erguendo minha cabeça encontrando seu olhar.
— O que foi, princesa? — Ele pergunta.
— Eu te amo.
— Eu te amo, Sn, mais do que você possa imaginar. Sinto muito pelo que está passando, mas cedo ou tarde seu pai vai entender.
— Eu não quero ficar aqui, podemos ir para bem longe, onde poderemos ficar juntos sem ter dedos virados para nós.
— Porquê não? — Diz ele e eu sorrio para ele — Vamos no meu jato, ficaremos em minha casa nas ilhas Maldivas, apenas você e eu.
— Eu aceito — Ele sorri.
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