Cap 5

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Termino de arrumar meu quarto e vou direto para a coordenação, eu já estava me preparando para ser expulsa, bato na porta e espero Darcy me liberar para entrar

—Beya pode entrar, eu entro e sento na cadeira de frente para ela,não ouso dizer uma palavra a Darcy estava decepcionada comigo, o que me destruía por dentro —o que você fez foi caso de expulsão, agir como adolescente dentro de uma sala de aula?,

—me desculpa, falo em um tom baixo quase acuada

—você só não vai ser expulsa porque a Chloe decidiu não vir reclamar na direção, ela pediu transferência junto de Ambrose

—os dois juntos?, não sei se disse isso em tom de animação ou de decepção, dois anos comigo e ele vai embora com a garota que eu implico dês de que entrei aqui

—os dois, e você foi o motivo, você só não vai ser expulsa por causa disso Beya, mas você perdeu todos os pontos que você tinha comigo, mais um vacilo você vai ser expulsa, sem direito a transferência
Meus olhos enchem de lágrimas, nunca tinha visto ela decepcionada comigo, mas evito deixar sair

—obrigado, levanto e saio da sala

A dor voltou dentro de mim, e eu me pergunto quando essa merda vai acabar, Darcy tá decepcionada comigo, Ambrose e Chloe foram embora juntos, como um casal coisa que eles nunca foram, porque eu estou me importando com isso?, cacete essa merda tá doendo, minhas mãos começaram a tremer e a falta de ar ficou evidente e incontrolável, maldita crise de ansiedade, fui rápido para meu quarto na esperança de ainda ter remédio de ansiedade, a vontade de chorar invadiu meus olhos assim que comecei a subir as escadas dos
dormitórios,

—puta merda, não não não, eu falava com medo da crise me fazer desistir e chorar sentada na porra da escada, cheguei no corredor feminino e fui mais rápido para meu quarto, abri a gaveta e tomei o último remédio que tinha de ansiedade, sentei ao lado da cama e fechei os olhos com as mãos enroladas nas pernas, implorando para aquilo acabar, me recusava a ter que tomar injeção na enfermaria de novo, chorei me permiti chorar de novo, e como eu queria parar quando ouvi a voz do Draven ecoando pelo quarto falando meu nome, senti ele apoiar na minha perna querendo que eu olha-se para ele, mas neguei com a cabeça e ele afastou e sentou do meu lado, em silêncio, ele não fez nada só ficou me escutando soluçar, quando sentiu liberdade ele colocou a mão na raiz do meu cabelo e acariciou como um conforto, vendo que não recuei ele tentou me puxar para perto e eu acoei de novo, e ele se afastou deixando somente a mão em minha cabeça.

—quantos você tomou Beya?, consigo sentir a preocupação em sua voz, mas não respondo —Beya?
Faço o número 1 com o dedo e o escuto jogar o pote de remédio longe, aliviado talvez, acho que sim pois escutei ele esvaziar os pulmões como se segurasse aquele ar a muito tempo.
Continuo ali por um tempo, o maldito remédio demorava para fazer efeito.

                                         🌫

Acordei no meio da tarde,com uma mensagem de Darcy avisando que eu não precisava ir para as aulas, Draven tinha falado com ela sobre minha crise.
Jogo o celular no colchão ao meu lado e enrosco minha mãos na raiz do meu cabelo olhando para o teto, eu ainda estava com um incômodo dentro de mim, o medo da minha ansiedade voltar com tudo me atingiu e me vi na necessidade de tirar aquilo da minha cabeça, aliviar como antigamente, levanto da minha cama e pego uma caixa no meu closet, -vazia, falando enquanto pego minha carteira e saio pela escola a procura dele, e como imaginei lá estava ele,no fundo do pátio soltando fumaça para cima aproveitando o horário que todos os responsáveis estavam cuidando de problemas da escola, para ao lado dele como se fosse conversar

—quanto tempo pequena chaminé, ele diz me entregando o baseado que estava fumando e eu trago e devolvo para ele —o que precisa?

—duas balas, e três baseados, tem? , solto a fumaça

—claro, ele coloca as mãos no bolso e me entrega o que eu pedi,—para que você quer tudo isso?

—meu estoque acabou, abro a carteira e pago o que eu comprei

—Beya, ele me chama e me viro voltando para perto dele

—que foi owen?

—fiquei sabendo que terminou, como você esta?
Mostro as drogas na minha mão para ele

—tem outras formas de superar sabia?, ele pega na minha mão e me puxa para perto dele soltando a fumaça no meu rosto ele oferece de novo o baseado e eu pego

Owen devia ter 1,75 de altura, tinha o cabelo loiro quase no ombro e um piercing na sobrancelha,gosto de ressaltar a tatuagem que ele tem no braço, tive uma queda por ele ainda namorando com o Ambrose ano passado, de tanto comprar com ele a gente flertava na brincadeira, mas nesse momento eu não sabia se ele estava brincando.

Eu coloco o baseado na boca e trago o máximo que eu conseguia, e ele se aproxima para eu soltar a fumaça perto da boca dele e faço o que ele parecia pedir, ele sorri e coloca a mão no meu pescoço me aproximando

—você tem certeza?, ele pergunta já perto da minha boca

Eu concordo com a cabeça e ele acaba com a distância que tinha entre nossas bocas,ele me olha para ver se eu queria que ele continuasse e eu puxo ele de volta, ele usa a outra mão para pegar na minha cintura e aproximar dele, faço o mesmo agarrando na sua blusa e o puxando para mais perto, não consigo evitar ter a sensação torturante de estar sendo observada e abro o olho rapidamente olhando ao redor e consigo ver Draven saindo, fecho meus olhos e volto para o beijo, eu me afasto de owen e dou um último selinho como ponto final no beijo.
Vou em direção ao meu quarto rezando para o Draven não está lá dentro, e ele não estava, sento na cama e pego meu isqueiro acendendo um dos baseados e coloco o resto das coisas na caixinha no meu guarda roupa, sento do lado da janela e começo a fumar.

Parece que dês de que Draven chegou minha vida virou de cabeça para baixo, e não tem droga que faça essa sensação ir embora.

                                               🌫

Não acharam que Beya ia perder a oportunidade acharam?

Até o próximo, reações são sempre bem vindas

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