Cap 4

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Draven

Eu escutei ele gritando com ela, escutei uma parte da briga dos dois, o final para ser mais específico, e escutei barulhos dentro do quarto e segundos depois ele saindo, eu não queria ir contra o que ela falou eu queria não me meter, mas porra eu não queria ficar com a consciência pesada de ter deixado ela sozinha depois de escutar barulhos dentro do quarto dela, e saber que ele de alguma forma poderia ter a machucado me matava, ignorei os pedidos dela e fui em direção ao quarto, demorei alguns segundos para abrir a porta,e quando entrei vi algumas das coisas dela jogadas no chão, e ela não estava mas conseguia ver por e baixo da porta do banheiro a luz acesa me atrevi a tentar conversar com ela, só não queria que aquela bomba atômica explodisse para cima de mim.

—Beya? Ele te machucou?, bato de leve na porta tentando disfarçar o meu tom de raiva vendo o que aquele babaca fez com seu quarto e o que talvez tenha feito com ela

Beya

Eu não sabia o que responder então só murmurei um "uhum", penteei melhor meu cabelo e me olhei no espelho, ainda tinha a marca da mordida de Ambrose na minha boca, e eu passei um gloss para disfarçar, minhas mãos ainda ardiam mas ignorei, aquilo não doía tanto, eu estava com mais dor por dentro, com ódio, a pior dor que existe é aquela que não dá para aliviar, pelo menos não agora.
Sai do banheiro e dei de cara de Draven sentado na minha cama olhando para os anéis novamente, ele parece estar sempre focado neles, ele desvia o olhar para mim e depois para as minhas mãos.

—vai sangrar de novo, ele fala sério e levanta pegando uma caixinha de primeiros socorros que deixo na minha escrivaninha —senta aqui, ele bate de leve no colchão ao seu lado

—eu sei me cuidar, viro de costas para ele e olho para fora pela janela

—Beya, deixa eu te ajudar,ele pede com calma e de novo sinto aquele arrepio em todo meu corpo, e novamente aonde não deveria. Eu sento ao lado dele mas sem olhar nos olhos, ele pega minha mão e passa um algodão com álcool me fazendo soltar um gemido de dor, aquilo ardia pra caralho, mas não era uma dor ruim, qualquer coisa que eu sentisse agora seria um alívio para o que eu estava sentindo

—não faz esse barulho de novo, por favor, ele pede e eu o encaro sem entender, ele sorri de lado quase imperceptível de novo, —você bate que nem uma máquina, ele muda o assunto

—só estava com raiva, fecho o olho com ele ainda limpando minha mão

—eu sei, eu vi, mas não entendi o porque sua raiva aumentar quando me olhou

—porque sei que você é só mais um babaca dessa faculdade

—tirou essas conclusões como?, ele força mais o algodão contra meu machucado

—porra, reclamo da dor -você é homem, só isso já faz eu tirar essa conclusão

—posso saber o motivo de pensar assim?, ele pergunta olhando nos meus olhos e eu engulo seco torcendo para ele não perceber

—posso, qual o maior troféu que um homem pode ter na sua coleção de pessoas que já levou para cama?

—o maior seria uma transa de horas com a mesma pessoa, ou uma Virgem, me odeia por causa de sexo?

—eu não te odeio babaca, e você acha mesmo que ficar por horas com a mesma pessoa vale mais que a segunda opção?

—sim, mas nunca encontrei nenhuma das duas, porque você pensa isso de mim? Ele para me analisando, —puta merda você é virgem?

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