Cap 14

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Pagamos nossas entradas e já sentamos na bancada de bebidas, peço três doses para virarmos dando início a melhor ou pior noite daquele semestre.

                                        🌫

Beya já estava na sua terceira garrafa de cerveja, Owen na quarta, eu estava na terceira também, eu até estaria na quinta, mas a quantidade de vezes que me distraía vendo Beya sorrindo e dançando me faziam beber devagar, em compensação a quantidade de vezes que via ela e owen brincando de flertar me fazia virar mais rápido, eu ainda estaria na segunda se não fosse isso.

—você não dança?, Owen pergunta vindo na minha direção

—não curto muito, respondo e levo minha garrafa para a boca

—mesmo assim você chamou atenção, ele aponta com a cabeça para uma garota no outro lado da festa que estava me olhando, —vai lá cara, extravasa, ele bate no meu ombro e sai voltando para Beya

Eu não tinha interesse nenhum em ficar com alguém aquela noite,mas ver Beya com Owen por algum motivo me incomodou, então vou até a loira para me distrair deles, chego encostando na parede do lado dela e apoio minha perna,

—veio sozinha?, levo minha cerveja até a boca

—sim, mas não prendendo voltar sozinha, ela me imita

Ficamos um tempo ali conversando e flertando, e por alguns breves segundos eu me sentia observado, mas achava que era coisa da minha cabeça, até olhar para Beya, e ela estar com o olhar incômodo na minha direção, nunca tinha visto ela com aquele olhar, mas não era de aprovação.

Beya

Eu estava com Owen quando percebo Draven indo na direção de uma garota, e para variar, loira, digamos que se tivesse uma tabela de pessoas que eu odeio sem ao menos conhecer, as loiras estariam em primeiro lugar, ignorei por um bom tempo até ver ela se aproximando dele, aquilo me incomodou, mas porque caralho Aquilo me incomodou?, tentei voltar minha atenção para Owen, mas meu olhar não conseguia ficar muito tempo sem conferir o outro lado da festa, e não conseguia evitar sentir aquele incômodo no meu corpo, eu não estava Bêbada o suficiente para beijar Owen, eu nem tinha planejado aquilo, mas eu também não estava sóbria o suficiente para ir embora sozinha, e prefiro morrer ao ter que ir embora por causa dessa sensação de merda dentro de mim. Voltei minha atenção para minha cerveja e virei a garrafa em uma velocidade que eu nem sabia que era possível. Owen começou a flertar com outra garota, ótimo dois homens sendo homens e esquecendo da minha existência, mas não era ruim, até eu ver um terceiro homem querendo se dar bem naquela noite vindo na minha direção "sai daí Beya" foi o que eu pensei, mas ele já estava perto demais

—o que uma bela mulher como você faz aqui sozinha?, cantada de quinta

—bebendo como todos aqui, pego outra cerveja que eu tinha perto

—posso me dar a liberdade de perguntar se você namora?, ela chega mais perto

—não mais, abro a cerveja, —mas pela aliança no seu dedo você não pode me responder o mesmo, levo a cerveja para minha boca

—isso não é nada, ele tira e coloca no bolso, você presta atenção nisso nos homens?

—nunca tive interesse em fama de amante, me afasto mas ele se aproxima mais

Meu coração começa a disparar, e não da forma boa, era por isso que eu odiava sair, eu tinha pavor de homens dando em cima de mim contra minha vontade, lembrancinha que Ambrose deixou na minha vida. Procuro Owen ao redor mas ele estava beijando a garota, Draven não estava no meu campo de visão

—quer carona para casa?, ele passa a mão na minha cintura, eu não sabia reagir, eu nunca sei

—vim de carro, minto na intenção de me afastar, não adianta

—então vamos entrar nele,ele me puxa para perto e cheira meu pescoço, "Porra Beya reage"

Tento afastá-lo mas ele me puxa de volta, sinto a pontada de uma lágrima querendo se formar no meu rosto, mas não permito de sair, ele segura meu pescoço e me beija, a força, o que faz memórias voltarem para minha cabeça,solto um "não" em vão é claro, continuo tentando empurrar, ele se afasta, mas não porque quer, e sim por que Draven estava em cima dele,socando a cara dele

—seu desgraçado, ela disse não!, ele da outro soco,
—encosta nessa garota de novo que eu mato você, eu juro eu te procuro até no inferno, e eu te mato, ele puxa o homem pela camisa e fala o encarando nos olhos.
Meus olhos enchem de lágrimas e eu procuro por ar, eu saio empurrando as pessoas e saio para fora da festa indo em direção a faculdade de novo, posso escutar Draven vindo atrás de mim , mas tudo estava abafado, o som era abafado, sinto ele segurar meu braço e me puxar para a calçada, me fazendo voltar para realidade

—Beya, tá tudo bem?, a voz de preocupação era evidente

—foi culpa sua, falo com uma voz de choro,

—minha culpa?, ele fala calmo tentando não me deixar mais nervosa

—você foi no meu quarto, você me tirou de lá, você me trouxe,caralho Draven se eu não saio eu tenho motivos,mais cedo você me chamou de "a que odeia todos homens" e eu odeio Draven, sabe por que?
Ele me olha sem dizer nada mas dando brecha para eu responder —porque nenhum presta caralho, vocês são podres, vocês só sabem machucar e se aproveitar, não adianta conhecer um que pareça legal uma hora vai ter uma atitude ruim porque é isso que vocês fazem,destroem as pessoas, vão embora, forçam, gritam, batem, é isso Draven vocês são nojentos, e não adianta me falar que não são, eu nunca esbarrei com um que seja bom o suficiente, eu confio no Owen, mas sempre espero o pior, porque é isso que vocês têm para oferecer, sempre o pior!
Soco o braço dele e ele tenta me abraçar, eu via lágrimas em seus olhos, mas ele as seguravam, tivemos uma briga silenciosa com ele tentando me envolver em seus braços mas dessa vez eu não permiti

—Beya, eu sinto muito, ele diz quando empurro ele pela última vez,—sinto muito que você pense assim

—não é um pensamento Draven, é uma realidade, eu viro as costas e saio, ele vai junto mas fica um pouco atrás

Draven

O ódio tomou conta de mim quando vi ele a forçando a beijar ele, eu só queria machucá-lo por estar fazendo aquilo com ela. E na rua, quando ela começou a dizer tudo aquilo eu senti uma pontada em meu peito, como ela poderia guardar todo aquele ódio dentro dela?, como uma pessoa como ela poderia dizer todas aquelas coisas?, o que os outros homens que passaram na vida dela fizeram a destruíram, e eu não queria perguntar, não agora, ela ia explodir e não sei como ela iria descontar a raiva dela, mas quantas pessoas a magoaram para ela chegar nesse ponto?. Eu deixo ela ir na frente depois de lutar tentando abraçá-la, eu não deixaria ela sozinha daquele jeito, ela limpava os olhos enquanto andava, disfarçando mas limpava, pude escutar ela xingar algumas vezes, e quando entramos na faculdade e deixei ela no quarto dela, pude escutar ela quebrando algo lá dentro e o grito no travesseiro, eu queria ficar perto dela, queria abraçar e proteger, mas ela me odiava, não por querer, mas por conta do que a vida fez ela passar, e com isso,percebo que essa foi a pior noite."



É isso.....
 
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