Cap 26

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Draven

Última prova, quatro dias que a Beya foi suspensa, finalmente eu ia poder descansar e não ia precisar mais ler cadernos e papéis, e nem ligar para Beya perguntando coisas sobre as matérias, ela estava ansiosa para ver minhas notas, ela estava confiante que eu ia tirar notas boas, ela podia ser grossa por vários motivos, mas quando se trata de ajudar a estudar a personalidade dela muda, ela não tinha aparência nerd, mas com certeza era a pessoa mais nerd que eu já conheci.

Me pego chegando perto da abertura que Beya fez para fugir da faculdade, passo por ela e pego meu carro indo em direção a casa dela,mas antes eu queria comprar alguma coisa, só não sabia o que, cigarro ela sempre tem, iogurte e maçã eu já dei, e eu queria dar algo diferente, mas não muito elaborado para ela não ficar se achando depois, vejo uma loja pequena no meio da estrada e paro, era uma loja simples e um pouco antiga, vendia de tudo e eu fiquei meia hora lá dentro analisando e vendo o que ali a Beya não jogaria na minha cara quando eu a entregasse, e nisso vejo um colar com um pingente de coração, ela um colar todo prata e dentro do coração tinha uma pequena pedra vermelha, peguei ele e comprei, ela podia não usar, mas ia ser algo que ela ia conseguir guardar, paguei e voltei para caminhonete, o colar foi colocado em uma saquinho prata e colado com um Adesivo roxo coloquei no bando de passageiro e dirigi até a casa dela, chegando lá Nancy abre a porta e já subo direto para o quarto de Beya batendo na porta e ela não demora muito para abrir, entro olhando para os desenhos na parede novamente, acho que achei minha distração favorita, ver os desenhos que Beya faz na parede

—como você saiu a essa hora?, ela fecha a porta atrás de mim e passa na minha frente guardando algumas roupas que estavam na cama, —estava organizando o closet

—passei pela abertura que a você fez, não sei como você não surta depois de uma semana de provas

—eu surto, mas ai eu fumo e passa, ela deita na cama e eu sento no pé da cama,—como estavam as provas?

—sempre vou achar provas difíceis Beya, mas tudo que você deixou ajudou muito, acho que dessa vez vou ir melhor

—que bom, ela fica em silêncio e eu pego o pacote no meu bolso, coloco o colchão e empurro com a mão para perto dela, —o que é isso?, Ela olha mas não pega

—agradecimento pelos materiais e por não me deixar ser expulso, só não acostuma,
falo mas com certeza compraria mais centenas de coisas para ela.

Beya pega e senta na cama abrindo, ela tomava todo o cuidado do mundo como se não quisesse estragar nada, nem o adesivo, ela pega o colar e sorri e talvez o sorriso mais sincero que ela já deu perto de mim, ela o analisa por um tempo
—é lindo Draven, eu não sei o que falar,
ela levanta e vai até o espelho para colocar, ela ia usar e admito que fiquei admirando ela o colocando o colar, eu estava aos poucos fazendo ela ficar melhor, e isso para mim era a maior conquista que eu poderia ter,

—obrigado de verdade, ela vem na minha direção e em um gesto rápido ela da um beijo em meu rosto,

—não sabia se você ia gostar, começo a mexer em meus anéis, —se soubesse que gostava tanto de presentes te daria antes

—eu adorei, e eu nunca ganho presentes, pelo menos não do nada

—como assim nunca ganha?, foco nela e vejo ela desviando o olhar e se arrependendo do que disse

—a você sabe, eu não tenho contato com ninguém, não o suficiente para ganhar presentes, e eu não me importo na verdade

—Ambrose não te dava nada?, escutar aquilo me incomodou, e mais do que eu imaginava

—ele só me deu o anel, o suficiente para deixar o território marcado, e como eu disse eu não me
Importo

Eu não conseguia entender, ela era incrível, se aproximou de mim rápido mesmo ainda tendo desconfianças, como ninguém tentava amizade? Como alguém com tanto dinheiro poderia ser tão sozinha?,eu chuto dizer que além do bloqueio que ela tem, ela não confia a amizade nas pessoas talvez por medo de ser somente interesse em seu dinheiro, Beya se isolou do mundo normal e se enfiou em uma bolha que ela não iria querer sair, não sem ajuda.

—e o seu aniversário?, eu queria entender melhor o que se passava pela cabeça dela, e queria que ela se sentisse bem para se abrir comigo sobre o passado, ela me olha e depois mexe no colar pensando em uma resposta

—são como dias normais, não vejo sentido em comemorar um dia que te deixa um ano mais perto da morte.

—a não brinca, você não comemora seu aniversário?

—eu nasci no dia do natal Draven, as pessoas têm outras preferências, não vou disputar aniversário com o suposto criador de tudo

—suposto?, você é uma caixinha cheia de informações Beya

—acredito nele, mas as vezes acho que ele esqueceu que eu estou aqui no mundo sabe?, ele me deixou sofrer pra Caralho e tirou de mim a única pessoa que restou, eu não chamo por ele, eu nunca precisei dele

—eu sinto muito que pense assim Beya
eu queria abraçar ela, mas acho que ela se abriu demais e se eu fizesse isso ela podia afastar por achar que eu estava com pena, mas na verdade eu estava com raiva, ela não merecia pensar essas coisas, ela não percebia mas não parava de segurar o colar em seu pescoço, ela me ofereceu um cigarro e eu aceitei, ela acendeu os dois e como sempre, ela foi fugir da realidade do jeito dela.

Eu queria a abraçar, queria dar todos os presentes de todos os aniversários e datas comemorativas que ela não ganhou, queria beijar as cicatrizes dela até fazer ela esquecer que um dia aquilo doeu, queria passar horas deixando ela desabafar, eu queria ver como a Beya era sem os traumas, eu queria salvá-la de sua própria cabeça.

Galera do ttk eu juro que a hora de vocês está chegando kkkkk mais alguns capítulos e tudo começa a acontecer
Mas meu foco até o momento está sendo a vida da Beya e o Draven demonstrando afeto à ela

Liberei agora de tarde e talvez eu solte mais um a noite ou antes dependendo das reações e comentários nesse

Love on The Scars Onde histórias criam vida. Descubra agora