Cap 7

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A preocupação e a raiva estavam estampadas no rosto de Draven enquanto ele me trazia uma segunda garrafa de água e eu a devorava como se não tomasse água a dias, tomo até a metade e coloco a garrafa na mesa de canto do meu quarto

—toma tudo, ele não estava pedindo, -você não vai morrer por tomar água

—engraçado escutar isso depois do que aconteceu por causa de uma garrafa de água, pego a água e volto a tomar, só que mais devagar

—você tem que parar com isso Beya, ele fala sério -você fuma e se droga como se não liga-se para nada

—eu não ligo,seguro a garrafa e brinco com a tampa da mesma- e você não é muito diferente

—eu só fumo cigarro, e não é sempre, ele me encara e eu desvio o olhar

—sua pupila diz o contrário, os olhos claros dele estavam escuros,claramente ele estava chapado

—usei, mas para me divertir, e não igual a você que usa para fugir da porra da realidade Beya,você está exagerando

—por que você se importa tanto?, sério chegou não tem nem duas semanas e já me trata como se fôssemos íntimos

—você gozou nós próprios dedos pensando em mim, isso não nos torna íntimos?, ele falou sem pensar, mas isso me fez segurar um pouco do ar antes de conseguir responder

—você é um babaca, levanto da cama e vou sentar perto da janela, o quarto estava quente e meu sangue também

—não vou discutir com você Beya, só deita nessa cama e espera o efeito passar

—você não manda em mim, ressalto-por que se importa tanto comigo?

—não me importo, só não quero deixar uma garota drogada sozinha em uma faculdade lotada de homens drogados

—você está drogado, o encaro

—mas nunca ousaria encostar em você,

—nem se eu pedisse?,

—eu nunca vou encostar em você Beya , você esta chapada

—e se eu não estivesse?

—se você não estivesse, você nem estaria tocando nesse assunto,eu não estaria aqui e para de tocar nesse assunto

—hm, só consigo dizer isso e volto minha atenção para a janela, dava à vista para o jardim do campus, nada muito interessante, mas tudo seria melhor do que olhar para cara dele naquele momento, me perco da minha distração quando escuto alguém batendo na minha porta que estava trancada

-Beya?, abre!, era a Darcy

-puta merda, falo baixo dando um pulo para o quarto me afastando da janela, Draven me encara e eu coloco as mãos na boca dele —já vou, respondo ela e procuro um lugar para colocar ele

—mais um vacilo eu sou expulsa, se importa de ficar de baixo da cama?

Ele revira os olhos e entra em baixo da cama, me encarando com olhar que não posso descrever, conferi e abri a porta

—você está bem? Fiquei sabendo que passou mal, ela entra no quarto e senta na cama

—estou sim, fiquei enjoada por conta da bebida só isso

—entendi, isso não é gravidez não né?

—credo Darcy não!, nego no mesmo instante,—eu quero dormir, pode sair?

—claro que posso, ela levanta e me puxa me abraçando, no momento eu não entendo mas não foi ruim —se precisar conversar eu to aqui Beya, ela sorri e sai do quarto, vou logo atrás e tranco a porta novamente, Draven sai de onde estava e me encara

—em baixo da cama, sério?

—não quero ser expulsa por causa de um cara no meu quarto

—então deveria parar de trazer caras para cá,

—eu não te trouxe, você que veio, sentei de novo perto da janela

—não porque eu quis, e não estou falando de mim

—eu não trago caras pra cá, encaro ele até perceber o seu olhar, —ta falando do Owen?

—não citei nomes, ele deita na minha cama e pega meu livro folheando

—não trouxe ele para cá, e se tivesse trago não ia te dever satisfação

—não disse que devia Beya, você está se justificando porque quer

—não fode Draven, você que tocou no assunto

—na verdade não, você tocou quando disse que não queria trazer outro cara para cá, ele respondia calmo e com tanta certeza que fazia meu sangue ferver de raiva

—eu te odeio, vou tomar um banho, vou em direção ao banheiro e antes que eu feche a porta ele responde

—dessa vez vai ser só um banho né?, ou eu folhando um Livro também te deixa daquele jeito?

—cala a boca, fecho a porta e ligo o chuveiro

Não molho o cabelo só deixo a água escorrer pelas minhas costas aliviando o fogo que estava no meu corpo por conta das drogas.

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