Vou embora da minha casa com Draven, aquele dia não tinha sido um dia ruim,foi um dia calmo, e por algum motivo ele me deixou dirigir na volta,com medo, mas deixou.
—pretende voltar a morar lá?, Draven tira minha atenção da estrada,—foca na estrada Beya
—eu sei dirigir idiota, e sim eu pretendo quando acabar a faculdade
—é uma casa legal, ele se ajeita no banco,—ali tem um sinal
—eu to vendo, acelero o carro e Draven se assusta
—Beya!, você tem problema?
Passo pelo sinal antes de ele ficar vermelho e desacelero o carro
—fica tranquilo, nunca dirigiram por você?
—já, mas não uma louca
—tem uma primeira vez para tudo, quando eu pegar meu carro a gente pode apostar uma corrida de madrugada
—você tem carro?, ele parece meio surpreso
—sim, na garagem da minha casa
—e por que não pegou ele?
—medo de arranharem ele, a lataria é recém pintada
—entendi, o carro fica em silêncio por um tempo a gente nunca falava sobre os beijos, era como se não tivessem acontecido, e eu até preferia assim. Chegamos na escola e ele me acompanha até meu quarto e como sempre ele entra e fica
Draven
Eu deito na cama dela com os braços atrás da cabeça e cruzo as pernas, ela como sempre foi estudar, e me pediu silêncio,então comecei a mexer na mesinha de canto dela, e ela guardava muita coisa ali
—e esses remédios?, pergunto e ela suspira pelo fato de eu não fazer o silêncio que ela pediu
—o que tem eles?,ela me olha com o olhar mortal dela
—para o que são?, balanço os potes de remédio os olhando
—depressão, ansiedade,calmante, dormir e dor de cabeça, ela responde com naturalidade,—mas tem um tempo que não tomo o para depressão
—posso saber o motivo?, pego o pote laranja e começo a ler o rótulo
—ele é um remédio para te fazer parar de sentir algumas coisas, consequentemente você para de sentir sentimentos comuns, e eu tava cansada de não sentir nada
—o que seria não sentir nada?, guardo o pote na gaveta e volto a mexer
—não sente alegria, não sente tristeza, você não se permite sentir nada, você fica dependente dos remédios, é horrível
—entendi, e agora você sente alguma coisa?
—ainda não,só que agora eu choro, o que eu odeio,mas não vou voltar a tomar
Eu tentava disfarçar meus sorrisos toda vez que percebia que ela estava baixando a guarda para mim, mas sempre esperava ela me xingar do nada, eu gostava da forma que ela me tratava, do jeito dela.
—acho que você é a única garota dessa faculdade que não tem camisinhas na gaveta,
—seria a mesma coisa de um surdo ter fones de ouvido na gaveta, não usaria, e lá estava o lado dela que por algum motivo eu gostava
—isso foi horrível Beya, falo segurando o riso
—foi mal, ela sorri e volta a atenção para o computador
Vejo uma caixa de cigarros lacrada é um pequeno caderno
—não está fumando? Falo pegando o caderninho e abrindo, na primeira folha tinha um título grande "acontecimentos da Beya"
VOCÊ ESTÁ LENDO
Love on The Scars
RomansaTodos os homens que passaram por sua vida a machucaram de alguma forma, fisicamente ou emocionalmente. Beya estava desistindo de acreditar neles, até que um novo aluno entra na faculdade, e por algum motivo,ele estava disposto a fazer de tudo para m...