cap 60

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Já faziam dois dias da nossa expulsão e Também dois dias que eu não via a Beya, ela mandava mensagem uma vez por dia dizendo que está bem, mas nada além disso, ela não atendia minhas ligações muito menos respondia todas as minhas mensagens, ela só falava que estava bem, perguntava como eu estava e sumia o resto do dia, mas só de ter notícias dela já era o suficiente, passo com a caminhonete na frente da casa dela na esperança de ver ela do lado de fora mas hoje eu encontrei Nancy no jardim, fui até ela e conversamos sobre a Beya

—a Beya como ela tá?, -pergunto e ela olha para dentro da casa

—dormindo, ela toma o remédio e só acorda a tarde para comer e volta dormir

—ela só come uma vez?

—sim, não consigo acordar ela por conta dos remédios de dormir e se eu acordar ela fica estressada

—mas ela fica quanto tempo acordada?

—o tempo de banhar, comer, mexer no celular e o remédio fazer efeito, ela tentou desenhar mas parou na metade

—conversou com ela sobre isso?

—sim, ela ignora mas disse que se matriculou em uma aula acho que de alguma língua diferente, ela gosta de estudar

—em alguma escola específica?

—pelo computador, vai continuar na casa mas pelo menos não vai estar dormindo

—ela falou alguma coisa de sobre mim?, eu acho que ela tá com raiva

—a ela tá, disse que você foi um idiota de largar seu futuro para agradar ela, palavras dela

—imaginei que ela ficaria com raiva, que horas ela acorda?

—depende muito, mas a partir das duas ela costuma estar banhando, mas agora ela já pegou no sono de novo

Concordo com a cabeça e me despeço dela voltando para caminhonete, eu sabia que Beya não ia lidar bem com isso e eu tinha medo dela se afundar agora que não tinha que se preocupar com muitas aulas por dia ela não tomava mais o remédio para depressão só os calmantes e o de dormir e isso me preocupava.

                                🌫

Espero Beya responder minha mensagem para ir até a casa dela e ver ela acordada, ela demorou mas respondeu assim que ficou de tarde, já era o terceiro dia sem ver ela, o terceiro dia só recebendo um "to bem, e você?", somente isso e eu sabia que ela não estava bem e eu odiava quando ela mentia sobre isso, pego as chaves da caminhonete e dirijo até a casa dela com flores diferentes no banco do passageiro,eu já tinha dado rosas vermelhas duas vezes quis ser diferente na terceira comprei lilás com algumas hortelãs,eu não sabia se ela ia gostar mas sabia que isso melhorava o humor dela e dessa vez as flores tinham um significado e estou curioso para saber como ela vai tentar descobrir eles.
Estaciono a caminhonete e toco a campainha demora quase dois minutos mas ela abre o que me deixa surpreso por achar que quem abriria a porta seria a Nancy mas ver a Beya com o cabelo molhado recém lavando e a roupa de quem não tem a mínima vontade de sair de casa ou receber vistas por algum motivo melhora meu dia

—posso entrar?, -pergunto e ela abre espaço para eu passar, vejo ela fechar a porta e virar para mim me olhando, —são pra você, entrego as flores e vejo ela sorrir por alguns segundos as analisando

—obrigado, não precisa me dar tantas flores, ela vai até a cozinha pegar um vaso vazio e eu vou junto esperando

—dessa vez tem significado, mas não vou dizer qual

Ela vira para mim e me olha

—flores com significado?, -ela pergunta as colocando em cima da bancada já no vaso e abre a geladeira

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