ᴇʟᴇᴠᴇɴ

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𝐄𝐔 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐕𝐀 𝐀𝐂𝐇𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐔𝐌𝐀 𝐂𝐎𝐈𝐒𝐀 𝐌𝐔𝐈𝐓𝐎 estranha. Fazia um dia que o telefone não tocava, e normalmente alguém ligava 5 horas depois da última ligação.

- Finn, não acha estranho que ninguém tenha ligado ainda? - Eu perguntei desconfiada.

- Sim, é muito estran... - O garoto não pode completar a frase por conta do barulho do telefone tocando.

Eu não entendo, é só a gente falar disso e do nada ele começa a tocar?

- Que é? - Finney pergunta.

- Oi Finn, o que está acontecendo?

- Robin? - Ele disse surpreso.

- Oi maninho, não chora.

- Não tô chorando. - Ele disse.

- Tá sim, eu tô te vendo.

- Finn, quem é? - Eu perguntei curiosa.

- O Robin.

- Sério mesmo? - Eu perguntei surpresa.

- Sim, eu tenho certeza que ele quer falar com você. - O ruivo disse e logo passou o telefone para mim.

- Oi... Robin.

- Oi hermana, como você está?

- Muito mal...

- Eu sinto muito pelo que ele fez com você. - Ele falou triste.

- Tudo bem, não é sua culpa. - Eu falei.

- Eu sinto sua falta Winn...

- Eu também sinto a sua, muito. - Falei logo passando o telefone para Finn e limpando as lágrimas que caiam sobre meu rosto.

- Robin, como consegue nos ver? - Finney pergunta.

- Eu estou com vocês, eu fiquei esse tempo todo.

- Sério mesmo? - O ruivo pergunta.

- Não é certo deixar os amigos pra trás, meu pai não deixou os amigos dele quando foi para o Vietnã. Por isso ele não voltou. Eu também não vou voltar... Eu não vou deixar vocês para trás.

- Logo vamos nos ver de novo. - Finn falou, e como eu estava escutando, meus olhos se encheram de lágrimas.

- Sai dessa! Você não vai morrer igual eu. - Robin falou.

- Eu já tentei de tudo e nada funcionou. - O garoto disse sem esperanças.

- Ainda.

- Robin olha.. - O garoto foi interrompido.

- Você lembra do que eu te falei?

- Que eu tinha que ver o massacre da serra elétrica?

- Não, antes disso.

- Que um dia eu teria que me defender.

- Esse dia é o hoje Finn, hoje é o dia em que você para de abaixar a cabeça para os outros!

- Eu não sou forte como você e nem você conseguiu.

- Você sempre foi forte Finn! É o que temos em comum, por isso éramos amigos. Você sempre teve medo de dar um soco, mas sempre soube apanhar! E você sempre levantava, todas as vezes.

- Você tem que ser forte, se não sair daqui por você saia por mim!

- Mas o que isso importa?

- Eu não pude matar o Hijo de puta, então você ou a Winn vão ter que fazer isso por mim!

- Como?

- Você vai usar uma arma.

- Que arma?

- Essa que está na sua mão.

- O telefone?

- Enche ele com bastante terra, aperta bem e deixa pesado.

- E depois?

- Você e Winn vão treinar, de novo e de novo. - Robin fala, e eu logo vou pra perto de Finn.

- Levanta o telefone, da um passo pra trás, passo pra frente, passo pra trás e bate! Tentem.

- Agora? - eu e finn perguntamos ao mesmo tempo.

- Isso. Levanta o telefone, dá um passo pra trás, passo pra frente, passo pra trás e bate! - Robin ensina, e assim eu e Finney tentamos.

- De novo, levanta o telefone, dá um passo pra trás, passo pra frente, passo pra trás e bate!

- De novo, levanta o telefone, dá um passo pra trás, passo pra frente, passo pra trás e bate! - Eu e finn já estávamos pegando o jeito.

- Mais uma vez, levanta o telefone dá um passo pra trás, passo pra frente, passo pra trás e bate!

- Vocês pegaram o jeito, e enche o telefone de terra igual eu falei.

- Nós ainda vamos conseguir falar com você? - Finn pergunta.

- É Robin, ainda vamos?

- Não gente, é a última ligação... É com vocês daqui pra frente. - Ele fala triste.

- Posso falar com o Robin Finn? - Eu perguntei.

- Claro, aqui. - Ele fala me entregando o telefone.

- Vamos sentir sua falta Robin. - Eu disse em meio das lágrimas.

- Eu também vou sentir a de vocês... E quero que sabiam que sempre vão estar no meu coração.

- Você sempre vai estar no nosso também. - Finn disse e eu concordei.

- Tchau gente. - Robin fala se despedindo.

- Tchau Robin. - Eu e finn falamos juntos.

Logo ele a chamada se encerra, e eu começo a chorar mais do que já estava.

- Eu queria que nada disso tivesse acontecido... - Eu falei.

- Todos nós queríamos. - O ruivo disse se referindo aos outros meninos que também foram sequestrados.

Finn me acolheu em seus braços e me deu um beijo na testa. Eu simplesmente amo esse garoto, e sempre vou ama-lo, ele é a pessoa que quando eu precisei esteve comigo, eu realmente espero que eu fique com ele para sempre, não quero perde-lo nunca.

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𝗔𝗶𝗻𝗱𝗮 𝘃𝗮𝗶 𝘁𝗲𝗿 𝘁𝗮𝗻𝘁𝗮 𝗿𝗲𝘃𝗶𝗿𝗮𝘃𝗼𝗹𝘁𝗮 𝗻𝗲𝘀𝘀𝗮 𝗳𝗶𝗰... 𝗘 𝗺𝗲𝗹𝗵𝗼𝗿 𝘃𝗰𝘀 𝘀𝗲 𝗽𝗿𝗲𝗽𝗮𝗿𝗮𝗿𝗲𝗺.

𝐈𝐍𝐕𝐈𝐍𝐂𝐈𝐁𝐋𝐄 | 𝐅𝐈𝐍𝐍𝐄𝐘 𝐁𝐋𝐀𝐊𝐄 (Concluída.)Onde histórias criam vida. Descubra agora