ᴇɪɢʜᴛ

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𝐉𝐀 𝐓𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐒𝐄 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐀𝐃𝐎 𝐀𝐋𝐆𝐔𝐌𝐀𝐒  𝐇𝐎𝐑𝐀𝐒 desde a última ligação. E a janela que eu e Finn tínhamos conseguido arrancar não serviu pra nada pois nós não íamos conseguir passar por uma passagem tão pequena como aquela.

Eu estava em meio dos meus pensamentos, até que o telefone toca e logo Finn se levanta para atender.

- Alô?

- Vocês não tem muito tempo, ele não está dormindo direito, acha que pode ser o fim de tudo e que as pessoas vão descobrir. - Logo Finney me chama mais pra perto para que eu possa escutar também.

- Quem descobrir? - o ruivo pergunta.

- O irmão dele lá em cima.

- Acho que você é o Griffin. - Finn fala ainda com dúvida.

- Deve ser, é complicado.

- Ninguém te conhecia.

- Você passa anos sendo invisível, e de repente todo o estado sabe o seu nome. Vocês não tem muito tempo.

- E porque ele ainda não nos matou? - Finney pergunta.

- Vocês não entraram no jogo dele. - Griffin fala.

- Que jogo?

- Menino levado, se não joga o jogo, significa que ele não pode te bater e também não pode passar para a próxima fase, que é a favorita dele. Agora, ele tá dormindo, esperando você Finney pra brincar. - Ele diz.

- Espera, a porta está destrancada, então é só a gente sair? - o ruivo pergunta.

- não, tem um cadeado com a combinação logo após a porta de vidro, era da minha bicicleta. - Griffin fala e eu fico com dúvida, então resolvo perguntar.

- Como assim da sua bicicleta? - eu perguntei.

- Ele roubou logo após me sequestrar.

- Tá, e qual a combinação? - Finney pergunta.

- Eu não me lembro.

- Griffin! Tenta lembrar. - Eu e Finn falamos juntos.

- Eu sabia que ia me esquecer, então anotei. - ele fala.

- Onde anotou?! - Finney pergunta já sem paciência.

- Usei uma tampa de garrafa na parede.

- Que parede Griffin? - perguntei.

- A da direita na altura dos ombros quando estão sentados. - ele fala e logo eu vou procurar.

- Achei! É 23317.

- Se você diz. - ele fala sem se importar.

- Mas é, 23.31.7, 23.317 ou 2.33.17? - eu perguntei.

- Eu não sei, terão que tentar todas, e sejam silenciosos.

- Ok, obrigado. - Finn disse e logo Griffin desliga o telefone.

- Agora temos que tentar. - eu disse.

- Mas Winn, você está machucada, pode se machucar mais ainda se formos agora. - o ruivo diz preocupado.

- Mas temos que ir Finney, é a nossa chance de finalmente escaparmos desse lugar! - eu digo.

Demorou alguns minutos para eu convencer o garoto.

- Tá, tudo bem! Nós vamos.

- Isso! Obrigada Finn. - disse o dando um abraço.

Logo nós abrimos a porta e subimos as escadas com o máximo de silêncio possível, assim nos deparando com Grabber sentado em uma cadeira com o cinto na mão dormindo.

- Cuidado Winn. - Finn sussurrou para mim e eu assenti.

Passamos por Grabber e logo fomos para a porta tentar as combinações do cadeado.

- Eu tento ou você tenta? - Finney pergunta.

- Eu tento. - falei com determinação.

Tentei a primeira combinação, mas não foi, a segunda também não, logo tentei a terceira com muito silêncio, e a porta se abriu fazendo barulho, assim o cachorro começou a latir acordando Grabber.

- Vamos Finn! Corre! - Falei para o garoto que estava nervoso.

Começamos a correr o mais rápido que podemos, mas logo eu escuto um barulho de van atrás de nós.

- Socorro, alguém nos ajude por favor! - eu e Finn gritavamos.

- Ajuda! Por favor. - Eu gritei.

Aceleramos nossos passos, pois a van já estava muito perto. Mas não durou muito tempo e fomos atropelados, e caímos no chão nos machucando feio. Grabber logo pulou da van colocando uma faca em meu pescoço. As pessoas começaram a ligar as luzes de suas casas por conta do barulho.

- Se algum dos dois gritar mais uma vez, eu arranco o pescoço dessa puta. - ele ameaçou.

E como eu não tenho medo desse filho da puta eu gritei mais uma vez.

- Socorr... - não deu tempo de terminar a frase, eu senti uma dor no olho, estava apagando aos poucos.

[...]

Eu acordei no chão, com Grabber olhando para mim.

- O que você quer de mim seu velho filho da puta? - falei ainda um pouco desnorteada pelo murro que levei.

- De você... Eu quero muitas coisas. - ele disse perverso.

- Vai se fuder seu nojento. - disse com ódio.

Ele logo levanta e começa a me bater com o sinto, era uma dor inexplicável, o filho da puta me bateu nos braços, pernas, costas, barriga, praticamente em todos os lugares do meu corpo. Mas de repente ele começou a tirar a blusa, e o sinto da sua calça, eu logo me afastei sem saber o que fazer, eu só queria sair logo dali, aquele lugar era apavorador, eu lembrava de Robin e Vance, só de imaginar que isso aconteceu com eles também, me dá uma imensa vontade de chorar e de ir embora desse mundo para que eu possa ficar com as pessoas mais importantes pra mim, mas ao mesmo tempo eu não teria coragem de deixar Finney, ele é a única pessoa que me resta aqui e que se importa de verdade comigo. Sai dos meus pensamentos quando escuto batidas na porta. Era a polícia. Grabber coloca a camisa de novo e o sinto.

- Em que posso ajudar? - ele pergunta.

- Nós queríamos saber se o senhor viu alguma coisa em relação ao desaparecimento de Finney Blake e Winnie Hopper.

- Infelizmente eu não vi nada, eu queria poder ter ajudado vocês de alguma forma.

- Obrigado, e qualquer coisa avise a polícia ok? - o policial diz logo saindo dali.

- Certo. - Grabber diz fechando a porta.

- Agora vamos para o que interessa morena. - ele diz tirando a camisa.

- Se você fizer isso eu juro que grito, e assim o policial vai vir aqui e te prender.
- eu falo com ódio.

- Ah, sua... - ele não conseguiu terminar a frase, só me puxou pelo braço e me levou de volta para baixo.

- A sua namoradinha deu muito trabalho, tem sorte de eu não ter matado ela. - ele diz logo saindo dali e trancando a porta.

- Winn! Eu estava tão preocupado. - ele diz já chorando, e indo me abraçar.

- Finn, ele.. ele tentou.. - não consegui terminar a frase.

- O que? Eu prometo que tudo vai ficar bem Winn, eu prometo. - ele diz me acolhendo em seus braços.

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𝗘𝘀𝘀𝗲 𝗰𝗮𝗽 𝗳𝗼𝗶 𝗺𝘁𝗼 𝗰𝗮𝗼́𝘁𝗶𝗰𝗼, 𝘁𝗮𝗱𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗱𝗮 𝘄𝗶𝗻𝗻, 𝗻 𝘁𝗲𝗺 𝘂𝗺 𝗺𝗶𝗻𝘂𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝗽𝗮𝘇 😢

𝐈𝐍𝐕𝐈𝐍𝐂𝐈𝐁𝐋𝐄 | 𝐅𝐈𝐍𝐍𝐄𝐘 𝐁𝐋𝐀𝐊𝐄 (Concluída.)Onde histórias criam vida. Descubra agora