Vizinhos novos

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— Disseram que tinha alguém para visitar. — o médico entrou no quarto devagar e viu a irmã a amamentar o filho.

— Não faças muito barulho, o Yukhei está a dormir.

— Okay. Oh, olha que bonequinho. — aproximou-se e tocou na bochecha do bebé — O meu sobrinho. Que coisa gostosa de dizer. Vou dizer à Daiyu, pode ser que ela consiga vir ver-vos. Como é que correu?

— O parto, em si, foi tolerante, mas antes foi horrível. Estive duas horas à espera que o menino se decidisse a sair cá para fora finalmente, andei tanto naquela porcaria de corredor que até sonhei com aquilo. — Kun riu-se, porque mesmo a falar baixo notava-se que a irmã estava chateada.

— E ele? Como é que ele esteve?

— Nervoso e ao mesmo tempo a tentar passar-me tranquilidade. Conversou comigo, fez-me massagens nas costas, abraçou-me e não me largou a mão. Depois ficou aqui a dormir, não quis ir para casa.

— Ele gosta de ti. Independentemente da situação que está a passar, ele mostra que se preocupa contigo, que és importante.

— Sim, eu sei. — encostou a cabeça à dele que se aproximou mais para se aconchegar.

— E tu? Como é que te sentes?

— Não sei. Bem. É uma sensação espantosa. — ele foi abraçá-la e beijou-lhe a cabeça.

— Que amor! Quero um bebé, vou pedir à Daiyu.

— Ela dá um pontapé numa pedra à saída do hospital e aparece um bebé.

— Sim, mais ou menos isso.

⁠♥

— Quem vai tomar banhinho? — tirou a fralda do bebé e fez-lhe cócegas no nariz com o seu.

— Cheguei. — Yukhei anunciou ao entrar em casa — S/n?

— Casa de banho. — ele foi guardar as coisas ao quarto e foi à casa de banho vendo a porta aberta — Podes entrar, ia dar banho ao Lucas.

— Olá. — deu-lhe um beijo na bochecha e o cão saltou-lhe para as pernas — O que foi? Queres um beijinho também? O Cookie também vai tomar banho? — falou com o cão e fez-lhe festas — Tolito. — lavou as mãos antes de ir beijar o filho.

— Queres dar-lhe banho?

— Quero, mas fica aqui para me ajudares.

— Okay. — sentou-se na sanita ao lado da banheira a vê-lo — Os teus pais convidaram-nos para jantar e eu disse que sim, espero que não te importes.

— Não, claro que não. Hm... já que falas em pais, eu vinha a pensar numa coisa no caminho e não tens que falar sobre se não quiseres.

— O quê?

— Ainda não me apresentaste, reapresentaste, os teus pais... Eles não gostam de mim?

— Oh, eu tenho a certeza que eles te adorariam, toda a gente te adora, mas eles... morreram. Ou seja, não chegaste a conhecê-los.

— Desculpa, pensei que não me lembrava deles.

— Não faz mal, eu mal os conheci, só tinha dois anos...

— Como é que eles morreram?

— O meu pai morreu doente e a minha mãe suicidou-se por causa disso. Pelo menos foi o que o Kun me disse. — encolheu os ombros.

— Que romântico. Eu acho...

— Romântico e egoísta.

— Egoísta?

Casamento Esquecido - Wong YukheiOnde histórias criam vida. Descubra agora