Eu amo-vos

8 0 0
                                    

— Eu lembro-me, S/n! Lembro-me de tudo!

— O quê?

— Eu lembro-me de ti, do nosso casamento, de quando éramos mais novos. Eu lembro-me! — ela abraçou-o com força e pôs-se a chorar como uma desalmada feliz.

⁠♥

— Onde estavam? — o pai dele perguntou-lhes quando apareceram ao pé de toda a gente — Porque é que não vieram connosco?

— Está tudo bem? — o noivo apareceu-lhes à frente.

— Sim, está tudo ótimo. — S/n abraçou o irmão — Devias ter-te casado mais cedo, Kun.

— Porquê? Qual seria a diferença?

— O Yukhei lembrou-se.

— Do vosso casamento?

— De tudo. Ai, vou chorar outra vez. — foi buscar um lenço de papel ao bolso das calças do marido e levou-o ao cantinho do olho — Já não posso ver rímel à minha frente, se volto a desgraçar isto tudo não ponho cá mais nada!

— Eu disse para não pores, mas tu insististe.

— Para ficar mais bonita, ainda temos as fotografias para tirar.

— Mas tu és linda sem rímel e essas coisas todas! Alguém lhe diga, por favor, ela não acredita em mim. — os outros três riram-se e a esposa bateu-lhe no braço.

— Para, vou chorar.

— Já estás a chorar, S/n. — abraçou-a e deitou a cabeça na dela — Pronto. É um dia feliz! O casamento do teu irmão, eu lembro-me de tudo e já não era sem tempo, renovámos os nossos votos e o Lucas nem está rabugento.

— O Yukhei tem razão, só coisas boas!

— São lágrimas de felicidade, juro.

— Por isso é que se atrasaram? Estiveram a renovar os votos!? — a mãe do mais novo quis confirmar.

— Sim. Achei que faria sentido.

— O meu Cookie? Ele vai secar as minhas lágrimas.

— E comer a tua maquilhagem. — riram-se e foram procurar o cão, estava a dormir debaixo de uma mesa.

— Só sabe dormir. Cookie! Anda cá, amor. — o bicho abriu os olhos e foi até à dona muito lentamente — Quem é o preguiçoso da mãe? Pois és tu, pois és.

— Depois ela diz "Não vamos ter mais filhos!" e é isto. — Yukhei sentou-se numa das cadeiras vagas e puxou o carrinho do filho, do humano.

— Não sejas mau, amor, ele também é um bebé.

— Ele tem sete anos! Quarenta e nove de cão, mais velho do que eu, mas é um bebé.

— Estás com ciúmes? Também queres miminhos, é?

— Sim. — fez beicinho e a esposa devolveu o cão ao chão, que voltou para o escuro, e sentou-se no colo do marido para lhe beijar a bochecha.

— Não sei como é que a tua mãe te aturava.

— Era uma peste!

— Oh, mãe! — as mulheres riram-se.

— Já que o Cookie reservou a mesa, podem ficar com ela. Mas temos as fotografias antes do almoço.

— Kun. — Daiyu apareceu ao lado do noivo, marido agora — Já chegaram! Está tudo bem?

Casamento Esquecido - Wong YukheiOnde histórias criam vida. Descubra agora