E se eu errar?

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Voltei com mais um capítulo para vocês, espero que gostem e leiam com atenção aos detalhes. Principalmente porque estamos em reta final.

Boa leitura e comentem

2/10

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Um Mês Depois
Pov Camila

Apaixonada.

Desde a volta da nossa viagem à Disney, Iris me pediu para ajudá-la a aperfeiçoar no piano, algo que é tão nosso, e hoje ela quis me mostrar que aprendeu a tocar uma música inteira. "Just give me a reason", essa foi a música que ela acabou de tocar para mim. É tão fofa vê-la concentrada em tocar certinho, mesmo trocando algumas notas de vez em quando... Esse momento é tão nosso, tão único, tão mãe e filha.

-Você gostou, Mom? (Iris perguntou ajeitando o óculos e assenti levemente)

-Está perfeito... É essa que você vai tocar, meu amorzinho? (perguntei e ela negou me olhando risonha)

-É outra, mas é surpresa. (ela falou e vi a porta abrir devagar)

-Cami, o Dom me chamou pra assistir a partida de basquete na casa dele... Se incomoda se eu for? (neguei com a cabeça e Lauren entrou para se despedir)

-Se comporta, mocinha. (avisei e ela revirou os olhos) É sério.

-Eu sempre me comporto, chatinha. (ela me deu um cheirinho e neguei levemente)

-Sem álcool, sabe que eu não gosto. (falei e ela se despediu da filha) Ouviu?

-Vou beber só um pouquinho, Camz... Volto às onze, beijo. Amo vocês. (ela falou me beijando antes de sair)

Voltei minha atenção para ensinar minha filha e deixei de lado essa história da Lauren, ela sabe bem que odeio álcool desde aquele dia em que a vi tão frágil, perdida. Foram pouquíssimas as vezes em que ela bebeu depois disso e sempre reclamei porque sei que Lauren não sabe beber, ela sempre passa dos limites e eu me preocupo de acontecer algo. Os sentimentos dela sempre ficam bagunçados e ela lembra da mãe, de não ter convívio com os parentes por causa do pai e isso me deixa aflita porque ela é um dos seres humanos mais doces do mundo... Não merece 1/3 do que já passou nessa vida.

Tem horas que ela reclama de eu "controlar" as festinhas dela com os amigos, mas nunca saiu da minha cabeça aquele dia... Aquela sensação de impotência sempre vem à tona. Ela é o meu porto seguro, é a pessoa mais incrível que eu já conheci na vida, a minha marrentinha e a minha bebê ao mesmo tempo. Ela e as meninas são o que eu tenho de mais precioso na vida, não tem nada nesse mundo que eu deseje mais do que vê-las felizes e pensar na Lauren mais uma vez mal, triste, afastada... Me assusta.

-Calma, sente a música primeiro. (disse ao ver Iris correr com as notas)

-Eu não sou boa com isso. (ela resmungou e dei um cheirinho em seu pescoço)

-Claro que é, filha... Você só precisa relaxar, tem que aproveitar o momento. (expliquei e ela me olhou com um biquinho)

-E se eu errar? (levei suas mãos novamente até as teclas do piano)

-A gente tenta de novo, hm? (falei e ela mostrou seus dentinhos fofos) Te amo.

Tocar piano com a Iris é como ter um mundinho só nosso, onde eu consigo manter toda a minha atenção para ela, para nossas conversas sem a Lunna ou a Lauren. Principalmente porque a Iris sempre teve uma timidez extrema, até mesmo para ela pedir as coisas era complicado porque a pequena ficava receosa... Mesmo que a gente faça todas as vontades das meninas. Depois de muita conversa e muitos estímulos para que ela se soltasse um pouquinho, conseguimos pelo menos em casa esse avanço.

Never Be The Same (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora