25. Então vamos dançar

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Considerações iniciais

Espero que me perdoem, mas esse capítulo pequeno foi tudo que consegui fazer. Parece que nada do que escrevo ultimamente presta, nem mesmo meus textos tristes que só eu leio.

Mas estou em busca de inspiração para dar um final a essa fic.

Novamente, me perdoem pela ausência, vocês não merecem ler uma fic de alguém que demora tanto para atualizar, perdão!

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POV Carol Gattaz

Um silêncio estrondoso se formou naquele lugar. Já não haviam pessoas, já não havia música, já não havia sons de conversas. Havia apenas eu e Rosamaria, em um mundo só nosso. Um mundo no qual nossos olhares finalmente conversavam sem deixar margem alguma para dúvidas.

Eu sabia o que queria e agora, conseguia ver no olhar de Rosamaria o que ela queria também, ela já não fazia questão alguma de esconder isso.

"Eu tô querendo você. E eu tô querendo demais.", foram as palavras que saíram de minha boca quebrando o silêncio que só nos duas escutávamos. Obtive mais silêncio, só que dessa vez, ele veio com um meio sorriso e um aceno de cabeça que soava muito parecido com um "Eu sei!".

Rosamaria permaneceu em parada, em silêncio, como quem digerisse cada palavra dita naquela frase. Até que ela se moveu para frente, colocou as mãos em minha cintura e me puxou para perto, fazendo nossos corpos se chocarem. 

Olhou em meus olhos e em seguida levou sua boca até meu ouvido, começando a se mexer lentamente.

- Você não queria dançar comigo? - fez uma pausa e eu podia ver o sorrisinho em seu rosto - Então vamos dançar.

Dançamos por bastante tempo, tempo suficiente para quase todo mundo ter ido embora. Nos demos conta disso quando Gabi se aproximou e disse:

- Nossa, vocês duas não querem se desgrudar mesmo, né? - nos encarou.

- Estamos dançando, você mesma disse que era pra gente dançar juntas - Rosamaria a respondeu.

- É, mas não por tanto tempo e sem perceber que quase todo mundo já foi, só tem a gente aqui. - Gabi fez uma cara de curiosa - Vocês nem perceberam, não é mesmo?

- Nossa! - exclamei me afastando de Rosa e observando ao redor.

Quase todo mundo havia mesmo ido embora, só restou nós três, Sheilla, que esperou Gabi e mais umas duas pessoas deitadas no gramado dormindo.

- Sheilla quer que a gente durma por aqui, tem problema? - Gabi perguntou.

- Não. Claro que não. Podem escolher algum dos quartos de hóspedes, tudo certo. - a essa altura tudo que falava saia no automático - Você vai dormir aqui comigo também Rosa? - Gabi me olhou ainda mais curiosa.

- Se não tiver problemas, sim - Rosamaria respondeu.

- Claro que não tem problema nenhum. - respondi.

- Ótimo! - ela falou me encarando.

- Eu perdi alguma coisa? - Gabi perguntou interrompendo nosso contato visual.

- Nadinha - Rosamaria respondeu e soltou um sorriso em seguida, deixando Gabi ainda mais intrigada.

- Vamos logo dormir que tô morrendo de sono - falei.

- Já passou e muito da hora de velhinhos estarem dormindo, Caruline. - Rosa falou e sorriu, eu dei um leve empurrão nela - Nem sei como você conseguiu ficar acordada até essa hora - novamente sorriu e, mais uma vez eu a empurrei.

- Idiota! - a repreendi.

- Mas vou dormir onde? Me arrume um lugarzinho pra eu ficar, Caruline - Rosa falou e em seu olhar ficou bastante claro o lugar para o qual ela queria ir.

- Você vai dormir comigo. - falei e vi os olhares de Sheilla e Gabi sobre mim, curiosos e a espera da confirmação de algo que, até então eu não podia dar, pois foi só olhar para Rosamaria que a vi corar, em resposta a minha fala - Tô com saudades de ouvir o ronco do trator que você faz quando dorme - tentei quebrar o clima um pouquinho tenso que ficou ali.

- Eu não ronco, Carol - Rosa falou um pouco brava.

- Não ronca pouco - foi a vez de Gabi intervir na conversa e, como quem percebesse algo, puxou Sheilla para irem dormir, deixando eu e Rosa ali, decidindo onde ela dormiria - Boa noite. Nós duas vamos indo, vê se não demoram a decidir onde a Rosa vai dormir porque já passou da hora de você dormir - falou apontando pra mim, eu apenas fiz uma careta em resposta.

Observamos ela entrarem na casa sem nos mexermos ou dizermos nada. Quando nossos olhares finalmente se encontraram, eu sorri.

- Será que elas perceberam que tem algo rolando aqui? - perguntou Rosa gesticulando e apontando para nós duas.

- Acho que não. - deixei a incerteza de minha fala transparecer em meu rosto e antes mesmo que Rosa pudesse comentar sobre isso, me adiantei - Talvez Gabi tenha notado algo, mas não sei... - fiz uma pausa e como Rosa manteve o silêncio e seguia pensativa, continuei - Seria tão ruim assim se elas percebessem?

- Talvez não.

Essa resposta de Rosamaria me deixou um pouco espantada, mas ao mesmo tempo feliz de ouvi-la. Talvez o que havia sido dito no quarta mais cedo não fosse uma mentira, ou mesmo uma coisa momentânea. Não quis me alongar muito nisso, porque tanto nossos corpos quanto nossas mentes já davam sinal de cansaço e eu sabia que precisávamos dormir. 

Só acenei com a cabeça para a casa e sem precisar dizer uma palavra, caminhávamos juntas para dentro e rumo ao único destino possível: meu quarto.

Mas ao contrário do que havia rolado lá mais cedo, agora, nós só nos olhamos e conversamos por um curto período de tempo assim, até que Rosa quebrou o contato visual que fazíamos e se virou, se aconchegando em seguida em meu corpo. Eu apenas a abracei e sorri. Não consegui nem ao menos dar um boa noite à ela. 

Segundos depois ela adormeceu e eu a seguiria em breve. Mas nesse meio tempo, uma certeza surgiu: eu queria que isso tudo fosse um algo a mais e estaria mais que disposta a tentar ter isso com a Rosa!

Paixão em quadraOnde histórias criam vida. Descubra agora