Considerações das autoras
Gente, em algum cap eu me referi a Rimini como "bolha" e me esqueci que tirei a pandemia do contexto da fic, então dei uma enrolada aqui, perdoem.
No mais, votem e comentem.
Espero que apreciem essa leitura de hoje 🤭
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POV Carol GattazEnquanto arrumávamos as malas, Zé Roberto passou lá no quarto pra avisar que faríamos um treino de musculação e algumas horinhas de bola. Ele fez questão de passar nos quartos e falar com a gente pessoalmente naquele momento. Íamos para a bolha de Rimini em 15min.
Assim que chegamos na bolha de Rimini, entendi o motivo de se chamar "bolha", o local tinha de tudo, um departamento médico próprio, seis quadras pra treinos, uma academia gigante, vestiários e duas quadras distintas pensadas para comportar jogos simultâneos, cada uma com arquibancadas que comportavam até 15 mil pessoas.
Nós fomos direto para a academia, lá, Zé conversou com a gente que iria rodar o time se possível e quando precisasse, por isso, quem não fosse sair de titular deveria está 100% preparada pra entrar a qualquer momento do jogo. Mas deixou muito claro que queria manter uma constância na equipe pra ter certeza de quem iria pra os jogos Olímpicos.
Depois da musculação, fomos pra quadra de treino número 3 e ficamos por lá por um tempo, até que o treino acabou, tomamos banho e voltamos o hotel. Chegando lá, fomos direto pro restaurante comer, pra em seguida subirmos pro quarto, pois queríamos descansar.
- Anne já tá por aqui? - perguntei pra Carolana, ainda no caminho pro quarto
- Chega amanhã - ela respondeu com um sorriso no rosto.
- É pra manter o foco nos treinos viu? - Brait disse tirando onda da cara de Carolana.
- Ha ha ha! Como se eu fosse me desconcentrar com isso - respondeu.
- Nossa, tua mulher tá vindo pra cá, depois de meses sem se verem e você fala assim? - eu balançava a cabeça negativamente e Rosamaria e Brait sorriam da cena.
- Ah, vai se foder Gattaz - soltou e eu sorri.
Assim que entramos no quarto, me joguei na cama.
- Ah, que delícia - soltei.
- Véio é foda, né Caruline? - Rosamaria soltou indo em direção à cama.
- Vai se foder. E você pensa que tá fazendo o quê? - falei encarando Rosa.
- Sentando, não posso? - respondeu.
- Você hoje vai dormir no chão - disse encarando ela.
- Vai se foder, Caruline - Rosa falou me batendo no braço.
- Pede cama, cobertor, amor e carinho pra Roberta, vai lá - falei.
- Alerta de ciúmes - Carolana falou com as mãos na boca e elas riram, eu permaneci séria e deitada.
Eu apenas revirei os olhos.
- Ou meu amor, você sabe que eu te amo - Rosamaria disse deitando na cama e me abraçando.
- Me ama só porque precisa de uma cama pra dormir - disse e ela riu.
Nos arrumamos para deitar e ficamos conversando por mais alguns minutos antes da gente dormir. De madrugada, acordei, havia tido um pesadelo, não conseguia voltar a dormir, então fiquei me virando na cama, o que acabou acordando Rosa.
- O que foi? - sussurrou virando o rosto para mim.
- Não tô conseguindo dormir. - disse - Desculpa ter te acordado.
- Ansiedade? - perguntou, ignorando meu pedido de desculpas.
- Pesadelo.
- Vem cá...
Ela disse se ajeitando na cama, ficando virada pra cima e abrindo o braço para dar espaço para mim. Eu me aproximei e me encaixei ali, coloquei meu braço direito em cima da barriga dela, enquanto encaixei meu rosto em seu pescoço.
.
POV Rosamaria MontibellerGattaz havia tido um pesadelo e acabou me acordando, chamei ela pra mais perto e ela acabou encaixando seu rosto em meu pescoço, eu me arrepiei - péssima hora pra isso.
- Obrigado por isso - sussurrou.
- Não foi nada - respondi e ela deu um cheiro em meu pescoço, o que me fez arrepiar mais ainda.
- Que cheiro gostoso, mudou de perfume? - continuou sussurrando, dessa vez perto do meu ouvido.
- Sim, mudei - respondi no mesmo tom.
- Gostei desse - ela disse e eu sorri.
- Eu também - falei.
Ela cheirou meu pescoço novamente, me fazendo arrepiar de novo. Dessa vez meu corpo deu sinal e eu me mexi, senti ela formando um sorriso em seu rosto.
- Se arrepiou, Rosamaria? - perguntou baixinho e pelo tom de sua voz, ela queria me provocar.
- Vai se foder - foi tudo que consegui falar.
- Bem que eu queria... Você topa? - Gattaz falou e eu simplesmente fiquei sem reação, ela pareceu perceber e disse logo em seguida - Tô brincando, tá?... Mas assim, queria.
- Você não presta, sabia? - eu disse e ela me encarou, em seguida, deu um beijinho em meu pescoço, me fazendo ficar arrepiada novamente.
- Nossa, que decepção! Se arrepiando com alguém que não presta - sorriu.
- Vai tomar cu, Carol! - soltei e ela seguiu rindo e me encarando, eu retribuí o olhar, mas acabei olhando pra boca dela.
- Se eu não soubesse que você é hétero diria que tá querendo me beijar agora - ela disse e eu apenas mantive meus olhos fixos nos dela.
- Cala a boca - falei e comecei a fazer cafuné nela.
- Cala a boca? Esperava um "Nada a ver", mas um cala a boca... hm... Devo sonhar? - disse com um sorriso besta na cara e eu olhei diretamente pra ele.
- E se eu tiver? - deixei sair sem me importar.
- Eu teria que te beijar agora - respondeu de imediato.
Minha mão que antes fazia cafuné, agora, enlaçou os cabelos dela e puxei seu rosto pra perto do meu, mas antes que ela pudesse me beijar, eu a afastei.
- Pena que eu não tô - disse sorrindo.
- Você é péssima sabia? - falou me encarando.
- Quer saber, vou andar um pouco - disse, me levantando.
Fui até a porta e sai, comecei a andar em direção às escadas, confesso que fiquei extremamente tensa com a situação que acabou de rolar e apenas precisava sair dali, pra não fazer besteira. Comecei a descer as escadas, assim que havia descido um nível delas e estava no patamar, ouvi Gattaz me chamando.
- Ei, Rosa, espera.
- O que foi? - eu disse parando.
Ela se aproximou de mim e colocou uma mão na minha cintura, a outra em meu rosto e me fez dar dois passos para traz até que minhas costas se chocassem com a parede. Depois colou seus lábios nos meus e começou a me beijar intensamente. O beijo era rápido, intenso, bom. Eu não ofereci resistência nenhuma, nossas línguas se chocavam e exploravam a boca uma da outra, levei minhas mãos até o rosto de Gattaz e o empurrei.
- O que a gente tá fazendo? - disse assim que nossos lábios se desgrudaram.
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Paixão em quadra
FanficRosamaria Montibeller, catarinense de 27 anos, com ascendência italiana, encontrava-se jogando no time Novara, da Itália, quando surgiu um inesperado chamado para integrar o grupo de atletas que fariam parte da seleção feminina de vôlei brasileiro n...