Capitulo 3 (POV: DRACO)

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POV: DRACO

Ele está chegando perto demais e isso está começando a me assustar.

Acho que eu só preciso dar um susto nele. Talvez ele pare depois disso.

Potter está adotando brincar de ficar perto de mim além da conta. Mas quando eu fizer o mesmo, não tem como ele recuar.

É só um sustinho.

  Depois do café da manhã, depois das aulas e na saída do almoço, puxo as vestes de Harry Potter, chamando sua atenção.

  Ele já estava indo embora com a Granger e Wesley, mas ao me ver, ele sorri e me segue sem nenhuma relutância.

  Continua segurando suas vestes e liderando o caminho, enquanto ele é puxado por mim, aparentemente de muito bom grado.

-Você tem sido obediente recentemente, não é, Potter?

Paro de puxa-lo quando chegamos em um ponto vazio do castelo.

-Você acha? - ele responde, quase amorosamente.

-Amigável demais eu diria.

-E eu tenho conseguido te cativar?

  Reviro os olhos como se odiasse a ideia.

  Coloco-o contra a parede, como se fosse bater nele.

  Seu sorriso desaparece, mas ele não parece menos animado, me encarando com olhos determinados.

-Nem um pouco - respondo.

  Mas Potter levanta as sobrancelhas e coloca uma mão atrás do meu pescoço, me trazendo pra perto dele. Continuo com ele contra a parede, dando uma ideia de agressividade. Mas parece que dou a impressão errada. Porque Harry Potter me beija.

  Depois de um segundo de surpresa, não consigo mais fingir que o odeio e prolongo o beijo. Quando nossas línguas sentem o sabor uma da outra, sei que não tem mais volta.

  Ele passa a mão pelo meu cabelo, e eu quero estar cada vez mais perto. Entre beijos ele murmura:

-Acho que te cativei um pouquinho sim.

  Não me afasto enquanto respondo, murmurando também.

-Porra, eu te odeio.

  Então ele me põe contra a parede e começa a se deliciar do meu pescoço.

-Não deixe marcas - ordeno.

  Harry afasta o pescoço, me olhando com inocência e colocando falsamente a mão sobre a boca como gesto de surpresa.

-Ops - exclama calmamente.

  Então coloco as mãos sobre a cabeça. Ele deixou marcas.

  Droga, criança desobediente.

  Passo a mãos pelo pescoço.

-Você tinha que deixar em um lugar tão visível? - pergunto, mesmo sabendo que foi por querer.

-Se quiser, eu posso te marcar em lugares mais escondidos também - ele propõe, olhando entre as minhas pernas.

  Esse joguinho tá me deixando louco. Mesmo que ele aja assim, nós dois sabemos que eu não sou o passivo.

  Mesmo assim, a vermelhidão toma conta do meu rosto e ele solta uma risada.

  Ele se aproxima e da um beijinho delicado na minha bochecha.

-Se cuida, Malfoy.

  Assim, ele vai embora, me deixando lá. Plantado, confuso, ansioso e apaixonado.

  Esse filho da puta.

  O que foi isso? Esse comportamento estranho dele, todo esse tempo. Esse comportamento. Ele tá brincando comigo? O que eu deveria fazer?

  Eu jurei odiá-lo por toda a eternidade, mas na primeira oportunidade me entreguei de mão beijada. E pra piorar, eu ainda quero mais.

  Suspiro, passo a mão nos cabelos e volto a andar por Hogwarts. Em alguns minutos teremos aula de poções com o Snape, e eu não posso parecer assim como estou agora.

  Em alguns minutos me encontro com Pansy, Crabbe e Goyle e entramos na sala de aula.

  Dou uma olhada envolta e vejo Potter rindo junto dos seus amigos, Granger e Wesley.

  Fico inseguro pensando se ele está contando sobre o que aconteceu, zoando sobre mim.

  Vamos aos nossos lugares.

  Quando a aula começa, tento prestar atenção o máximo possível, mas minha mente está presa no beijo com o Harry.

  De repente começo a ouvir murmúrios e Snape me perguntando.

-E então? Não sabe a resposta? - olho envolta, tentando entender a situação.

  Ah. Snape me fez alguma pergunta.

-Ah... - olho pra baixo - sinto muito.

  Snape revira os olhos e solta um suspiro raivoso.

-Pra estar se divertindo tanto com fofoquinhas, senhor Potter, você sim deve saber a resposta, não é?

  Olho pro Potter. Granger estava prestes a sussurrar a resposta em seu ouvido, mas Snape interrompe.

-Ambos pra detenção. Hoje às 19:00 no salão principal, vão limpar ele todo, sem magia.

-Mas a Mione não fez nada! - protestou Wesley - E o Harry...

-E quem falou em Hermione? Potter e Malfoy, vocês ouviram bem, não ouviram? E não ouse me contradizer novamente, senhor Wesley.

  Novamente a sala fica em silêncio e Snape continua a dar sua aula.

  Espio Harry que está com as costas contra a cadeira, braços cruzados, emburrado.

  Por Merlin, isso vai ser torturante.

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