POV: DRACOEle está chegando perto demais e isso está começando a me assustar.
Acho que eu só preciso dar um susto nele. Talvez ele pare depois disso.
Potter está adotando brincar de ficar perto de mim além da conta. Mas quando eu fizer o mesmo, não tem como ele recuar.
É só um sustinho.
Depois do café da manhã, depois das aulas e na saída do almoço, puxo as vestes de Harry Potter, chamando sua atenção.
Ele já estava indo embora com a Granger e Wesley, mas ao me ver, ele sorri e me segue sem nenhuma relutância.
Continua segurando suas vestes e liderando o caminho, enquanto ele é puxado por mim, aparentemente de muito bom grado.
-Você tem sido obediente recentemente, não é, Potter?
Paro de puxa-lo quando chegamos em um ponto vazio do castelo.
-Você acha? - ele responde, quase amorosamente.
-Amigável demais eu diria.
-E eu tenho conseguido te cativar?
Reviro os olhos como se odiasse a ideia.
Coloco-o contra a parede, como se fosse bater nele.
Seu sorriso desaparece, mas ele não parece menos animado, me encarando com olhos determinados.
-Nem um pouco - respondo.
Mas Potter levanta as sobrancelhas e coloca uma mão atrás do meu pescoço, me trazendo pra perto dele. Continuo com ele contra a parede, dando uma ideia de agressividade. Mas parece que dou a impressão errada. Porque Harry Potter me beija.
Depois de um segundo de surpresa, não consigo mais fingir que o odeio e prolongo o beijo. Quando nossas línguas sentem o sabor uma da outra, sei que não tem mais volta.
Ele passa a mão pelo meu cabelo, e eu quero estar cada vez mais perto. Entre beijos ele murmura:
-Acho que te cativei um pouquinho sim.
Não me afasto enquanto respondo, murmurando também.
-Porra, eu te odeio.
Então ele me põe contra a parede e começa a se deliciar do meu pescoço.
-Não deixe marcas - ordeno.
Harry afasta o pescoço, me olhando com inocência e colocando falsamente a mão sobre a boca como gesto de surpresa.
-Ops - exclama calmamente.
Então coloco as mãos sobre a cabeça. Ele deixou marcas.
Droga, criança desobediente.
Passo a mãos pelo pescoço.
-Você tinha que deixar em um lugar tão visível? - pergunto, mesmo sabendo que foi por querer.
-Se quiser, eu posso te marcar em lugares mais escondidos também - ele propõe, olhando entre as minhas pernas.
Esse joguinho tá me deixando louco. Mesmo que ele aja assim, nós dois sabemos que eu não sou o passivo.
Mesmo assim, a vermelhidão toma conta do meu rosto e ele solta uma risada.
Ele se aproxima e da um beijinho delicado na minha bochecha.
-Se cuida, Malfoy.
Assim, ele vai embora, me deixando lá. Plantado, confuso, ansioso e apaixonado.
Esse filho da puta.
O que foi isso? Esse comportamento estranho dele, todo esse tempo. Esse comportamento. Ele tá brincando comigo? O que eu deveria fazer?
Eu jurei odiá-lo por toda a eternidade, mas na primeira oportunidade me entreguei de mão beijada. E pra piorar, eu ainda quero mais.
Suspiro, passo a mão nos cabelos e volto a andar por Hogwarts. Em alguns minutos teremos aula de poções com o Snape, e eu não posso parecer assim como estou agora.
Em alguns minutos me encontro com Pansy, Crabbe e Goyle e entramos na sala de aula.
Dou uma olhada envolta e vejo Potter rindo junto dos seus amigos, Granger e Wesley.
Fico inseguro pensando se ele está contando sobre o que aconteceu, zoando sobre mim.
Vamos aos nossos lugares.
Quando a aula começa, tento prestar atenção o máximo possível, mas minha mente está presa no beijo com o Harry.
De repente começo a ouvir murmúrios e Snape me perguntando.
-E então? Não sabe a resposta? - olho envolta, tentando entender a situação.
Ah. Snape me fez alguma pergunta.
-Ah... - olho pra baixo - sinto muito.
Snape revira os olhos e solta um suspiro raivoso.
-Pra estar se divertindo tanto com fofoquinhas, senhor Potter, você sim deve saber a resposta, não é?
Olho pro Potter. Granger estava prestes a sussurrar a resposta em seu ouvido, mas Snape interrompe.
-Ambos pra detenção. Hoje às 19:00 no salão principal, vão limpar ele todo, sem magia.
-Mas a Mione não fez nada! - protestou Wesley - E o Harry...
-E quem falou em Hermione? Potter e Malfoy, vocês ouviram bem, não ouviram? E não ouse me contradizer novamente, senhor Wesley.
Novamente a sala fica em silêncio e Snape continua a dar sua aula.
Espio Harry que está com as costas contra a cadeira, braços cruzados, emburrado.
Por Merlin, isso vai ser torturante.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amizade Rejeitada
FanfictionDraco desenvolve uma queda por Harry assim que o vê entrar no Expresso Hogwarts, mas passa a fingir odiá-lo depois de ter sua amizade rejeitada, tendo seu orgulho ferido. Assim, anos depois, ele é obrigado a suportar as estranhas doces provocações...