Capítulo 16 (POV: HARRY)

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  Espero por Draco enquanto ele paga a conta do café.

  Minutos atrás, eu o xinguei, pois sou perfeitamente capaz de pagar meu próprio café. Meus pais aparentemente não eram nada pobres e, apesar de morar num armário de baixo de uma escada, eu posso dizer tranquilamente que minha herança me tornou um homem rico.

  Mas não: Malfoy tem que pagar a conta.

  Eu lhe disse pra parar com essa mania, que parecia que ele estava fazendo caridade. Mas sei que ele faz isso apenas comigo.

-Vamos? - Ele diz, tando toquinhos na mesa para chamar minha atenção, com uma das mãos enfiada no bolso.

-Você deveria aprender a ser menos teimoso.

-E você deveria aprender a aceitar um presentinho ou outro.

  Reviro os olhos, esticando a minha mão para que ele junte com a sua.

-Acha que devemos voltar para a mansão Black?

-Não sei. Aqueles dois pareciam ter muita coisa pra resolver. - Draco responde.

  Saímos do café enquanto eu saltito pela calçada.

-Olha, por que não voltamos pra Hogwarts?

  Draco ergue uma sobrancelha, me estranhando.

-Não queria passar o natal aqui?

-Não era isso. Eu queria apresentar vocês dois. Eu até passaria mais tempo com o Sirius, mas ele aparentemente tem uma visita muito importante na casa dele agora e, embora finja que não, me parece que ele gosta da ideia de ficar um tempo a sós com o professor Lupin. Então por que não deixamos eles sozinhos?

-Mas voltar pra Hogwarts?

-Draco, todos voltam pra casa durante o natal. Vai ter pouquíssima gente lá. E mais, já que são férias, se a gente quiser, a gente pode ir pra Hogsmeade.

-Imagino que aqueles seus amigos patetas não vão estar também.

  Dou um tapa por trás da sua cabeça. Castigo por ofender meus amigos.

-É. Não vão estar, senhor "odeio o mundo todo" Malfoy.

-Meus amigos também não vão estar. Vamos pro meu quarto. Dorme lá hoje. - Ele diz naturalmente.

  Sorrio pensando na possibilidade. Parece muito divertido.

  Todos os momentos que passo com o Draco são limitados e rápidos. Tudo bem, escapulimos uma vez ou outra. Mas eu raramente tenho o Draco pra mim por um dia inteiro.

  Seria como... se pudéssemos namorar como o resto dos namorados por aí, que não tem sogros planejando o assassinado do próprio genro.

  Em poucos minutos, mando Edwiges entregar uma carna na Mansão Black, explicando nossa saída e voltamos para o café,para usar a lareira de pó de flu.

  Em um segundo, estamos em Hogsmeade e caminhamos até Hogwarts.

  Andando pelos corredores até a comunal da Sonserina, Draco pergunta:

-Cara, você acha que esses quadros fofocam sobre a gente? Ou contam algum babado pro diretor? Ouvi falar que ele tem vários lá na sala dele.

  Concordo com a cabeça, vendo as figuras pintadas nos acompanharem com os olhos.

-É verdade, eu já vi. Mas eu imagino que a fofoca fica entre eles. Ou pelo menos eu espero.

  Draco dá os ombros, virando um quadro em especial que bisbilhotava nossa conversa.

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⏰ Última atualização: Mar 18 ⏰

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