Com a mão dada à de Harry, ando pela rua até que cheguemos à um parque.-Por que a gente não aproveita pra passear? - Ele sugere.
-Não quer conversar sobre a conversa louca que acabamos de ouvir?
Ele ri.
-Conversar? Pra que? Já tá bem na cara o que tá rolando. E sinceramente, nem me impressiona muito.
-Sirius, o até então traidor dos seus pais, e o professor Lupin, o tutor que desapareceu de repente, não apareceu nem no encerramento do ano, tendo uma briga de casal? Não acha isso surpreendente?
-Isso explica porquê Sirius o mencionava a cada três segundos nos diálogos cotidianos.
-Harry, isso é a descoberta mais dramática do ano.
-O professor Lupin deve ter se sentido tão traído. Imagine, quando disseram que o namorado dele era o traidor.
-Sim!
Ele me olha por alguns segundos, pensativo.
-...Se te dissessem que eu era o traidor, você acreditaria?
Franzo as sobrancelhas.
-Claro que nem, cê nem sabia falar.
Levo um empurrão no ombro.
-Não nessa perspectiva, seu idiota. Se eu fosse o Sirius, e você o Lupin, o que você faria?
Desvio os olhos, pensativo.
-Choraria até morrer. Na verdade, faria mais sentido eu ser o Sirius e você o professor Lupin.
-Então, eu deveria acreditar que não foi você.
-Obviamente. Por que eu mataria meus sogros?
Levo outro empurrão.
-Não nessa perspectiva! Ai Malfoy, você não presta. Vamos.
Ele volta a segurar minha mão, mesmo parecendo irritado, percebo um sorrisinho sobre meus lábios. Logo me arrasta até aquela mesma cafeteria em que nos encontramos poucas horas atrás.
Escuto o sininho da porta fazer barulho quando entramos.
Nós sentamos naquela mesma mesa em que eu estava quando nos encontramos e eu peço um café preto, enquanto Harry pede um milkshake de baunilha com cacau.
Me lembro da vez em que senti cheiro de baunilha ao cheirar a poção de amortentia na aula do professor Snape. Um cheiro muito específico, característico de Harry.
-Você sabia o tempo todo que eu gostava de você? - Pergunto, seriamente curioso.
Devagar, um sorriso convencido nasce em seu rosto. Quase maléfico.
-Você gostava de mim o tempo todo? - Ele revida.
Percebo que cometi um erro. Alimentar o ego de Harry Potter nunca foi uma atividade segura. Ainda mais quando ele me tem na palma de sua mão.
Ignoro os batimentos cardíacos acelerados e coloco minha franja para trás da orelha, do jeito mais esnobe que consigo.
-Seu garoto iludido.
Ele não para de sorrir em momento algum.
-Desde quando sabe que eu gosto de você? - Ele pergunta dessa vez.
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Amizade Rejeitada
FanfictionDraco desenvolve uma queda por Harry assim que o vê entrar no Expresso Hogwarts, mas passa a fingir odiá-lo depois de ter sua amizade rejeitada, tendo seu orgulho ferido. Assim, anos depois, ele é obrigado a suportar as estranhas doces provocações...