CAPÍTULO 24

64 6 1
                                    

● NIKOLAI ●

Bibiana estava sentada na cadeira, completamente indiferente a situação do caralho que ela criou, eu explodiria a cabeça dela a qualquer momento se ela não desaparecesse da minha frente.

- Não me empurre Bibiana, ou juro pelo inferno que vou fazer você se arrepender.

- Te empurrar? - ela solta um suspiro.
- Não, eu não estou te empurrando, eu estou agindo. Você está pronto para arruinar com tudo apenas por uma mulher que você nem sequer vai ter.

- Eu não estou arruinando nada, não teste a porra da minha paciência.

- Cale a maldita boca e arrume um jeito. Eu não vou deixar você me levar para o buraco enquanto você vive um romance de cinema. Não dou a mínima para quem você foder, mas se quiser se casar com ela, vai precisar me deixar em segurança.

Todo o meu corpo estava zumbido com a raiva que eu estava mantendo escondida. Bibiana fodeu com tudo antes mesmo que desse certo corretamente.

- Suma da porra da minha frente, antes que eu te coloque na porcaria do primeiro avião para a Rússia.

- Você não ousaria.

- Me teste novamente, e continue aqui e pague para ver.

Ela sabia que eu faria.

O clique dos seus saltos ecoavam pelo apartamento enquanto ela batia a porta do escritório.

Maldito costume barulhento.

E antes que eu pudesse sequer respirar, Graciela se esgueirou para dentro do escritório.

- Tem algo produtivo à dizer?
Se não tiver, saia, não quero sermões agora.

- Faça algo em relação à Bibiana, ela está certa, antes da Zanetti aparecer, vocês tinham um acordo, não foda com tudo.

- Saia.
Ela apenas ergueu os ombros antes de falar novamente.

- Hector tem algo para dizer, algo em relação com o Cartel.

Era o que eu precisava para sugar o resto da minha paciência.

Não demorou muito para encontrar Hector, ele estava no estacionamento, parado perto da BMW preta que ele tanto gostava.

- Espero que seja algo importante. - eu digo enquanto me aproximo.

- Thomas Barbieri. Ele tem um recado do Avô.

Até mesmo morto as merda do meu pai ainda fodem meus negócios.
Peguei o telefone dele.

- Nikolai Venturi. O que você quer?

- Nikolai - ele comprimenta com pura diversão - Meu avô quer saber como você vai lidar com a merda do seu pai, você sabe, nós ainda tínhamos um acordo.

- Esqueça a porra do acordo, não tenho planos de me unir com o Cartel.

- É sua última resposta?

- Sim, diga ao seu avô. Não quero um acordo com ele, não sou o meu pai.

- É bom saber. Nos vemos por ai, Nikolai. Sua risada de lunático ecoa pelo telefone, antes dele finalmente desligar.

Merda, tudo isso não podia ficar pior.

E agora, vou ter o Cartel na minha cola também. Hector estáva me olhando com pura curiosidade, ele não parecia se importar que eu estivesse quase voando na gargando de qualquer um no momento.

Ele parecia quase a ponto de rir.

- Você está fodido em um nível muito alto.

- Pare com as piadas, Hector, não quero brincar agora.

- A propósito, a Zanetti é bonita pra caralho.

Ele só pode estar testando minha paciência.

- Mantenha-se longe dela, Hector. Ou eu juro que vou te dar um surra.
Se você sequer se aproximar dela novamente daquela forma.

Ela apenas riu, se curvando com as mãos segurando a barriga.

- Nem fodendo eu tentaria algo com uma Zanetti, pelo amor de Deus, eu não tenho um desejo de morte como você.

- Não é um desejo de morte.

Eu não tinha tanto certeza, mas esperava que não fosse.

Hector saiu do estacionamento, provavelmente indo procurar alguma boceta para foder.

Antes que eu entrasse no apartamento, liguei para Remy. Mas o merdinha apenas ignorou a ligação. Quando ele aparecer vou me certificar de mantê-lo trancando em casa fazendo bordado com nossa mãe. Ele apenas some com Iara, e nem sequer me diz onde foram, eu não quero Lúcios no meu pé dizendo que a filha dele sumiu, novamente.

Tenho que de alguma forma, falar com ela sobre Bibiana, ou nada do que eu quero que tenhamos irá para a frente.

LIVRO 1- Gun's and ThornsOnde histórias criam vida. Descubra agora