07 - E se ela tentar te sabotar?

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🖇 | Boa leitura!

Eu sabia que estava desafiando a minha própria sanidade quando decidi ser editor chefe pela primeira vez na vida e justamente na editora fundada pela minha mãe

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Eu sabia que estava desafiando a minha própria sanidade quando decidi ser editor chefe pela primeira vez na vida e justamente na editora fundada pela minha mãe. Tinha consciência de que o convite só foi feito por causa dela, mas tentaria mostrar que essa aposta valeu a pena para eles. Era uma oportunidade excelente e eu faria o possível para ser o melhor. Eu só não contava com um obstáculo difícil e sexy de um jeito que chegava a ser estressante.

Quando eu dispensei dois encontros para me concentrar no futuro da minha carreira e recebi uma ligação de uma mulher querendo transar comigo por telefone eu realmente achei que fosse um dos meus contatos de sempre. Talvez uma das garotas dispensadas tentando me parabenizar por pensar no trabalho antes de qualquer coisa. Como estava cansado e precisando relaxar, entrei na onda e me deixei guiar pela voz tentadora da mulher do outro lado. E foi tão boa a maneira como a sua voz entrou nos meus tímpanos que eu imaginei como seria foder a sua boca.

Ao descobrir que se tratava de uma estranha que me ligou errado eu quis rir e até zombei da situação, achando que aquilo só tornava a experiência ainda mais excitante. Qual não foi a minha surpresa quando Dulce entrou na minha sala falando com tamanha rispidez que me deu um choque de memória e me fez associar a sua voz à minha pequena e inesquecível experiência.

Desde o primeiro momento em que a vi eu tive a sensação de que ela seria uma questão bem presente dali em diante, só não entendia no primeiro momento se seria algo bom ou ruim. Ela não tinha receio, me odiou desde o segundo em que soube o meu nome e não fazia questão de esconder esse ódio. Isso despertou um lado meu que até então eu não conhecia.

Geralmente eu fugia de mulheres que me desafiavam, mas ela me atraiu como um imã, como se o desafio de estar perto dela fosse estranhamente excitante. Me peguei várias vezes deliberando que se ela conseguiu me fazer gozar só com palavras, o que faria com o corpo acabaria comigo da melhor maneira possível. Eu queria aquilo, adoraria ter a chance de conseguir e me sentiria um verdadeiro alfa se aquela mulher durona cedesse a qualquer coisa. O problema era que ela me odiava até os ossos, sequer conseguia me tratar pelo primeiro nome e eu não sabia até que ponto isso poderia prejudicar o meu próprio interesse.

De um lado, eu queria fazer a minha carreira dar certo e me manter firme em uma empresa onde eu pudesse ocupar espaço e obter sucesso. Do outro lado havia a Dulce e a sua motivação de atrapalhar cada passo que eu desse enquanto me fazia imaginar pegando-a de jeito e fazendo-a transferir a energia daquele ódio para a minha cama. Ter ela no meu caminho poderia ser um problema, querer fodê-la aumentava a intensidade dessa problemática.

Contei todos os detalhes do início do meu trabalho para o Alfonso, meu melhor amigo. Incluí a parte em que tive a coincidência de me tornar chefe da garota que me ligou por engano, mas omiti a parte de que sentia vontade de trepar com ela toda vez que ela me olhava como se fosse me bater ou me chamava pelo meu sobrenome como se fosse um palavrão. Ele com certeza diria que eu estava sendo burro e que isso iria me prejudicar. Eu não precisava e nem queria ouvir o óbvio.

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