37 - Odeio que estejam certos.

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🖇 | Boa leitura!

A pré estreia foi um sucesso e a última semana do ano passou voando depois disso

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A pré estreia foi um sucesso e a última semana do ano passou voando depois disso. Foi estranho não ter nenhuma tarefa me esperando no fim do dia e mais estranho ainda saber que eu não voltaria à empresa tão cedo, talvez não voltasse para trabalhar nunca mais dependendo da resposta que recebesse depois de ter enviado o manuscrito que a editora Red Fire me pediu.

Aproveitei os primeiros dias para fazer coisas que não costumava fazer, coisas que a antiga Dulce consideraria perda de tempo ou uma bobagem colossal.

Meditei por uma hora inteira, o que foi bastante revelador e surpreendentemente relaxante. Minha mente precisava mesmo se esvaziar já que esteve barulhenta por literalmente anos.

Aprendi novas receitas de comida e também de drinks alcoólicos, o que foi divertido. Com certeza faria isso quando resolvesse dar alguma festa.

Comprei outra samambaia para fazer companhia para a Judith e a nomeei de Miranda. Minha varanda ficou ainda mais bonita.

Comprei uma coleira para o Morpheus e tentei passear com ele como um cão, porém ele odiou e me olhou como se eu fosse a pessoa mais patética do mundo enquanto se recusava a ficar de pé usando o acessório, então eu troquei por uma coleira comum de identificação com o nome dele e o meu endereço gravados no pingente. Não que eu achasse que ele fosse ter força de vontade para fugir já que dormia o tempo todo, mas pelo menos ficou fofo com a coleira azul.

E não houve um só dia em que Christopher e eu não estivéssemos juntos. Se ele não dormia na minha casa, eu dormia na dele. Não nos desgrudávamos mais e fazer qualquer coisa juntos era ótimo, por mais monótono que parecesse. Em uma dessas noites, quando ele se ofereceu para lavar a louça, eu o observei enquanto tomava uma xícara de café. De uma hora para a outra aquele homem se tornou tão importante para mim que só a remota ideia de perdê-lo já doía. Nesse dia, eu quis dizer que o amava, assim, de repente, mas por algum motivo não o fiz. Só o fato de essa palavra ter passado pela minha cabeça já me deixou assustada.

É claro que eu já disse amar outros namorados meus, mas nunca pensei em dizer isso antes que eles mesmos me dissessem, então provavelmente eu só estava respondendo no automático sem realmente sentir. Mas eu achava que sentia porque gostava de estar com eles, porém nada daquilo se comparava ao que eu sentia pelo Christopher. Acho que o fato de eu não conseguir explicar em palavras já provava que isso era amor de fato, um tipo de amor que eu nunca senti. Ele era mais importante do que eu permiti que outras pessoas fossem antes na minha vida e isso me deixava com uma sensação de descontrole.

A Dulce metódica que contava cada passo e preferia ter sentimentos ruins do que qualquer emoção de apego por outro ser humano estava dando lugar a alguém mais sensível e com uma necessidade de toque quase urgente por alguém que costumava odiar. Agora as partes de Christopher que eu detestava se tornaram motivo de admiração e eu não imaginava querer ele de outro jeito. É, eu não tinha controle nenhum do meu coração e sabia que não poderia mudar isso, mas eu gostava. O medo sumia quando ele sorria para mim, me chamava de linda e me beijava. Nada poderia ser colocado acima disso.

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