06 - Está me dando uma ordem, Saviñon?

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🖇 | Boa leitura!

Como previ, o ambiente de trabalho no dia seguinte estava dominado por uma energia caótica

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Como previ, o ambiente de trabalho no dia seguinte estava dominado por uma energia caótica. Todo mundo com quem eu falei reclamou da mudança no sistema de trabalho e eu concordei com eles, enfatizando que eu já sabia que a máscara de bom moço do nosso chefe não iria durar muito. Vi pessoas indo para a sala dele e voltando aborrecidas e derrotadas. Não sabiam lidar com a negociação desse tipo.

Eu estava despreocupada, poderia lidar com o aumento de trabalho e com certeza manteria a minha capacidade de realizar extras. Mas assim que sentei na minha cadeira e vi no meu e-mail profissional o número exorbitante de livros com os quais teria que trabalhar eu quase joguei tudo para o alto de raiva. Sim, eu conseguiria fazer, mas teria que abdicar dos extras. O número que me deram era muito maior do que o que os outros editores receberam e isso só podia ser algum problema pessoal comigo.

Saí da minha sala e fui direto para a de Christopher, deparando-me com um amontoado de funcionários que tentavam falar uns por cima dos outros. Christopher estava quieto, de pé do outro lado da mesa e numa seriedade que não evidenciava nenhum traço de preocupação.

— Silêncio! — gritei de forma autoritária e eles imediatamente se calaram. — Acham que vão resolver alguma coisa com essa baderna? Saiam daqui imediatamente e deixem comigo!

Atendendo ao meu pedido nada delicado, eles deixaram a sala. Christopher olhou para mim com a sobrancelha erguida como se eu não soubesse o que estava fazendo.

— Está feliz? — perguntei. — Todo mundo está andando para lá e para cá como baratas tontas.

— É só questão de tempo para se acostumarem. — ele não estava nada preocupado.

— Você sabe que quase ninguém vai ser capaz de realizar trabalho extra para ganhar um bônus. Se eu não vou conseguir, ninguém mais vai. Sou a mais rápida e sei bem que você foi metódico para que ninguém aqui tivesse tempo para pegar um trabalho fora de suas obrigações.

— Achei que tínhamos finalizado essa conversa ontem. — suspirou entediado.

— Por que está tão tranquilo? A noite com a Tiffy foi tão boa assim? — o provoquei.

— Não mais do que a noite em que uma estranha ligou para mim sem querer e me fez ter um delicioso orgasmo só por causa da voz dela. — sorriu ao me provocar de volta.

Senti meu rosto queimar e o odiei ainda mais quando me viu ficar vermelha e abriu um sorriso satisfeito como se tivesse vencido alguma coisa.

— Disse que íamos esquecer isso! — o adverti.

— Posso estar falando de qualquer mulher que goste dessas loucuras. — defendeu-se.

— Me chamou de louca!?

— Não. — franziu a testa.

— Ok, voltando para o ponto principal. — sacudi a minha cabeça para voltar à minha sanidade. — Aquele caos que está acontecendo lá fora só vai piorar, o tiro vai sair pela culatra e você vai vir correndo dizer que eu tinha razão. Não pode controlar isso se não devolver os extras para eles.

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