04 - Então você é a minha babá?

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🖇 | Boa leitura!

É claro que eu não iria receber o novo editor chefe como uma maldita subalterna

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É claro que eu não iria receber o novo editor chefe como uma maldita subalterna. Não queria me esforçar para ser eficiente e nem precisava. O meu trabalho era com os autores e os seus livros, puxar saco não era necessário e muito menos agradável. Se ele queria ser ajudado, que viesse até mim, afinal era ele quem precisava de alguma coisa.

— Ele já chegou há uma hora, mas não saiu da sala. — Anahi disse enquanto se servia de uma xícara de café no refeitório. — Soube que está tirando esse primeiro momento para falar com o financeiro. Com certeza ele vai fazer mudanças e pode ser que a maioria do pessoal não goste disso.

Eu adorava o fato de que por ser assistente administrativa Anahi sabia de todas as fofocas dos nossos superiores e não se importava em vir correndo até mim para contar. Ela era um dos motivos de eu sempre estar um passo à frente.

— Contanto que ele não mexa comigo, não estou nem aí. — dei de ombros.

— Ah, eu posso perdoar ele se ele for mal. — Christian, que estava em uma das mesas comendo um sanduíche, se pronunciou. — Ele é um gato.

Bufei em desdém e rolei os olhos.

— O Christian está certo. — Anahi concordou. — Eu não costumo falar essas coisas, mas aquele homem? Grrr... — fingiu um arrepio.

— Você acabou de ronronar como um gato? — ergui a sobrancelha. — Christian. — ri buscando apoio cômico do meu amigo.

— Não, eu não vou rir. — ele negou com a cabeça. — Anahi está certa. Grrr... — fez o mesmo som, imitando as garras de um felino.

— Meu Deus, vocês são patéticos. — ri sozinha e caminhei até a porta, ficando de frente para os dois. — Estão enfiados em livros há tanto tempo que não sabem o que é um homem bonito de verdade. Aposto que Christopher Uckermann se parece com um nerd idiota que usa óculos fundo de garrafa porque é desastrado demais para colocar lentes de contato. E é por isso que ele precisa de uma babá.

Meus dois amigos ficaram quietos e sérios desviando o olhar para algo atrás de mim. O clima ficou tenso e eu não gostei nada disso. Com o silêncio, ouvi uma respiração pesada tão perto que os cabelos da minha nuca arrepiaram.

— Hora da morte: oito e trinta e dois. — Christian zombou.

Girei devagar em meus calcanhares e prendi a respiração ao me virar de frente para ele. Fui atingida por olhos castanhos profundos que pareceram perfurar alguma coisa no meu interior. Nunca me senti intimidada por nada, mas a expressão que aquele homem tinha sobre mim era desafiadora. Ele era consideravelmente mais alto que eu, tive que erguer a minha cabeça para olhar em seu rosto. Seu cabelo era claro e estava penteado, caindo um pouco sobre a testa de um jeito despojado. E o cheiro? Imponente, tão presente no ambiente que era como se tivesse vida.

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