24 - Eu vou te ensinar uma lição.

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🖇 | Boa leitura!

Não gostei nenhum pouco do jeito como Dulce foi para cima do meu irmão

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Não gostei nenhum pouco do jeito como Dulce foi para cima do meu irmão. Era como se ela só enxergasse ele mesmo eu estando bem do lado. Mas eu também não estava gostando da maneira como isso me incomodou. Queria fugir de qualquer ideia maluca ou pensamento sobre a possibilidade de isso significar alguma coisa. Mesmo que significasse, eu não ia fazer nada a respeito. Dulce e eu não conseguíamos passar muito tempo sem atrito, então mesmo se ela quisesse alguma coisa comigo – o que eu acho que não quer – isso poderia nos destruir. O que eu menos queria era me decepcionar ou decepcionar alguém.

Minha manhã começou mal porque eu sabia que os dois estavam juntos em alguma cafeteria. Também sabia que o Luís não iria querer flertar nem nada, ele precisava de tempo para superar o impacto da Barbara em sua vida, então não iria tão depressa nas novas conquistas, mesmo que a Dulce fosse uma mulher atraente e que estava claramente aberta à opções. Me senti patético ao constatar que saber que o meu irmão não iria avançar me causava uma sensação de alívio. Seria fácil demais ela se render a ele.

Primeiro, Luís era igual a mim fisicamente e desejo pela minha aparência ela já tinha. Na questão da personalidade, Luís era uma versão melhorada, com um controle emocional que já nasceu com ele, experiência em relacionamentos sérios e sem medo de tentar ser romântico. Com certeza ele daria menos dor de cabeça e alterações em sua pressão sanguínea.

De mal humor, me obriguei a ir trabalhar e constatei que desde que demiti a Bethany o clima ao meu redor mudou totalmente. As pessoas pareciam mais cautelosas e consequentemente mais falsas. Estavam com medo? Achavam que eu tinha pegado pesado? Eu deveria me importar em manter o moral elevado e consertar essa situação, mas não pude pensar nisso quando passei pelos cubículos e vi a mesa de Dulce vazia. Ela não costumava chegar atrasada, mas era provável que o fizesse naquele dia já que saiu para tomar café com o Luís.

Caminhei até o cubículo de Christian, que estava devorando um cupcake enquanto via algum vídeo no YouTube pelo computador. Pigarreei bem atrás dele, chamando a sua atenção. Assim que me viu, ele se ajeitou de maneira desengonçada na cadeira, colocou a metade restante do cupcake sobre a mesa e fechou o navegador bem depressa.

— Era um vídeo educativo sobre... design gráfico. — explicou nervoso. — No que posso lhe ser útil? — sorriu.

— É... — o que eu queria dizer mesmo? — A Saviñon. — cocei a nuca. — Onde ela está? — eu sabia, mas por que estava ali tendo aquela conversa?

— Ainda não chegou. Acho que ela ia sair com o seu irmão antes de vir trabalhar. — Christian me olhou minuciosamente como se estudasse as minhas reações.

— Ah. Sim. — assenti. — O Luís me disse algo sobre isso. Só achei estranho porque ela nunca se atrasa.

— Ela acabou de chegar. — acenou com a cabeça em direção ao elevador.

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