18 - Só se fizer com força.

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🖇 | Boa leitura!

As coisas voltaram ao normal no trabalho mais rápido do que eu imaginava

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As coisas voltaram ao normal no trabalho mais rápido do que eu imaginava. Em um minuto eu estava chegando na minha sala me acomodando na cadeira, no outro Dulce estava em pé do outro lado da minha mesa reclamando sobre alguma coisa que para ela com certeza era culpa minha. Ainda era o começo da manhã e eu não sentia que tinha despertado direito, então para os meus ouvidos ela só estava dizendo coisas desconexas.

— Devagar, pelo amor de Deus! — falei um pouco mais alto do que a sua voz para que me ouvisse. — O que eu fiz dessa vez?

— Você? Nada. — franziu a testa.

— Eu não entendi. — também franzi a testa.

— Deve ter sido um erro no sistema, mas você precisa resolver. Um dos meus autores fixos foi passado para a Bethany.

— Ah, isso. Eu sei. Eu mandei passar.

— Ah, então eu fui bondosa demais ao achar que a culpa não era sua! — pareceu que sua voz ficou ainda mais irritada. — Vou te dar a chance de tentar explicar em que mundo essa foi uma boa decisão. — cruzou os braços.

— Você está ocupada cuidando do livro do Joseph. Não pode se concentrar em outro trabalho porque esse é extremamente importante.

— Já fiz isso outras vezes, posso fazer de novo.

— Não na minha gestão. É o meu primeiro grande projeto aqui, quero que saia perfeito.

— Uckermann, não me subestime. Posso fazer os dois serem perfeitos.

— Já tomei a minha decisão. Você se concentra em apenas um projeto dessa vez. — fui firme.

— Ok. Como quiser! — forçou um sorriso. — Só aviso que ela vai precisar acessar os outros projetos que já fizemos com esse autor e como ele é um parceiro antigo, a maioria desses projetos não estão no sistema, estão em papéis. Sem a minha ajuda, ela vai demorar séculos para encontrar naqueles arquivos velhos do almoxarifado.

— Saviñon. — a chamei antes que saísse da sala.

— O que?

— Vamos ao almoxarifado. Você mesma vai procurar e entregar para ela.

— Claro que não. — riu como se eu tivesse dito uma coisa idiota.

— Claro que sim. Eu estou mandando.

— E como vai me obrigar?

— Ou você faz isso ou eu passo o projeto do Joseph para ela e você pode ficar com o outro autor.

Ela fechou os olhos, respirou fundo e eu posso jurar que deu um leve tremelique. Quando me encarou, parecia que iria me bater a qualquer momento.

— Eu voltei faz dez minutos e já estou com riscos de um ataque cardíaco. — falou. — Vamos antes que eu exploda.

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