42 - Eu amei amar você.

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🖇 | Boa leitura!

Eu me sentia mal porque estava evidente que meu irmão havia adiado a sua ida para Nova York por minha causa

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Eu me sentia mal porque estava evidente que meu irmão havia adiado a sua ida para Nova York por minha causa. Ele dizia que eram os vôos com escalas ruins ou que sua ausência no trabalho não era um problema que ele não pudesse resolver, mas no fundo eu entendia que ele estava preocupado em me deixar sozinho. Por mais que o meu pai estivesse perto, ele estava sempre trabalhando, então eu não podia correr até a casa dele sempre que quisesse chorar. E o Poncho agora tinha uma namorada, eu não queria ser um pé no saco com minha vida amorosa fracassada.

Mas chegou um momento em que eu resolvi começar a viver uma vida sem a Dulce. Eu precisa tentar porque uma hora ou outra a vida me cobraria uma atitude. Me tornei um chefe mais rígido, perdia a paciência em uma frequência maior e por isso evitava ficar perambulando pela empresa e também não gostava de receber ninguém se estivesse no meio de uma tarefa.

A única coisa que eu julgava ser uma auto sabotagem era a minha frequência continua na cafeteria da Maite desde que eu descobri que ela estava levando o gato da Dulce para lá. Era estupidez, eu sabia que era, mas me sentia mais próximo sempre que eu entrava no estabelecimento e via o Morpheus em sua caminha alheio aos problemas dos outros. Geralmente eu ia até lá, pedia um café e ficava com o gato em meu colo por umas duas horas até que ele se cansasse de mim e voltasse para a sua cama. E aí eu me contentava em só observá-lo. Talvez eu estivesse ficando louco, obcecado por um gato porque não podia ver a sua dona.

Em uma manhã, resolvi ir tomar o meu café habitual e Maite me guiou até a mesa de sempre. Pedi o café e estava prestes a ir pegar o Morpheus quando o meu irmão atravessou a porta da frente e veio até mim, sentando numa cadeira ao meu lado.

— O que está fazendo aqui? — perguntei confuso.

— Descobrindo o porquê de você não tomar mais café da manhã em casa. Não é possível que o café da Maite seja tão perfeito assim.

— Ei! — ouvimos a morena protestar do outro lado do balcão. — Quer que eu enfie uma xícara na sua garganta?

— Sabe o que eu enfiaria na sua garganta? — Luís retrucou, mas logo pareceu se arrepender quando May abriu um sorriso malicioso e piscou para ele. — Volta pra cozinha.

E ela voltou, mas não sem antes oferecer o dedo do meio para ele.

— Você deveria ser mais gentil com as pessoas. — falei soltando um suspiro tedioso. — E sim, o café dela é muito bom.

Luís rolou os olhos e os desviou para o outro lado, vendo o gato olhando diretamente para nós como se nos julgasse em silêncio.

— Por que eu acho que conheço aquele gato? — Luís franziu a testa. — Espera. — fez uma pausa. — É da Dulce? Tenho quase certeza que o vi no instagram dela.

— É o Morpheus. — confirmei. — Maite está cuidando dele desde que a Dulce viajou para ver a família. Ela o traz aqui porque as pessoas gostam de animais fofos, então isso atrai clientela.

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