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Taina Costa. Las Vegas, Nevada.

O Vini me mandou mensagem avisando que eu poderia ir pra casa hoje. Victor autorizou e disse que não iria pra Alfa hoje, então hoje seria o um dia de pré folga.

Lucca não estava em no ap. Provavelmente estava na cafeteria onde ele trabalha e aliás se dá extremamente bem com o chefe dele, além daquele lugar ser muito bem frequentado, principalmente por pessoas importantes, que fazem parte da alta sociedade. Lucca era chefe dos garçons ou era líder deles, não sei direito mais pelo o que ele em explicou ㅡo que eu fiz questão de não prestar atençãoㅡ ele que dava a decisão final de tudo lá dentro.

Bom, eu podia fazer variadas coisas, estava no apartamento sozinha. Eu podia fazer brigadeiro e me afogar de caloria no sofa, ou eu poderia organizar a agenda do meu chefe pra próxima semana ㅡcomo se eu tivesse alguma bola de cristal pra adivinhar o que ele teria de compromisso, se nem chegou segunda-feira

Compras no mercado.

Vou as compras no mercado. Esta decidido. Não vou ficar aqui nesse apartamento sozinha em ao menos uma coisinha básica pra me tirar do porre que é estar nesse tédio e depois passo no trabalho do Lucca para o infernizar, aproveitando que ele nunca vai poder se vingar da minha pessoa dessa mesma forma.

Ri com meus pensamentos.

Subi para o meu quarto e peguei meu celular. Arrumei meu cabelo rapidamente e retornei a sala para pegar a chave do apartamento.

Deixei o apartamento. Eu poderia sim pedir um Uber, mais poxa o dia estão tão lindo em Vegas, posso ir andando como uma pessoa que curte ver o dia, pessoas, cachorros, gatos, passarinhos, árvores, plantas, vento. Não posso? É...posso.

[...]

Sai do mercado carregando aquelas sacolas brancas de mercado. Presumo que comprei porcarias o suficiente para não perceber o arroz, feijão que tem na sacola também.

Era 11h:00mim da manhã. E eu estava a caminho da cafeteria para ver o Lucca, e se possível faze-lo pagar meu Uber de volta pra casa. Eu não ficaria até as 17h esperando essa bicha ridícula terminar o expediente.

Por sorte, esse mercado era perto da cafeteria, então não demorei muito pra chegar.

Me sentei em uma mesa e deixei as compras no canto da parede.

Olhei em volta procurando Lucca mais ele deveria estar lá dentro.
Peguei meu celular no meu bolso e mandei mensagem pra ele:

"a cafeteria continua um ambiente agradável, Lucca"
Tirei uma foto e mandei pra ele.

Em certos minutos, ele apareceu vindo na minha direção com um sorriso.

ㅡ não sabia que melhor amiga falsa, vinha em cafeteria pra tomar café, essa é nova.ㅡfalou dramantico se sentando.

Eu ri o olhando. É eu estava bem distante mesmo, aliás nos moramos no mesmo apartamento e era raro as vezes que nos viamos dentro de casa. Ele saia 17h e eu 20h, as vezes 22h e nos dois estávamos cansados demais pra termos uma conversa decente.

ㅡ eu estou bem, e você como está Lucca? ㅡperguntei.

ㅡ ótimo. E o Vini? ㅡele perguntou com um olhar malicioso.

ㅡ ah! Eu venho aqui pra te ver e você quer saber de Vini? Seu mal amado. ㅡrevirei os olhos fazendo drama.

ㅡ óbvio que quero saber de você, mais antes quero saber dele Tainá, não pode? ㅡcruzou os braços e se remexeu me olhando com deboche.

Eu vou espancar essa criatura aqui e agora.

ㅡ o Vini  falei com sarcasmoㅡ está na casa do meu chefe ajudando ele e cuidando. Feliz?

Ele me olhou curioso e apoiou as mãos em cima da mesa.

ㅡ o que seu chefe tem? bom de grana e precisa de cuidado? queria eu. ㅡreclamou. Como sempre.

Se ele soubesse o porquê de estarem cuidando dele.

ㅡ umas coisas na empresa que o deixaram meio estressado. Só isso. ㅡmenti.

Eu não poderia dizer o que estava acontecendo com o Victor pro Lucca, seria uma falta de respeito meu com meu chefe, é algo pessoal pra mim sair falando pra qualquer um, nem tao qualquer um é meu melhor amigo, mais mesmo assim, não posso.

ㅡ hm... ㅡele olhou para o balcão e tornou seu olhar a mim de novoㅡ eu preciso ir Tai! Estava esperando um funcionário pra conversar e ele chegou agora.

Olhei para o balcão e um homem baixinho estava entregando o troco pra um cliente.

ㅡ eu também já vou, mais você vai pagar meu Uber. Anda.
ㅡexigi.

ㅡ ô inferno da minha vida. ㅡdisse se levantando da cadeira e me entregando o dinheiroㅡ desapareça.

Eu me levantei junto e beijei a bochecha dele com um sorriso vitorioso e sai da cafeteria.

Pedi meu Uber e agora o único e exclusivo destino, seria meu apartamento pra fazer um belo almoço e dormir pelo resto da tarde, porque eu não quero mais sair de casa.

𝘽𝙪𝙨𝙞𝙣𝙚𝙨𝙨 𝙇𝙤𝙫𝙚 (Loud Coringa/Tainá Costa)Onde histórias criam vida. Descubra agora