[38]

389 21 10
                                    

Tainá Costa. Las Vegas, Nevada.

Demoramos um pouco pra chegar na delegacia porque passamos no mercado pra comprar algo pra dar ao Victor pra ele comer, tenho certeza que a comida de lá é péssima e nojenta.

O delegado liberou a entrada somente de uma pessoa. Vinícius disse que deixaria eu ir no lugar dele porque eu saberia explicar melhor.

Me sentei e coloquei a sacola na mesa. Respirava fundo a todo momento, não sei se eu seria a pessoa que ele queira receber visita, afinal não somos nada um do outro e estamos em um momento delícado.

ㅡ cinco minutos! ㅡo carcereiro disse e fechou a porta.

Victor direcionou seu olhar pra mim confuso. Claro né? Seria mais possível algum dos meninos vir visitar ele e não eu.

ㅡ como você está? ㅡque pergunta idiota Tainá, óbvio que péssimo.

ㅡ com raiva, oq você faz aqui? ㅡele perguntou se sentando e eu fiz o mesmo.

ㅡ vim te trazer comida e conversar com você sobre algo.
ㅡexpliquei e empurrei a sacola em sua direção.

ㅡ aqui não é um lugar bom pra falarmos sobre a nossa quase transada na balada, Tainá e muito menos lugar pra você vir.
ㅡele disse me fazendo ficar vermelha de vergonha.

ㅡ eu estou com o Vinícius, quis vir por opção. E não quero falar sobre esse assunto, é outro.
ㅡvi mais uma vez seu olhar de confuso.

ㅡ o que exatamente?

ㅡ a Clara está tramando algo contra você junto com o Theo, Victor.
ㅡele me olhou e dessa vez sua feição era de sério.

ㅡ como assim? Explica, Tainá.

ㅡ Clara a recepcionista da Alfa é filha do seu tio, ela é sua prima basicamente. Eu descobri isso hoje, na verdade a duas horas atrás. Eu fui a um orfanato fazer doação e descobri isso além do orfanato ser do seu tio! ㅡele parecia tão confuso nos seus pensamentos. Mordia seus lábios a cada segundo, eu realmente queria agora o beijar, beijar muito sem ligar pra o ambiente em que estavamos.

ㅡ Clara é a filha dele que ele abandonou assim que ela nasceu, como a minha tia não aceitou isso, ele a matou e sumiu do mapa. Ele comprou esse orfanato pra manter a filha em segurança e sempre por perto, possívelmente para usá-la quando fosse necessário e pelo visto, agora é necessário. ㅡele disse e se levantou da cadeira virando de costas pra mim. Sua respiração estava acelerada e sua raiva transparecia por todo ambiente.

ㅡ ela sabe dessa história? Que foi abandonada pelo pai? Que ele matou a mãe dela? ㅡperguntei. Eu estava incrédula, tudo bem que ela está fazendo mal ao Victor, mais acho que ninguém merece passar por isso.

ㅡ provavelmente ele inventou alguma história, como filha, finalmente te encontrei, tiraram você de mim e sua mãe morreu de desgosto, mais agora seremos felizes ㅡele falou imitando o Theo me fazendo soltar um risinho leve.

ㅡ isso já ajuda muito eu e o Vinícius. ㅡme levantei da cadeira
leva a sacola com a comida e você come na cela, e por favor se alimenta, amanhã você já sai desse inferno.

Disse indo para a porta.

Ele estava me encarando sem tirar seus olhos de mim, eu já estava exitada o suficiente.

Essa pode ser literalmente a última vez que eu tenha coragem de algo e caso eu não faça nada posso me arrepender.

Me virei rapidamente e o beijei.

Foda-se.

Eu preciso, ele precisa, nós precisamos disso.

Ele não recusou, apenas continuou.

Entrelacei minhas mãos no seu pescoço enquanto dava leve puxadas no seus fios de cabelo. Suas mãos apertavam minha cintura e apalpavam minha bunda com vontade. Era incrível sentir o cheiro do Ferrari Black tão perto de mim como estava agora.

Ele me prensou contra parede e saiu do nosso beijo, partindo para o meu pescoço. Victor dava leves mordidas e chupões, ficaria a marca com certeza disso. Mais que se dane.

Ele voltou para minha boca num beijo feroz e rápido. Parecia que ele implorava por isso a tempos e eu mais ainda.

Paramos o beijo por falta de ar. Nossas respirações estavam desreguladas. Ele me abraçou e eu fechei meus olhos apenas aproveitando o momento.

ㅡ eu queria terminar isso, mais aqui não! ㅡele disse acabando com o silêncio do momento com uma voz maliciosa.

Mordi os lábios. Eu também quero Victor, eu também quero.

Os cinco minutos já estavam acabando. Me despedi do Victor e pedi a ele que comesse, e que amanhã estaria aqui com Vinícius logo cedo esperando ele pra irmos pra casa dele.

Ele apenas me agradeceu e me deixou um beijo gostoso e disse:

amanhã a gente termina o beijo e a transa que começamos.

Minha vagina pulsou com essa fala dele e o tesão me consumia pra caralho, o meu chefe era um filho da puta de gostoso.

Era impossível não delirar de tesão somente com essas palavras do próprio.

Cheguei em Vinícius e ele de primeira me analisou, mais deu ombros e fomos pro carro dele, enquanto eu contava tudo pra ele.

𝘽𝙪𝙨𝙞𝙣𝙚𝙨𝙨 𝙇𝙤𝙫𝙚 (Loud Coringa/Tainá Costa)Onde histórias criam vida. Descubra agora