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Victor Augusto. Las Vegas, Nevada.

O carro parou em frente aquele lugar horrendo. Eu juro que ainda não acreditava onde eu estava. Quem fez essa proeza vai me pagar e vai ser muito caro, não, não estou falando de dinheiro.

ㅡ finalmente chegaram! ㅡHenrique se levantou de uma cadeira vindo em nossa direção. Henrique era advogado do meu pai,  e por confiança e lealdade permaneci ele no cargo, sendo agora meu advogado oficial.

ㅡ Henrique eu estou com tanto ódio! Quem, me diz quem teria motivo pra me acusar de algo tão ridículo e estúpido. ㅡfalei furioso.

ㅡ primeiro de tudo mantenha a calma, ele vai te fazer perguntas e você vai responder normalmente, afinal você não fez nada e tem a consciência tranquila.

Suspirei o olhando enquanto o mesmo falava. O problema não é medo, é raiva muita raiva.

ㅡ vocês dois ficam aqui, e eu entro com ele, tudo bem?
ㅡHenrique perguntou e os meninos assentiram.

Encostei na parede pra esperar me chamarem. Aparentemente estavam resolvendo umas coisas dentro da sala do delegado.
A todo momento passava pessoas fardadas pelo corredor onde nos estavam, e até mesmo homens algemados, a maioria tinha cara de drogado, alcoólatras ou até mesmo os dois.

Certo tempo depois, um homem nos pediu pra entrar pra sala só delegado.

ㅡ sentem-se! Delegado, Bruno.ㅡo homem de cabelos grisalhos disse e nos fizemos. Na verdade de idoso só tinha o cabelo, porque ele era bem jovem.

ㅡ Henrique Groze, sou advogado do intimado! ㅡHenrique disse apertando a mão do mesmo.

ㅡ senhor, Victor Augusto está sendo acusado de tentativa de homicídio contra o pai, Wanberto Aparecido. Correto?

ㅡ o que verdadeiramente é uma mentira estúpida mesmo.
ㅡdisse seco fitando o delegado que me olhou intrigado com a minha reposta.

ㅡ entendi, o que me prova isso Victor? ㅡo delegado me perguntou com um olhar desconfiado.

ㅡ eu amava meu pai, eu nunca faria nada disso, se hoje eu pudesse pedir algo, pediria ele, isso é um fato. ㅡdesabafei sem calma alguma.

ㅡ então por qual motivo alguém faria essa denúncia contra você?

ㅡ essa pessoa tem problemas mentais, doente! SO PODE.
ㅡdisse alto enfurecido.

ㅡ faça o favor de abaixar o seu tom, você está em uma delegacia e não na sua casa! ㅡele disse mais alto me encarando serio.

Que inferno. Eu quero minha casa.

ㅡ desculpe o meu cliente delegado, mais ele está no direito, está sendo acusado de algo completamente sem sentido e fajuto, a raiva é inevitável.

ㅡ dessa vez passa. Victor, você conhece alguém que poderia querer o seu mal? ㅡele perguntou me olhando.

Quem poderia querer meu mal? Eu sou a pessoa que menos faz mal a alguém, ou convive com muitas pessoas, a não ser que essa pessoa me odeie profundamente. Mais acredito que não, não tenha ninguém.

ㅡ não senhor.

ㅡ alguém que queira o dinheiro do seu pai? Você é herdeiro de uma fortuna, isso é inegável.

ㅡ sim sou dono sim, mais se tem alguem que quer, vai ter que lutar bastante pra ter, foi herança do meu pai pra mim, e isso ninguém tira de mim.

ㅡ entendi. Só queria te informar que fizeram essa denúncia anonimamente, não sabemos quem é mais se você quiser podemos investigar.

ㅡ eu quero, quero sim.

ㅡ okay, quando tivermos mais notícias entraremos em contato, por agora seu depoimento será anotado e vamos começar as investigações sobre este caso, querendo ou nao é uma denúncia e nós temos que investigar se de fato aconteceu.

ㅡ podem investigar, não vão achar nada, eu só quero que descubram quem é essa pessoa.

Nos levantamos e apertamos as mãos. Saímos da sala dele e os meninos se levantaram vindo até nós.

ㅡ como foi?

ㅡ tudo sobre controle, Victor foi sincero e isso já é um passo bom, tudo bem que se exaltou mais até aí qualquer um faz.
ㅡele falou colocando a mão no meu ombro.

ㅡ obrigado Henrique por ter vindo. Nos falamos mais tarde?

ㅡ sim Victor. Até mais meninos. ㅡele disse indo embora.

Nos fomos pro carro pra irmos pra minha casa. Vinicius mandou mensagem pros meninos irem pra lá caso quisessem. Eu claramente não tinha vontade alguma de ir pra Alfa.

𝘽𝙪𝙨𝙞𝙣𝙚𝙨𝙨 𝙇𝙤𝙫𝙚 (Loud Coringa/Tainá Costa)Onde histórias criam vida. Descubra agora