Victor Augusto. Las Vegas, Nevada.
Os meninos foram embora depois do almoço. Na verdade eu os expulsei, precisava ficar sozinho e colocar as ideias no lugar.
Mais sozinho completamente, desliguei a Hallie pra ela não me incomodar de forma alguma e só será religada amanhã.Me levantei da cama pegando um roupão. Eu precisava me distrair porque eu poderia surtar tranquilamente com meus pensamentos a milhão e tudo o que me vinha, era vingança.
Sai do meu quarto com o roupão em mãos. Passei pela sala de estar,e virei para o corredor saindo da sala, segui o corredor onde tinha uma porta, onde só eu tinha acesso, nem a Hallie podia entrar. Desci as escadas desengonçado até a área da minha piscina interna.
Minha piscina privada. Suspirei encarando a água. Me abaixei e encostei na água pra ver a temperatura, e estava quentinha. Por sorte não precisaria ligar o aquecedor, já estava na temperatura ideal.
Me levantei e joguei o roupão na cadeira da mesa que tinha um pouco mais afastada da borda da piscina.
Tirei minha camiseta, retirei meu shorts e junto minha cueca, ficando pelado por inteiro. Eu poderia ficar de cueca ou shorts, mais a casa é minha e eu preciso relaxar tranquilo, sem pessoas, sem bola voadora e sem roupa.
(...)
Sequei meu rosto no roupão. Passei a mão no meu cabelo pra balançar e diminuir o excesso da água nele. Coloquei o roupão no meu corpo e amarrei e segui para a escada pra subir lá pra cima.
Eu preciso saber que horas eram, fiquei aqui por pelo menos duas horas dentro dessa piscina afogando minha mágoa e minha raiva.
Eu só preciso descobrir quem é essa pessoa que me acusou de algo tão ridículo e estúpido.
Bati a porta com raiva dos meus pensamentos e a tranquei com a chave que sempre ficava na porta, mais era proibido a entrada de qualquer pessoa aqui dentro, então não me importava de deixar na porta a chave.
A sala estava silenciosa, a casa estava silenciosa. E eu amava esse silencio. Tudo bem que desde pequeno eu sempre gostei de estar rodeado por pessoas, mais especificamente meus pais, mais ao decorrer do meu crescimento as brigas entre eles dois eram tão intensas que passei a viver trancado no quarto com um tampão de ouvido pra abafar o som dos gritos que despejaram odio um pelo outro a todo tempo. E eu comecei a me acostumar a ser sozinho e a estar, eu perdi a vontade de estar perto do meu pai, principalmente porque ele começou a focar tanto na empresa que nem em casa estava na maioria das vezes, e minha mãe sempre estava no shopping com as amigas ou trabalhando na clínica veterinária que ela tinha, mais que hoje é apenas um terreno baldio em São Paulo, foi destruído completamente quando ela faleceu. Eu poderia ter pegado odio do meu pai, porque quando nos mudamos pra Las Vegas ele me deixava um dia inteiro em casa sozinho, tive que me acostumar sozinho com tudo nesse lugar, mais mesmo assim dei continuidade ao que ele construiu porque eu sempre fui fissurado em tecnologia. Acho que mesmo com tudo o que eu passei na minha adolescência, não mudou o fato de eu ama-los demais. E hoje ainda dói saber que não os tenho mais.
Suspirei frustrado. Eu estou cansado e não me permito descansar, essa é a verdade. Eu tenho cinco empresas pra cuidar em países distintos e me cobro feito um condenado pra manter tudo isso. E fingo constantemente que doze horas de sono são o suficiente pra descansar psicológico e físico. Não, não são.
Eu preciso, eu quero descobrir quem está por trás dessa denúncia, quem quer o que é meu por total direito, eu preciso ver essa pessoa cara a cara, preciso, eu preciso.
Entrei no banheiro e tomei um banho rápido. Peguei a toalha e me sequei colocando uma cueca e um shorts pra dormir.
Descansar, só preciso descansar e por as coisas no lugar na minha mente.
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𝘽𝙪𝙨𝙞𝙣𝙚𝙨𝙨 𝙇𝙤𝙫𝙚 (Loud Coringa/Tainá Costa)
RomanceVictor Augusto de 24 anos, após seu pai falecer, ficou responsável por todo seu império, além de todo dinheiro da conta bancária receberia também sua empresa de tecnologia para liderar e cuidar, Alfa Tech, ele sabia que nao seria facil, mais para ho...