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Tainá Costa. Las Vegas, Nevada.

ㅡ eu estava bêbado, nem sabia o que estava fazendo! ㅡele disse. Parecia tenso com a situação, bom se eu estivesse no lugar dele também ficaria.

Afinal.

Ele quase transou com uma funcionária dele em um sofá de balada.

ㅡ Vinícius sabe, não é? ㅡperguntei já sabendo a respostaㅡ
naquela noite no met gala vocês estavam discutindo porque ele descobriu quando disse o nome do perfume, acertei? ㅡperguntei o fitando sem tirar meus olhos dos seus. Via agora meu chefe nervoso, nem parecia aquele estupido que estava falando comigo a uns minutos atrás.

ㅡ ele sabia, mais eu pedi que não te contasse e que fizesse você esquecer esse assunto. ㅡexplicou. Sua respiração estava acelerada e sentia sua tensão já que estavamos próximos, muito próximos a centímetros de colar nossos corpos.

ㅡ entendi. Mais uma hora ou outra eu iria descobrir. ㅡsorri de ladoㅡ o Ferrari Black é um ótimo perfume, meu olfato está impregnado com o cheiro dele.

ㅡ vai me denunciar? ㅡele disse e se aproximou de mim. Dessa vez colou nosso corpos de uma vez.

Levantei meu olhos para olhar em seus olhos, ele era um pouco mais alto que eu e eu precisava levantar minha cabeça para o encarar.

ㅡ se tivesse sido assédio sim, mais eu continuei aquilo. ㅡdisse vendo ele sorrir com os olhos.

Ele inclinou sua cabeça encostando sua boca no meu ouvido e disse:

ㅡ ainda quer continuar? ㅡele perguntou sussurrando e respirou fazendo meu corpo arrepiar.

Acho que agora quem estava no controle era ele.

Ele tornou a me olhar novamente seus lábios continham um sorriso malicioso e exitante.

ㅡ atrapalho? ㅡescutei a voz de Ryle. Que horas esse robô entrou, eu nem ao menos escutei o barulho da porta se abrir?

Victor tirou seus olhos de mim encarando o robo que continha uma expressão de nervoso por perceber talvez o que estava acontecendo e medo também pela cara do Victor pra ele.

ㅡ não Ryle, não atrapalha. Eu já estava de saida mesmo.
ㅡdisse olhando pro Ryle. Victor me olhou confuso e sério pelo o que eu havia acabado de dizer.

Pedi licença ao Victor que ainda me olhava com aquela cara de bobo sem entender nada e sai da sala com o Ryle indo para minha mesa.

ㅡ aqui Ryle ㅡfalei pegando alguns papéis da minha mesa e entreguei para o mesmo que logo pôs seus bracinhos robóticos pra jogo e pegou os papéis da minha mãoㅡ imprimi pra mim por favor e...

ㅡ não contarei a ngm, aliás estou apagando essa cena do meu histórico de programação ㅡele me interrompeu e deu uma leve parada no ar, ele estava apagando seu histórico atual. Ufa.

ㅡ ok, imprimi pra mim por favor? ㅡperguntei tentando ver se ele ainda lembrava do que eu havia dito a alguns segundos atrás. Não sabia se ele tinha apagado o histórico do dia inteiro ou somente de segundos ou minutos atrás.

ㅡ correto Taí. Jajá trago para você! ㅡexclamou e voou em direção ao elevador.

Respirei fundo e me sentei.

O que havia acabado de acontecer? Meu chefe dando em cima de mim na cara dura. Porra.

Eu poderia ter continuado? Sim, poderia mais eu claramente iria me arrepender, ele é meu chefe cara não posso fazer isso, preciso desse emprego além de obviamente nunca dar certo.

Voltei ao meu trabalho, precisava terminar de anotar algumas coisas que ficaram pendentes da agenda do Victor em São Paulo.

𝘽𝙪𝙨𝙞𝙣𝙚𝙨𝙨 𝙇𝙤𝙫𝙚 (Loud Coringa/Tainá Costa)Onde histórias criam vida. Descubra agora