𝘽𝙪𝙨𝙞𝙣𝙚𝙨𝙨 𝙇𝙤𝙫𝙚 (Loud Coringa/Tainá Costa)

[40]

Victor Augusto. Las Vegas, Nevada.

• dia seguinte, 8:00 AM.

O alarme começou a tocar. Aquele som calmo que senti falta por mais que seja chato. Na cadeira era um frio desgraçado e quando estava sol, não tinha cortina e tudo ficava iluminado na minha cara.

Resumindo, foi horrível

Tainá dormia um sono tão bom e pesado, porque nem com o alarme acordou.

Ela estava dormindo no meu peito. Sorri sem dentes. Coloquei a mão em seus cabelos e comecei a acaricia-los. Era lisinho e cheiroso, assim como ela.

ㅡ Hallie, desligar o alarme. ㅡdisse alto o que resultou na Tainá acordar. O alarme foi desligado imediatamenteㅡ bom dia linda!
ㅡdisse sorrindo. Ela me retribuiu com um selinho demorado.

ㅡ já é hora de acordar?

ㅡ acho que sim! Temos muita coisa pra fazer hoje, lembra?
ㅡfalei. Ela se levantou e se sentou na cama prendendo os cabelos com uma xuxinha eu acho, da onde ela tirou? não faço ideia.

Me levantei pegando minha toalha e indo para o banho e, fazer minha higiene pessoal.

[...]

Ela estava linda, com uma roupa que Taylor comprou de última hora pra ela e uma calcinha nova, já que a outra eu rasguei no meio do ato.

Estávamos no carro já. Hallie fez um café caprichado já que ontem eu nao comi nada. Só tinha coisa que eu gostava, é minha assistente particular robótica me conhecia demais.

Estávamos a caminho da casa da Clara, sim Clara Camilo, minha prima. Talvez ela nem saiba que somos primos e da mesma família, mais eu precisava que ela me ajudasse a denunciar o pai.

Vinícius já estava nos esperando em frente o condomínio que ela morava, é ela estava bem de vida.

Conseguimos o endereço porque ela deixou anotado na carteira de trabalho dela, o Gustavo ajudou a gente com isso.

[...]

ㅡ ela ainda não saiu pra Alfa. Ontem ela me mandou mensagem avisando que chegaria hoje mais tarde. Parece mesmo que ela não sabe nada, só está com o pai agora, não acho que depois de você ser preso e ser solto logo depois ela ainda voltaria pra lá se tivesse algum envolvimento Victor. ㅡVini disse. Ele tem um grande ponto.

ㅡ eu concordo com o Vini, ela com certeza daria um jeito de sumir do mapa, mais ela parece bem despreocupada.

ㅡ enfim, podemos subir? Quero fazer essa denuncia, ainda hoje e acabar com isso.

Entramos na portaria, e o Vinícius desenrolou alguma coisa com o porteiro que ele liberou a gente para subir.

E ele me olhou de uma forma surpresa, como se tivesse me reconhecido de algum lugar, provavelmente de algum evento de gala famoso de Vegas, eu sempre estou por ser um empresário famoso e bem sucedido. Tanto que não vai ser um merda como o Theo que vai tirar isso de mim.

ㅡ depois quando formos pra Alfa, quero saber do processo do robô! ㅡpedi ao Vinícius.

ㅡ vamos te mostrar tudo, está sendo feito em uma área do setor de fabricação somente para isso, assim não atrapalha os outros produtos. ㅡele explicou animadinho.

ㅡ sabia que podia confiar em você! ㅡsorri sem dentes e ele me retribuiu.

A porta do elevador se abriu. Andamos rápido até a porta do apartamento da Clara e batemos.

Em segundos ela abriu a porta e se assustou ao nos ver.

ㅡ chefe? Vinícius? Taina? O que vocês...vocês fazem aqui? ㅡela perguntou confusa e parecia bem nervosa.

ㅡ eu preciso conversar com você algo sério, tem mais alguém com você? ㅡperguntei levantando meus pés para olhar.

ㅡ não tem ninguém comigo, meu namorado saiu. É...entrem, podem ficar a vontade.

Entramos no apartamento e até que era jeitoso, e organizado por ser uma apartamento pequeno, bom era bonito até e ela tinha bom gosto pra decoração, as mesmas cores que eu gosto.

Nós sentamos e ela trouxe um suco de maracujá pra nós.

ㅡ posso saber o que quer conversar comigo? É sobre meu emprego na Alfa? ㅡela perguntou nervosa, se sentando também.

ㅡ Clara, o seu emprego na Alfa está totalmente garantido, se você for sincera comigo nessa conversa. ㅡfalei a fitando sério, coloquei meu copo na mesa e respirei para começar a falarㅡ voce é filha do Theo Camilo, não é?

ㅡ sim! ㅡela disse ficando triste imediatamente.

ㅡ você sabia que ele voltou? ou tem algum conhecimento do que aconteceu no passado?

ㅡ porque está perguntando algo tao pessoal dessa forma?

ㅡ porque eu tenho direito de saber e isso pode salvar a minha vida e a sua Clara, agora seja sincera comigo e me responda.
ㅡpedi sério para a mesma, que já exaltada assentiu que tudo bem.

ㅡ eu sei que ele voltou, mais eu não quero contato com ele! A última vez que o vi, foi antes de sair do orfanato onde ele me largou, foi quanto tiramos uma foto pra por no quadro. ㅡela sorriu sarcásticaㅡ até pareciamos uma família feliz, eu soube que ele havia comprado o orfanato e eu tinha que fugir dali a todo custo, não podia ficar nas mãos dele de nenhuma forma, eu sabia que ele queria me usar pra algo em breve.

ㅡ esse algo era me prejudicar, Clara você é minha prima, e o seu pai voltou para me acusar de assassinato contra meu pai!

ㅡ eu desconfiava disso, ele já tentou vir atrás de mim e dizia que nos dois precisávamos estar unidos para destruir o lado ruim da família Augusto Camilo ㅡela fez aspas com as mãos.

ㅡ você sabe da outra parte da história? ㅡperguntei receoso. Não queria dar esse choque de realidade nela, mais era essencial e eu precisava. Ela assentiu que nãoㅡ o seu pai, após te colocar no orfanato assassinou sua mãe! Ela não queria que você ficasse lá, não era por motivo de dinheiro que seu pai te colocou lá, era porque ela não te queria, e sua mãe como contrariou seu pai, ele a matou a facadas e sumiu do mapa, a polícia como nunca soube que a sua mãe era casada com meu tio, não tinha nenhum suspeito, na verdade ninguém da família sabia da sua existência ou da sua mãe, somente quando ele sumiu que as investigações começaram, que acharam uma foto do Theo com a sua mãe no quarto dele na casa dele, mais a família pra não se meter nessa confusão, escondeu a foto a sete chaves. Eu sinto muito Clara.

ㅡ eu deveria imaginar, ele nunca me quis, ele só queria me usar como eu previ. ㅡseu rosto estava vermelho de tanto chorarㅡ

ㅡ nos dois temos que denuncia-lo! Nós precisamos fazer com que a justiça seja feita pela sua mãe Clara.

ㅡ eu quero, eu quero que minha descanse sabendo que aquele desgraçado está preso!

ㅡ Vinicius vá pegar a foto na Alfa Tech e nos encontre na delegacia. ㅡo encarei e ele assentiu se levantando. Ele parecia ter chorado também, seu rosto estava meio avermelhado.

ㅡ onde está essa foto? ㅡClara perguntou confuso.

ㅡ no cofre da Alfa, onde ninguém tem acesso, somente eu e o Vinícius. ㅡexpliqueiㅡ vamo pra delegacia, precisamos fazer essa denuncia o quanto antes.

Ela assentiu, foi no quarto pegar suas coisas e assim nos saímos.

Direto pra delegacia.