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Taina Costa. Las Vegas, Nevada.

Estava anotando algumas informações da reunião de mais tarde, até ser interrompida pelo barulho da porta da sala do meu chefe sendo aberta e seu corpo aparecer na porta.

ㅡ preciso que você reorganize alguns documentos, e peça para o pessoal da limpeza vir limpar minha sala, imediatamente.
ㅡele disse seco batendo a porta da sua sala e saindo. Assenti pro mesmo mais ele nem viu.

Suspirei. Me levantei e fui indo em direção a sua sala. Abri a porta e puta que pariu. Que bagunça, nem parece o chefe que gosta tudo organizado e arrumado.

Entrei na sala e fechei a porta novamente. Precisava começar organizar isso e limpar essa mesa cheia de café. Agora entendi porque eu precisava reorganizar os documentos, na verdade era pra mim refazer mesmo.

[...]

Tirei os últimos papéis do chão e escutei a porta ser aberta. Vi de canto de olho meu chefe segurando um envelope amarelo em mãos.

ㅡ organizei os papeis que estavam no chão, tem problema?
ㅡperguntei receosa sem o encarar.

ㅡ depende, você arrumou ou bagunçou?  ㅡele perguntou rude me fitando com aquele olhar ameaçador. Me deixando desconfortável em certas partes. Mais eu adorava quando ele me olhava dessa forma.

ㅡ arrumei. ㅡrespondi seca dessa vez. E tornei meu olhar ao seu como se eu estivesse enfrentando um desafio. Encarar ele.

Era minha vez.

Ele ficou por alguns segundos me encarando sério e eu já estava me sentindo sem saída nessa merda.

Precisava sair dessa situação. Puta que pariu.

ㅡ eu limpei sua mesa, o pessoal da limpeza está indisponível no momento. ㅡcortei o silêncio e percebi ele meio que sair de um transe, ele parecia perdido nos seus pensamentos.

Eu queria saber o que ele anda pensando.

ㅡ cumpriu apenas seu papel de secretaria particular. ㅡele disse seco passando próximo a mim indo para sua cadeira.

Respirei fundo agradecendo por ele ter parado de me encarar daquele forma.

O perfume, aquele cheiro, aquele perfume novamente está nas minhas narinas, aquele cheiro impregnante está novamente desafiando meu olfato. 

Ferrari Black.

Respirei fundo novamente me inclinando levemente por onde meu chefe passou.

Puta que pariu. Nao pode ser.

Como assim eu quase transei com meu chefe e nunca percebi? Mais que porra.

Mas, acho que eu tenho direito de brincar um pouco.

ㅡ na verdade meu trabalho é arrumar sua agenda, seus compromissos. ㅡdisse o desafiando com um certo tom de deboche em minha voz.

ㅡ está me contrariando, Tainá? ㅡele perguntou se levantando e apoiando as mãos em sua mesa e me fitando, ele parecia me analisar seriamente com aqueles olhos pretos.

ㅡ estou? ㅡperguntei sarcástica e cruzei meus braços levantando propositalmente meus seios.

Vi seu olhar sobre eles e ri com os olhos o encarando. Ele até tentou disfarçar mais foi impossível.

ㅡ está andando com Vinícius e acha que tem algum tipo de intimidade comigo? ㅡele perguntou me encarando sério tentando impor algum medo.

Eu quase transei com esse cara que esta na minha frente, eu deveria o temer por ser meu chefe, mais acho meio impossível ter medo quando o tenho em minhas mãos.

Em passos lentos fui até o mesmo.

Acho que posso revelar o motivo de eu não o temer como antes.

Parei em sua frente e me aproximei puxando seu pescoço para perto.

Cheirei sei pescoço sentindo o mesmo arrepiar e passei a língua devagar para ajuda-lo arrepiar o dobro.

Ferrari Black.

Vi sua expressão mudar completamente e agora quem tinha medo nos olhos, era ele.

𝘽𝙪𝙨𝙞𝙣𝙚𝙨𝙨 𝙇𝙤𝙫𝙚 (Loud Coringa/Tainá Costa)Onde histórias criam vida. Descubra agora