사십구

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— 이혼 —

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— 이혼 —

    OUVI A PORTA SE ABRIR E RAPIDAMENTE ME LEMBREI do porque queria matá-lo. Mas não era como se eu realmente tivesse esquecido.

    Dava para ver que ele tentava fazer o mínimo possível de barulho, mas também percebi o quão estava preocupado com a possibilidade de ser visto pelo os empregados. Liguei o abajur ao meu lado e observei seus olhos aumentarem o tamanho, como se ele se importasse.

    — Não iria chegar às oito? - Questionei.

    — E você não iria dormir na casa da sua mãe? - Revidou.

    Fiquei calada observando o japonês se afastar, mas me pronunciei assim que ele pisou no segundo degrau da escada.

    — Eu quero o divórcio. - Vi seu terno cair no chão, enquanto ele se virava para me encarar.

    — O que disse?

    — Divórcio. - Me levantei, andando em sua direção, mas não por querer aproximação, e sim por querer subir para o segundo andar. — Vou ao cartório amanhã. Vamos fazer da forma fácil, pode ficar com tudo.

    — Você não pode fazer isso! - Agarrou meu pulso quando passei ao seu lado.

    — Sim, Riki. Eu posso. Eu não me importo se a empresa do seu pai vai falir ou se o status social da sua mãe vai por água abaixo. - Me livrei de sua mão, subindo os degraus sem nem mesmo olhar para trás.

    — E eu? Não pensou nisso? - Perguntou um pouco mais alto, mas apenas pela distância.

    — Não vai ter que realmente superar, porque você não se importa. - Entrei no quarto, fechando a porta em seguida.

[...]

    Molhei o rosto tentando esquecer qualquer uma das memórias com o meu até então marido. Fiquei rolando naquela cama por horas em procrastinação me negando à levantar, mas assim fiz quando percebi que eram três da manhã e nem mesmo tinha pregado os olhos.

    Ouvi a porta de meu quarto se abrindo vagarosamente, e já sabia que seria Nishimura adentrando meu quarto em meio a noite, afinal éramos os únicos naquela casa. Sempre estivemos em quartos diferentes, nem um de nós víamos necessidade de dormir juntos.

    O barulho de seus passos vinha em direção ao banheiro, em seguida senti braços quentes ao meu redor, suas bochechas estavam molhadas, provavelmente por lágrimas, eu podia sentir seu rosto em meu pescoço e ver o reflexo no espelho.

    Iria abrir a boca para reclamar e manda-lo sair, mas sua voz me interrompeu.

    Você vai mesmo fazer isso? - Fungou, me pressionando contra seu corpo. — Eu sei que sou um péssimo marido, mas não é para tanto.

𝐍𝐈𝐊𝐈 ❴ 니키 ❵ ━ 𝖲𝗁𝗈𝗋𝗍 𝖿𝗂𝖼'𝗌Onde histórias criam vida. Descubra agora