Como tudo começou

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Jimin on

Guardo o celular no bolso e foco no fato que Minji me deu permissão para compartilhar minha história. Minha não, Minji estava errada, nossa história.

Mesmo que a nossa história não tenha um final feliz, mesmo que nós não sejamos um casal clichê das histórias. Mesmo que não exista mais "nós".
Nossa história ainda merece ser ouvida.

— Todos vocês sabem que eu comecei a me aproximar de Minji quando fui até o hotel falar com a noona, porque achava que ela não queria Haru e jk juntos.

— Sim, essa parte da história pode pular — Bra fala com tédio — vamos pra parte boa — a brasileira bate palmas com o marido.

— Esses dois não saíram da adolescência— yoongi resmunga.

— eu vou pegar café porque acho que essa noite vai ser longa — sorriso bonito se levanta.

— eu ajudo amor!

— não Namjoon, fique aí, eu ajudo minha prima. Não queremos ninguém se queimando — morena solta a mão de yoongi e segue sorriso bonito.

Começo a narrar minha história de amor que não deu certo.

— O ruim dessa história é que a gente já sabe o final— Jk solta — e no final o casal não fica junto.

— obrigado por me lembrar jk — ironizo

— Ainda não é o final — Haru me olha carinhosamente.

Anos antes

Oi, eu sinto muito por...

— por favor hoje não — Minji me ignora, mas eu entendo. A irmã acabou de perder a guarda do filho.

— tudo bem, mas eu me considero seu amigo — eu vim até o hospital com jk, Haru passou mal e estou com Minji do lado de fora.

— não temos nada em comum para sermos amigos.

— abaixa a guarda pequena, pelo menos uma vez...

Minji me deixa falando sozinho, estico a mão pra segura-la, mas seria clichê demais.

E também o que eu queria dela, ela não vai me dar: sexo.

Jk estava certo, Minji é do tipo certinha.

Até demais.

Mandei flores como um pedido de desculpas por nosso primeiro encontro — excluindo as vezes que nos esbarramos por causa de Haru e jk — e meu telefone no cartão a mulher não me mandou um "oi".

Eu sei que não sou o tipo de muitas mulheres. Não sou "homem" o suficiente por causa da minha aparência e altura.

Nos encontros subsequentes ao buquê Minji me dava apenas um aceno de cabeça quando nossos olhares se cruzavam, o que não acontecia muito. Já que eu era praticamente invisível para noona.

Na audiência para reconhecimento de paternidade ficamos do lado de fora da sala, então a noona se viu obrigada a falar já que eu trouxe um cafe, então a noona pegou a bebida quente e agradeceu, agradeceu pelas flores.

passamos a nos falar educadamente.

Até chegar hoje, voltamos a estaca zero.
Até desisti da noite de sexo. Tá, não desisti não.

— Que mulher difícil! — falo passando a mão no rosto.

Sinto alguém cutucar minhas costas. E me viro.

— há quanto tempo tu tavas aí? — pergunto tímido para Minji que se esforça para manter a postura de séria.

— Que mulher difícil é essa menino? — noona me entrega um copo de café.

— Tem veneno? — Minji revira os olhos, mas consigo arrancar um sorriso.

Minji se preocupa demais por tudo que envolve sua irmã e sobrinho. A noona cuidou sozinha da irmã quando perderam sua mãe. Eu sei disso porque jk namorou Haru.

— Eu só to exausta demais para ficar te afastando de mim — a olho de boca aberta, Minji apenas levanta os ombros e toma um gole de café — mas não somos amigos.

— Nem eu quero ser só seu amigo — penso. Minji é do tipo de mulher que preciso ir devagarinho, conquistar sua confiança, mostrar que não sou um menino.

— Me contento em ser um conhecido que ganha café — tomo um gole do café— por enquanto — Minji não esboça reação, mas percebo um leve rubor na baixinha.

Assim que Haru se mudou para casa de jk sua irmã voltou para Busan.

Mas essa altura eu já tinha o contato da noona e passamos a conversar algumas vezes. Mas era raro.

Ficamos muito tempo sem nos falar.

Um dia, visitando minha família, lembrei da noona.

Jimin: Minji, to em busan. Que tal um café como nos velhos tempos de tribunal e hospital?

Minji: Hoje dou aula até tarde, mas obrigada por lembrar de mim, menino.

Aquilo me irrita.

— por essa cara posso falar que é mulher — meu pai senta ao meu lado — ainda a noona cunhada do seu amigo?

— Até o senhor já sabe? — dou um sorriso sem graça.

— Tu vives falando dessa mulher, meu filho. Finalmente, vou ganhar uma nora.

Olho para o meu pai e balanço a cabeça.

— Não pai, eu não namoro, sabe disso — abraço meu pai, me curvo e vou dar uma volta de carro.

Nem eu sei porquê  um simples não me afeta tanto. Minji me tratou com educação. Minji me tratou como um conhecido qualquer. Um amigo talvez. E eu não quero esse tipo de tratamento.

— Aish! — bato no volante do carro.

Peço o endereço da emprego da Minji e sigo para a universidade. Quando chego lá, obviamente os funcionários me reconhecem e me deixam entrar.

Falo que sou amigo do cunhado da Minji e me levam para uma sala, no meio do caminho começo a me arrepender.

Que eu vou falar?

"Oi, não consigo parar de pensar em nós dois juntos, até meu pai já sabe."

Não.

Já sei!

— Pode me pegar dois copos de café? Por favor? — peço ao funcionário.

— claro!

...

— Jimin! o que deu na tua cabeça de aparecer aqui, menino?!

— Se tu não podes ir tomar café eu trago o café! — fico igual um idiota sorrindo segurando dois copos de cafés frios. Torcendo pra não estar tão ridículo.

— Agora eu posso ir tomar café —Minji sorri.

— Pode?

— Sim, um amigo do meu cunhado veio me ver e me deram folga porque esse tal amigo é cantor famoso, sabe?

Eu dou risada.

— Vamos Jimin, o café daqui não presta.

— Pra onde? — pergunto jogando os dois copos no lixo.

— Para minha casa, óbvio. Impossível sair sem que tu geres um tumulto.

Oi gente!!! Como vcs estão? Os primeiros capítulos estão curtinhos, mas estou postando mais de um por dia ou todos os dias.

A história que eu nunca contei (livro 7)Onde histórias criam vida. Descubra agora