A história que eu nunca contei (livro 7)

Eu nunca te pedi nada

Eu nunca fui a escolhida.

Eu sempre fui o "quase" a "boa demais pra mim"
Se eu sou tão boa, então porquê nunca fui a escolhida?

Esses pensamentos insistem em vir na minha mente.

Estou no jardim, ainda me dói ficar próxima do Jimin.

E acho que sempre vai doer. Mas eu sabia que iria sair destruída dessa história.

— Noona...

— Oi Jk — meu cunhado me olha com min no colo e minha irmã ao lado — vamos?

Sigo o casal entro no carro, olho as luzes da cidade eu nunca me senti tão perdida, tão só.

Mas eu sou adulta e preciso continuar.

Não tenho idade pra sofrer por homem.

...

É tarde alguém está batendo na minha porta... quer dizer na porta da casa do meu cunhado.

— Minjin... — Jimin está bebado, me dá um sorriso e entra, assim que abro a porta — achei que estavas pra Busan — o mais novo me olha com um pouco de constrangimento.

Eu não consigo falar nada. É sempre assim, quando mais preciso falar, eu paraliso. Minha mente está cheia de frases, mas minha boca não se move.

— Tu conheces a casa, boa noite.

Sigo para o meu quarto.

— Me perdoa noona! Eu...

— Tá bebado. E precisa parar de gritar pra não acordar o Min.

— Eu sou um idiota

— também, mas seja um idiota em silêncio.

— Eu queria me apaixonar a ponto de não sentir atração por ninguém mais, mas eu não consigo e ao mesmo tempo eu tenho medo... medo de morrer sozinho e eu não queria te magoar, tu és boa demais pra mim.

Eu sabia que o jimin não gostava de mim, mas ouvir isso me deixou pior, se é que é possível.

— Eu sei Jimin, que tu não gostas de mim.

— Noona, não é isso!

— Tu acabastes de falar isso. Nada que é necessário cobrar ou pedir vale a pena Jimin, eu nunca te pedi nada.