Mundos diferentes

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Minji on

— nossa noona... — o mais novo está com o rosto a poucos centímetros do meu, sua boca forma um biquinho então Jimin me lança um olhar que me deixa com vontade de beija-lo uma segunda vez.

Nossas respirações estão rápidas e meu peito sobe desce rápido, tudo só por causa de um beijo.  As mãos pequenas e macias em meu pescoço são um contraste com o sorriso sexy que jimin da enquanto seus dedos acariciam minha pele com gentileza.

— shhh — Jimin sussurra próximo a minha boca olhando em meus olhos — relaxa noona— sinto seus lábios em minha testa — confia em mim — outro beijo, no meu nariz— confia no seu menino— mais um beijo no meu pescoço.

— Jimin... —  sussurro sem querer e fico surpresa e sem graça ao notar como um simples beijo me deixou sem reação, minha voz está rouca.

— Oi noona — outro beijo, agora próximo a boca — posso beijar aqui de novo? — o coreano pede inocente enquanto passa o dedo sobre minha boca.

Um carro passa e buzina perto, eu me lembro do quão louco é o que está acontecendo.
Eu estou beijando um menino, que por acaso é famoso, num carro no meio de uma rua qualquer em plena luz do dia.

— Jimin... — viro o rosto— por favor isso não deveria acontecer, desculpa, eu me deixei levar. Me deixa no ponto de ônibus mais próximo.

— Não fala isso noona, por favor! Aconteceu, eu gostei.

— Não Jimin, isso tá errado — nem eu acredito no que eu falo, mas a sociedade em que vivemos é assim.

— Errado?! — Jimin fecha os olhos e se encosta na cadeira do motorista — o que tá errado é esse preconceito todo por causa da minha idade.

— As coisas são assim na Coreia jimin e outra, eu não sou do seu mundo... — Jimin me olha de um jeito triste— nos somos muito diferentes.

— Noona... — Jimin parece triste de verdade, sua voz está triste também, mas olho para o lado de fora e não respondo — okay não vou insistir.

Não falo mais nada, nem Jimin. O silêncio nada confortável segue até passarmos em um ponto de ônibus.

— Menino, era pra eu descer aqui — olho para o motorista que me ignora.

— A Haru pediu para deixar a senhora no banco, é onde eu vou deixá-la. — Jimin usa tratamento formal coreano.

Era o que eu queria?

Era, mas não deixa de ser difícil ouvir isso do homem que eu beijei há poucos instantes.

— Obrigada... menino — respondo e abro a porta.

— Minji — não saio do carro e olho para o mais novo— não me chama mais de menino, não somos próximos. Não mais — eu apenas balanço a cabeça e saio do carro.

A história que eu nunca contei (livro 7)Onde histórias criam vida. Descubra agora