Quases

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Minji on

Jimin não quis me assumir. Há anos atrás
"Não estou no momento certo". "Eu to uma bagunça". "Se for pra acontecer a gente vai se encontrar novamente". "Eu não me amo, como vou te amar?"

Eu ouvi tudo isso do Jimin, quando falei que não queria mais. Não queria ficar sem compromisso.

Se me falassem que na minha idade eu estaria assim: mais uma vez com um coração partido.

Tal qual aos 19. E aos 23. E aos 26.

Eu não acreditaria. Ou talvez sim, eu estou acostumada com a sensação.
Eu coleciono quases: quase namoro, quase amor, quase momento certo, quase o homem certo.

Mas na minha idade, parece que tem um peso diferente.

Parece que meu tempo para encontrar o amor ta chegando ao fim.

Junta a estar, sem carreira profissional estável, sem dinheiro na conta, sem estabilidade emocional.

Principalmente, sem mãe.

Eu teria pena de mim.
Mas, milagrosamente, estou bem. Graças a Deus. Eu abri mão de um relacionamento sem compromisso com alguém que eu gostava, que me tratava como nunca um homem me tratou.

Porque eu não senti paz. Porque escolhi Deus, e pela primeira vez eu me escolhi. Eu não queria mais ser um nada para o jimin.

Eu até ri. Eu engoli o choro e ri.
E talvez eu nunca encontre um relacionamento certo, talvez a minha história seja a dos quases. Quase final feliz. Mas não vai ser mais a história de mim abrindo mão do meu eu.

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A história que eu nunca contei (livro 7)Onde histórias criam vida. Descubra agora