Capítulo 3

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Acordei às 4:30 da manhã meu voo era às 6:30.

Nos arrumamos e a pessoa mais ansiosa era a Juh, nossa aquela menina estava ligada na 220.

-VAMOS LOOGOOOOOOOO !!! -Ela grita já na porta com seus bilhões de malas.

-Eu lhe juro que se você gritar mais uma vez eu lhe jogo do avião. -Falo passando por ela com minhas malas.

Fui para frente de casa e coloquei minhas malas no carro da tia Sabrina, ela nos levaria para o aeroporto. Deixei a mala aberta e me sentei no banco traseiro e coloquei o cinto. Eu normalmente não colocaria o cinto mas é que a tia Sabrina tirou a carteira faz mais ou menos 1 mês, e ela não se dá muito bem com o carro. É tipo ela quer ir para a esquerda e o carro vai para a direita. Eu gosto de pensar que o carro tem algum defeito de fábrica e por isso ele é revoltado quando a Sabrina dirige.

-Preparada ? -O Caio pergunta entrando no carro se referindo a Tia Sabrina que iria dirigir.

-Nem um pouco. -Falo brincando.

-E então vamos ? -Sabrina pergunta entrando no carro.

-Falta a Juh, meu pai e minha mãe.-Falo.

-To aqui. -A Juh fala entrando no carro. -Minha mãe e painho vão com o namorado da Sabrina.

-Hahaha, espertos. -O Caio brinca.

-Porque ? -Tia Sabrina pergunta.

-Nada tia, o Caio é abestalhado mesmo.

-Vai tia, acelera aê !-A Juh fala toda empolgada.

Dentro do possível estava tudo normal, a Sabrina estava andando a 40 km/h em uma pista de 80, os carros atrás dela buzinavam feito loucos, por isso estava super nervosa e eu estava me segurando para não rir.

Estávamos passando por uma ponte em obras, e só passava 1 carro, a Sabrina estava super, ultra mega desesperada com medo do carro cair da ponte. O pessoal atrás dela estava com a mão na buzina o tempo todo porque com medo de cair da ponte ela resolveu reduzir para 20 km/h. Quando estávamos no final da ponte havia uma curva. Nessa curva minha tia teria que virar um pouco o volante, e o que ela fez ?

Virou todo. Quando eu vi que o rio em baixo da ponte estava se aproximando eu não tive reação, mas o Caio graças ao bom Deus gritou :

-SABRINA APERTA O FREIO. -E foi o que ela fez. Apertou o freio e o carro parou faltando apenas 1 milímetro para encostar na "parede" da ponte.

A Juh não tinha reação, mas depois que o carro parou a minha única reação foi rir, rir muuuito muito mesmo. Algumas pessoas solidárias saíram de seus carros até o nosso para ver se estava tudo bem.

A Sabrina não conseguia nem mover 1 dedo. Então um homem que veio ver se estava tudo bem a carregou e a colocou no banco traseiro enquanto eu assumi o volante.

Eu fui rindo até o aeroporto por 2 motivos, 1- Porque eu não conseguia parar de rir.

2-Porque eu tinha que acalmar a Sabrina. Ela ficou uns 10 minutos parada, tipo estátua. No meio do caminho paramos e compramos uma água de coco para ela, e nem assim a Juh acabou bebendo a água dela.

Quando nós chegamos eu estacionei o carro em um estacionamento e ela voltou para casa com o namorado dela e ele disse que depois voltaria para pegar o carro dela.

Entramos no aeroporto e o sorriso da Juh estava uma coisa bizzara. Porque ela não parava de sorrir, e tipo não tinha mais espaço no rosto dela para ela sorrir. Ela sorria tanto que eu nem sei explicar.

(...)

Eu já tinha 10 horas dentro desse avião e estava impaciente,já tinha dormido e não tinha nada para fazer naquela merda, o wi-fi estava pior que o de shopping então fui andar pelo avião.

Fanni Miller Meeting FlóridaOnde histórias criam vida. Descubra agora