~Carla Maraisa~
Sentia suas mãos agarrando meus cabelos, os puxando com força, de uma forma até dolorosa, admito, mas excitante, enquanto seu quadril rebolava sem parar, aumentando o contato de seu sexo molhado e quente com meus lábios.
Marília estava perto de chegar a mais um orgasmo nessa noite. Quantos eu havia feito ela alcançar? Não sei, perdi as contas há um tempinho. Só sei que estou desfrutando de sua companhia, seu calor e todo seu fogo que arde e está, confesso, me queimando.
– Estou gozando... – Sussurra com dificuldade, jogando sua cabeça para trás e se entregando a mais uma descarga de prazer proporcionada por minha boca, minha língua.
Minhas mãos seguram fortemente suas coxas, sinto suas pernas estremecerem e seu sexo contrair em minha boca. Um gemido alto escapa de seus lábios, enquanto sinto seu gosto me invadido e seu corpo tremular. Havia a feito alcançar mais um clímax e isso era gostoso demais.
De maneira lenta, tortuosa, permito que minha língua passeie por todo seu sexo sensível, fazendo com que ela tenha leve espasmos devido ao contato. Observo seu peito subindo e descendo continuamente, enquanto ela puxa o ar com a boca aberta.
Vou subindo por seu corpo, distribuindo, mordidas leves e beijos delicados por sua pele macia, cheirosa e suada. Abdomên, estômago, entre os seios, pescoço, até alcançar seus lábios, os quais beijo de uma forma lenta, permitindo que seu gosto, ainda presente em meus lábios, seja provado por ela, finalizando o ato com uma leve mordida em seu lábio inferior.
– Gostosa! – Sussurro em seu ouvido, notando como ela ri de meu ato e permitindo que meu corpo repouse ao seu lado no colchão.
Estávamos, admito, esgotadas, mas eu me sentia satisfeita, querendo ou não eu tive uma noite muito boa com ela e ainda receberia por isso. "Quem não gostaria disso?" E, posso garantir, que ela também se sentia satisfeita, feliz, com o que nos proporcionamos nesse "encontro", o sorriso em sua face deixava isso bem claro.
– Confesso que estou cansada. – Comentei, esticando meu braço para alcançar o celular que estava na mesinha de cabeceira. Ao ver a hora, arregalei os olhos assustada, 4:30. – Nossa! Olha que horas são?! – Exclamei, me sentando na cama e encarando o aparelho em minhas mãos. – Preciso me arrumar e ir embora...
– Já vai?! – Marília perguntou me cortando e também se sentando ao meu lado.
Devo confessar, mas essa mulher, mesmo descabelada, com maquiagem borrada e cara de quem acabou de gozar, era linda.
– Está tarde... amanhã será um dia corrido pra mim. – Respondi, já me preparando para me levantar, mas antes de fazer o primeiro movimento, senti seus braços me rodearem e meu corpo ser puxado para perto do seu.
– Não vai. – Ela falou em um sussurro, afundando seu rosto em meu pescoço e me deixando beijinhos leves sobre a pele.
Sorri diante de seu jeito, digamos, manhoso. Marília estava me distribuindo beijos pelo ombro, além de leves mordidas, enquanto sua mão acariciava minha barriga.
– Passa o resto dessa noite aqui, comigo. – Falou me dando um beijo no rosto.
– Não posso... como falei, amanhã, ou melhor dizendo, hoje, terei um dia agitado.
– Respondi tentando me levantar novamente, porém, de novo sendo "bloqueada" por ela, que me puxou e me jogou sobre o colchão, colocando seu corpo sobre o meu, o que me fez rir.
– Não vou deixar você sair agora. – Marília falou me dando um beijo delicado nos lábios.
– Você é manhosa, sabia?! – Comentei assim que seus lábios se afastaram dos meus, brincando com a situação e lhe acariciando o rosto. "Linda, com um jeito de boneca, mas fogo de mulher" pensei.
