Thirty three ♡

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~Marília~

Sentir o gosto de seu sexo em minha boca, ouvir seus gemidos, ver seu corpo estremecer entregue ao mais longo e gostoso orgasmo que consigo lhe proporcionar. Ahhh... Isso é o prazer de transar com Maraisa.

Os espasmos de seu corpo quando deixo minha língua deslizar por seu sexo molhado após ela ter gozado tão deliciosamente com meus estímulos, ouvir seu risinho baixinho e notar como vira, levemente, seu corpo, num pedido calado para que eu pare, isso tudo me deixa extasiada como mulher, como amante.

Subo distribuindo beijinhos por seu corpo, enquanto ela afunda uma de suas mãos em meus cabelos, acariciando de leve os fios.

– Você está cada vez melhor nisso, sabia?!

– Maraisa fala de forma ofegante, recebendo meu corpo sobre o corpo suado dela.

– Quer dizer que antes eu era ruim, senhorita?! – Retruco, fingindo indignação com suas palavras, mas não negando o encontro de nossas bocas, que se deliciam em um beijo lento, cheio de carinho e o gosto dela, que ainda pintavam meus lábios.

– Digamos que as coisas sempre podem melhorar com prática. – Ela responde, após morder meu lábio inferior, me fazendo rir.

– Eu sou boa pra aprender... quanto mais repito, melhor fico. – Falo, deixando um beijo em seu pescoço e permitindo que meu corpo caia ao seu lado na cama.

– Isso significa que terei muito mais desse? – Pergunta, me olhando de lado, sem apagar o risinho cínico de sua face.

Só me restou rir de suas palavras. Claro que, se dependesse de mim, teríamos muitos outros momentos como esse. Eu havia me viciado nela, em sua voz, em seu jeito provocativo, cheio de nuances e que me estremecia só com um olhar. "Como me imaginar longe disso se, desde a primeira vez que a vi, eu a desejei?!"

– Nossa! – Maraisa exclamou, esticando os braços e pernas. Apesar de estar um calor insuportável lá fora, seu quarto estava com uma temperatura muito boa devido ao ar-condicionado. – Preciso tomar uma água, uma cerveja... sei lá, qualquer coisa que me refresque. – Completou, se levantando e me fazendo sorrir.

– A temperatura aqui está boa. – Comentei, vendo como ela recolhia uma camisa de botões e uma calcinha e vestia ambas.

– Pra quem acabou de gozar, tá calor... – Falou se virando para me olhar e exibindo seu sorriso de lado. – Se quiser, assim que voltar, te faço sentir o mesmo calor. – Piscou, saindo pela porta e me deixando sozinha em seu quarto.

Ali, deitada, imaginei várias coisas que poderíamos fazer quando ela voltasse, porém, meu lado observadora não me permitiu deixar de focar no ambiente a minha volta.

Não era diferente de qualquer quarto que encontrávamos por aí. Uma cama de casal, cortinhas na janela, um grande guarda-roupas, uma espécie de escrivaninha com prateleiras tomadas de livros, a maioria, pelo que conseguia enxergar, de direito, uma TV... tudo em tons claros e sóbrios. Ela parecia ser muito organizada, pois, tirando nossa recém-feita bagunça, tudo estava no seu devido lugar, perfeitamente alinhado e limpo.

Vendo tudo isso, toda essa "normalidade", não fui capaz de deixar de pensar no porquê dela estar onde estava, ou melhor dizendo, fazendo o que fazia.

Ok! Eu sabia muito de sua vida graças a minha pequena "pesquisa", porém, muita coisa ainda ficava à margem, não se encaixando como deveria.

Enquanto pensava, permitia que meus olhos percorressem os detalhes da decoração e notei um pequeno porta-retratos próximo a seu notebook – que estava fechado – sobre sua escrivaninha. Não estava distante da cama, então pude notar uma foto sua, onde Maraisa parecia mais jovem. Ela vestia roupas pesadas de frio e sorria alegremente para a câmera que capturou aquele momento. Seu sorriso era dócil, espontâneo, livre... não se assemelhava em nada com os sorrisos que ela costumava exibir atualmente.

~Desire~Onde histórias criam vida. Descubra agora