Carol Clifford
O vento bateu forte no meu rosto assim que eu tirei o capacete, tinha acabado de parar a moto na frente da mansão do homem que diz ser meu pai. Willou parou a moto atrás de mim e eu sorri arrumando o cabelo, vi a governanta na porta me olhando de cara feia, fui até ela com um sorriso cínico no rosto.
- Olá Meire! -sorri e ela fez uma reverência como se fossemos príncipes-
- Crianças Spinelli's! -ela diz e eu sorri travessa vendo uma lagartixa atrás dela-
- Onde nosso pai está? -Willou pergunta-
- Na área de lazer, me acompanhem! -ela diz e sai andando no intuito de á seguirmos-
Deixo eles irem na frente e pego a lagartixa da videira, caminho até eles e vejo meu pai saindo da piscina, seu físico em dia como sempre, seus cabelos grisalhos pintados de preto e uma barba rala bem feita. Ele nos olha e seu olhar pousa em mim, ele ri com deboche e coloca um roupão.
- Olha que novidade, meus filhos me visitando?! O que vieram pedir dessa vez? -ele pergunta e eu tenho vontade de socar seu rosto-
- Desde quando precisamos de algo vindo de você? -questionei e ele me olhou com ódio-
- Lembre-se que todo o dinheiro da sua conta é meu! -ele diz e eu sorri-
- Correção era seu! -disse e ele me fuzilou com o olhar-
- Que seja. -ele me ignorou e vi Meire trazer uma bandeja com chá e bolinhos de chocolate-
- Precisamos resolver um assunto sério! -Willou diz e se senta na poltrona que tinha na área externa da piscina-
- Nada melhor que um chá para acalmar os ânimos! -Meire diz colocando a bandeja na mesinha de vidro-
- Sua cara de sonsa já é suficiente para não nos acalmarmos! -disse e ela me olhou com ódio-
- Senhor Clifford!? -ela chama meu pai esperando que ele me repreenda-
- Se retire Meire! -ele diz e ela me olha com ódio-
- Sim senhor! -ela diz saindo-
- Ah Meire, um presente para você! -digo enquanto jogo a lagartixa nela-
- O que? -ela grita se debatendo e cai na piscina-
Solto uma gargalhada e me aconchego no sofá, Willou não segura a risada, tanto que até da um roncado de porco, assim que o faz ele tampa o rosto. Meu pai me olha sério e Meire sai da piscina.
- Sua garota mimada! -ela grita e eu sorri de lado-
- Pode sair Meire! -meu pai diz fazendo um gesto com a mão-
- Mas... -ela tenta falar, mas se cala assim que meu pai a olha- Sim senhor.
Ela sai pisando duro com seus saltos e eu dou uma risada baixa, meu pai me olha por um tempo antes de pegar uma xícara de chá.
- Bom, qual o motivo da visita dos meus queridos filhos? -ele pergunta e eu revirei os olhos-
- Queremos ajuda em uma coisa. -Willou diz e meu pai ri como se já soubesse o que iríamos pedir-
- Quanto precisam dessa vez? -ele pergunta sorrindo-
- Nada! Precisamos que nos ajude a entender por quê a família Costelo está atrás da gente! -disse séria e sua expressão mudou, mas logo voltou a ser a mesma de sempre-
- A família Costelo atrás de vocês? Que piada é essa? Não fizemos um acordo para isso? -perguntou e eu concordei-
- Mas parece que eles não seguiram esse acordo! -meu irmão diz-
- Certo, o que eles fizeram? -ele pergunta agora sim dando a atenção real para aquilo-
- Tentaram nos matar, ou capturar, deixaram uma espada enfiada no Benoit. -meu irmão diz e ele me olha surpreso-
- Elas vem me perseguindo desde que eu voltei. -disse me apoiando nos meus joelhos-
- E você não cuidou delas? -ele me pergunta sério-
- Dei um aviso em Stella, mas algum tempo depois Arabella e Açucena vieram atrás de nós. -disse e ele acendeu um charuto-
- E o que precisam? -ele pergunta soltando aquela fumaça com aroma forte-
- Precisamos que dê um aviso a eles! -meu irmão diz-
- Ou melhor, faça uma ameaça! -disse e ele me olhou-
- Ok. -ele diz pegando o celular-
Em alguns segundos ele coloca o celular em cima da mesa, uma chamada é atendida.
Meu corpo entra em alerta ao ouvir a voz de quem está do outro lado da chamada.- Frank Spinelli. O que devo a honra de sua mensagem meu caro amigo? -Alejandro disse e eu fechei a cara-
- Alejandro você sabe o que sua queridas filhas vem fazendo? -meu pai pergunta e o silêncio reina do outro lado-
- Ah, eles te contaram então. -ele diz e meu pai respira fundo-
- Não respondeu minha pergunta amigo. -ele diz dando ênfase na palavra "amigo"-
- Spinelli cai entre nós seus filhos e as minhas filhas estão apenas brincando como sempre fizeram. -ele diz na maior cara de pau-
- Bom, acho que enfiar uma espada no melhor amigo da minha filha não é apenas uma brincadeira. -ele diz e eu sorri internamente por ele lembrar que Francis é meu melhor amigo-
- Isso foi um acidente, Açucena me disse que Benoit se meteu no meio. Foi apenas um contratempo digamos assim. -ele diz e meu sangue ferve-
- Bom Alejandro vou esclarecer algo a você e suas filhas. Nosso acordo dura até alguém quebrar ele, ou você acorrente esses cães que você chama de filha antes que eu deixe ordens bem claras para assim que elas chegarem perto dos meus filhos recebam um tiro no meio da cabeça. -meu pai diz e pudemos ouvir a respiração de raiva do outro lado da ligação-
- Claro Spinelli eu sei do nosso acordo, mas o que é meu por direito eu nunca vou reinvindicar! -avisa ele-
- Como quiser Alejandro, se é uma guerra que quer é o que vamos ter! -meu pai diz e eu arregalei os olhos-
- O que? -quase gritei-
- Está ficando louco? -meu irmão pergunta-
- Você sabe que eu vou ganhar! -Alejandro diz e eu sinto um arrepio passar por minha coluna-
- Dúvido muito disso. -meu pai diz antes de desligar-
- O que foi isso? -gritei com ela-
- Queríamos que conversasse com ele, não começasse uma guerra! -meu irmão diz se levantando-
- Eu sei bem o que eu faço. -meu pai diz e eu me levanto com ódio-
- Não, não sabe! -gritei e ele jogou a cabeça pra trás e riu-
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Different Worlds
Action"Assim que meus olhos se encontraram com os seus naquela noite, eu soube que eu te amava..." - Conteúdo sensível - Cenas de violência - Drogas e Bebidas - Romances de todos os gêneros | Plágio é crime! |Minha história não pode ser republicada em out...