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- E quem disse que ela manda em algo? -Carol virou o rosto para a mesma que engoliu em seco-

- Mas senhorita eu não sabia que ela estava com você e... -Carol nem deixou a moça terminar, ela apenas saiu andando comigo-

Caminhamos até o quarto de Francis e ela pude ver uma mulher em pé ao lado da cama dele, seus cabelos eram longos e loiros. Carol entrou primeiro, pediu para não intervir em nada que acontecesse. Assim que a mulher viu Carol um tapa foi em direção ao seu rosto, no instante que acertou seu rosto eu quis entrar lá, mas Carol fez sinal para eu permanecer onde eu estava.

- O que vocês tem na cabeça? -a moça grita e vejo Carol abaixar a cabeça-

- Sinto muito Bárbara... -ela diz e eu puder ver como ela estava triste-

- Eu não entendo porque você querem tanto continuar nessa vida! Vocês não são mafiosos porra! -ela grita-

- Eu sei, mas dessa vez não fizemos nada! Eles atacaram a gente! -ela explica-

- Atacaram vocês? Quem? -a mulher pergunta séria-

- Bárbara eu não posso... -antes da Carol terminar uma faca foi de encontro com a garganta da mesma-

- Diga quem foi! -ela disse entre dentes-

Eu entrei no quarto e a mulher apontou uma pistola para a minha testa no mesmo momento, eu paro no meio da porta e vejo Carol torcer o braço da moça e a faca cair no chão. Eu fico paralisada vendo a mesma apontar a arma para a Carol.

- Ela não! -Carol diz séria-

- Vocês podem parar de brigar no quarto dele? -pedi e a moça me olhou-

- Quem é você? -ela pergunta enquanto abaixava a arma-

- Hilana Coleman! -disse meu nome alto e em bom som enquanto sentia meu estômago embrulhar-

- Coleman? Não me parece familiar! -ela diz sentando em uma poltrona do lado da cama de Francis-

- Porque não é! Ela não tem nada haver com esse mundo mafioso! -Carol diz e pude sentir um alívio em sua voz-

- Não me diga que é uma das suas garotas que está no seu pé? -ela pergunta e sinto meu coração acelerar, uma das garotas da Carol? Era apenas isso que eu era?-

- Não. Ela não é. -suas palavras me fizeram sorrir-

- Então quem é você Hilana Coleman? -a mulher se levantou vindo até mim-

"Eu gostaria de responder, mas ainda não sei quem eu realmente sou..." Pensei.

- Uma amiga. -ela diz e a mulher arqueia as sombrancelhas-

- Amiga? Você não defenderia alguma pessoa com tanta determinação igual à defendeu! Ela não é apenas uma amiga igual o Francis. -ela diz e Carol me olha por um segundo-

- Eu defenderia todos os meus amigos com unhas e dentes! Igual defendi o Francis e igual defendi ela! -ela diz e eu apenas observo-

- Não, tem algo a mais. Oh! -a mulher faz um perfeito "O" com a boca e logo sorri-

- Você! É você! -ela quase pula em cima de mim-

- Eu o que? -perguntei sem entender nada-

- Você que é a garota que Francis falou! A garota que conquistou o coração de pedra da minha Carol! -ela grita e eu sinto minhas bochechas esquentarem-

- O q-que? -gaguejo e ela me olha de cima a abaixo-

- Como você é linda! -ela diz mexendo em meus cabelos e no meu rosto, como se eu fosse uma boneca-

- Bárbara solta ela. -Carol diz se sentando em uma poltrona-

- Eu quero saber tudo sobre você! -ela quase berra e eu sorri constrangida-

- Mãe você está assustando ela. -uma voz baixinha surge derrepente fazendo todas nós ficarmos em silêncio-

- Filho! -Bárbara diz correndo até Francis-

- Aí. -ele geme assim que ela aperta ele em um longo abraço-

- Oh desculpa. -ela se solta dele e o mesmo da um sorriso gentil-

- Está com dor? -Carol pergunta e ele nega-

- Só quando tocam na ferida mesmo. -ele diz se arrumando na cama-

- Você está com fome? -Bárbara pergunta e ele concorda-

- Muita! -ele diz e ela sorri-

- Vou trazer algo para você comer está bem? -Bárbara pergunta se levantando-

- Sim! - Francis disse sorrindo-

- Hilana? -Carol me chamou enquanto se sentava do lado de Francis-

- Diga. -disse e fui até ela-

- Você pode ir com a Bárbara? Quero conversar a sós com o Francis. -ela diz e eu concordei sem dar um piu-

Sai do quarto junto com a Bárbara, fomos até a cantina do hospital, pegamos algo que ele poderia comer. Uma sopa de legumes e carne e um suco de laranja. De sobremesa uma gelatina de morango, antes de voltarmos para o quarto ela parou no meio do corredor.

- Você gosta dela? -sua voz soou desconfiada-

- Ainda não sei dizer, nunca gostei de uma pessoa do jeito que gosto dela! -expliquei e ela mordeu a boca, pelo visto para se conter em falar algo-

- Acha que está pronta para ficar com ela?  -ela pergunta e eu a olho sem entender-

- Como assim? -perguntei-

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Nota da autora - Estou de férias! Vou voltar com tudo e um projeto novo.

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